Gestão Pública
hospital de São João, Porto
"Se existem formas de gestão pública com resultados semelhantes à gestão privada, porquê ir para uma gestão privada que, ainda por cima, implica sistemas de acompanhamento muito complexos e, de uma maneira global, são mal sucedidos?". Constantino Sakellarides
O Hospital de São João é um bom exemplo
«O Hospital de São João (HSJ), atingiu, no ano passado, o equilíbrio financeiro, com custos de 308,09 milhões de euros e proveitos de 308,16 milhões. link
Os resultados foram apresentados à ministra da Saúde, numa cerimónia em que foram entregues 200 telemóveis aos centros de saúde que interagem com o HSJ. link
António Ferreira, presidente do conselho de administração, sublinhou a necessidade de envolver os profissionais no desenvolvimento do hospital e maximizar a eficiência de processos e recursos, e que entre 2006 e 2007, os proveitos subiram em 76 milhões de euros. link Realçou, ainda, que apesar do aumento da produção o hospital conseguiu reduzir os gastos em matérias de consumo, como medicamentos, material de consumo clínico e reagentes (" poupança em relação ao expectável de cerca de 20 milhões de euros").
O Hospital de S. João irá "produzir" os medicamentos com as dosagens que necessita. "No sector privado, gasta-se meia ampola e cobra-se ao cliente uma ampola. Nós não podemos fazer isso. Vamos comprar serviços e fabricar os medicamentos nas doses pretendidas".
Com as obras da Urgência Pediátrica em fase de acabamento (o serviço deverá reabrir dentro de um mês), António Ferreira revelou que o hospital irá continuar em obras, que incidirão nas áreas da Cardiologia, Criança e Medicina da Adolescência, Neurologia e Centro de Diálise Crónica, entre outros serviços.
"Vamos construir uma escola para os filhos dos funcionários, um parque subterrâneo e uma central de cogeração. Com isso poderemos, enfim, devolver os jardins do hospital aos funcionários e à população. Por outro lado, serão criados, em breve, corredores de segurança para os bombeiros", concluiu António Ferreira. » in JN 19.03.08
Comentário:
Um filão de boas ideias e um bom exemplo de que é possível uma gestão pública custo/efectiva.
Sublinhe-se a aproximação Hospital/Centros de Saúde. A integração de cuidados dentro do SNS, com respeito pelas respectivas autonomias, numa filosofia de Sistemas Locais de Saúde, deveria ser dinamizada em toda a rede do SNS.
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Os resultados foram apresentados à ministra da Saúde, numa cerimónia em que foram entregues 200 telemóveis aos centros de saúde que interagem com o HSJ. link
António Ferreira, presidente do conselho de administração, sublinhou a necessidade de envolver os profissionais no desenvolvimento do hospital e maximizar a eficiência de processos e recursos, e que entre 2006 e 2007, os proveitos subiram em 76 milhões de euros. link Realçou, ainda, que apesar do aumento da produção o hospital conseguiu reduzir os gastos em matérias de consumo, como medicamentos, material de consumo clínico e reagentes (" poupança em relação ao expectável de cerca de 20 milhões de euros").
O Hospital de S. João irá "produzir" os medicamentos com as dosagens que necessita. "No sector privado, gasta-se meia ampola e cobra-se ao cliente uma ampola. Nós não podemos fazer isso. Vamos comprar serviços e fabricar os medicamentos nas doses pretendidas".
Com as obras da Urgência Pediátrica em fase de acabamento (o serviço deverá reabrir dentro de um mês), António Ferreira revelou que o hospital irá continuar em obras, que incidirão nas áreas da Cardiologia, Criança e Medicina da Adolescência, Neurologia e Centro de Diálise Crónica, entre outros serviços.
"Vamos construir uma escola para os filhos dos funcionários, um parque subterrâneo e uma central de cogeração. Com isso poderemos, enfim, devolver os jardins do hospital aos funcionários e à população. Por outro lado, serão criados, em breve, corredores de segurança para os bombeiros", concluiu António Ferreira. » in JN 19.03.08
Comentário:
Um filão de boas ideias e um bom exemplo de que é possível uma gestão pública custo/efectiva.
Sublinhe-se a aproximação Hospital/Centros de Saúde. A integração de cuidados dentro do SNS, com respeito pelas respectivas autonomias, numa filosofia de Sistemas Locais de Saúde, deveria ser dinamizada em toda a rede do SNS.
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10 Comments:
Concordo que estaremos perante um filão de boas ideias que a concretizarem-se não deixarão de constituir mais-valias para os utentes e trbalhadores do HSJ.
Quanto a resultados de 2007, volto a dizer que só a divulgação do Relatório e Contas (integralmente) poderá permitir uma verdadeira análise da sutentabilidade dos resultados.
É que, como já afirmei noutro contexto, em gestão de empresas não há milagres (e muito menos numa instituição que não tem poder sobre os preços, e não só...).
A verdade é que o relatório e contas de 2006 deste hospital é um dos que estão omissos no site "hospitaisepe", - o que não deixa de contrastar com o H. Sta. Maria - e nem na página do próprio hospital encontramos informação de natureza económico-financeira.
Aliás, esta é uma pecha dos hospitais (sobretudo aplicável aos EPE's). Porque não divulgam as suas contas, como fazem as empresas em geral? Tem medo de quê?
Havemos concerteza de poder voltar a este assunto, com mais e melhor informação.
AS BOAS CONTAS da GESTÃO PRIVADA
Como explica os atrasos no fecho de contas?
Falta fechar as contas de 2004 para a frente. Quanto a 2002 e 2003, o processo demorou mais porque ainda vigorava o contrato anterior, que era mais difícil de pôr em prática, mas o que nos interessa é servir bem as populações de Amadora e Sintra.
Salvador de Mello, entrevista ao DE, 24.03.08
Não há contas de 2004 para a frente ! ...
Não fechar as contas tornou-se uma prática corrente da gestão JMS. À espera de um novo tribunal Arbitral?
Para o senhor Salvador as contas pouco importam, se, (com a habitual hipocrisia), as populações da área do Amadora Sintra estiverem satisfeitas!
Estarão?
Como se a população utente de cuidados não fosse também contribuinte.
A ministra, Ana Jorge, é que conhece muito bem estes figurões de gingeira.
Isto bem escrutinado ainda dá um novo caso BCP.
O caro amigo Tonitosa está a confudir tudo. Como, aliás, é habitual.
O consórcio que explora o Hospital Amadora Sintra é que não apresenta contas desde 2004.
As contas referentes ao exercício dde 2006 podem ser consultadas no site dos Hospitais EPE. Tudo certinho. Escrutinadas pelo ROC. Pela ACSS. Pela IGAS e TC.
Quanto a resultados também não temos que nos queixar. O caro Tonitosa é que não se dá ao trabalho de ler.
Para lhe poupar o incomodo deixou-lhe pequenos excertos:
«Ao longo do ano de 2007, assistiu-se a melhoria assinalável do resultado líquido dos hospitais EPE, bem como a um aumento significativo do número de hospitais com resultados positivos. No seu conjunto, as 34 instituições que contam com gestão empresarial registaram uma melhoria de resultados de 114 milhões de euros.
Em 2007, os hospitais EPE registaram um aumento de 2,9% dos proveitos, face ao ano anterior, passando de 3,7 para 3,8 mil milhões de euros.
De igual modo, salienta-se uma evolução muito contida dos custos operacionais (1,4%), crescimento inferior ao da taxa de inflação. Nos custos operacionais, verifica-se um crescimento de 1,1% dos custos com pessoal e de 2,4% dos gastos relativos a consumos.
Ao nível da produção, observou-se uma evolução favorável ao nível da acessibilidade dos utentes aos serviços prestados em simultâneo com a evolução contida dos custos anteriormente referida, o que permite inferir os ganhos de eficiência que estão a decorrer no sistema. Em 2007, verificou-se um aumento de 28,6% do número de cirurgias realizadas em ambulatório, o que explica uma diminuição do número de doentes assistidos no internamento (0,5%).
Assistimos neste período a uma subida de 5,3% das consultas externas, passando para 7.189 mil consultas, tendo-se assistido a um crescimento das primeiras consultas de 10,5%. As primeiras consultas representam já um peso de 25,4% no total efectuado ao longo do ano.»
in ACSS, desempenho HH EPE 2007
Já por mais do que uma vez manifestei a minha pouca apetência para responder a provocações de um senhor (que até me trata por caro amigo) chamado joaopedro.
Na verdade continuo a pensar que não assume uma postura de seriedade nos seus comentários. Franco atirador no tempo de CC, parece continuar a sê-lo com Ana Jorge.
Mas, ainda assim, "meu caro amigo" disponoibilizo-me a ajudá-lo.
Na verdade começo por dizer-lhe que provavelmente antes de si, eu consultei o site http://www.hospitaisepe.min-saude.pt/
e mais concretamente o que se refere a Desempenho económico dos hospitais em 2007.
E, como qualquer pessoa minimamente atenta, pude verificar que o que aquele título refere nada tem a ver com a divulgação dos Relatórios e Contas dos hospitais. E muito menos com o Relatório e Contas do H.S. João, EPE.
Trata-se apena duma apreciação geral aos resultados de 2007, emitida pela ACSS.
Diga-me "caro amigo" onde posso consultar o Relatório e Contas de 2006 do H. S. João na página "hospitaisepe" ou no site do próprio hospital! E o de 2005?
Já o de 2007, até admito ser prematuro perguntar-lhe por ele.
E depois, o Joaopedro, à boleia do tambemquero (certamente porque lhe falta opinião própria) vem misturar a falta de apresentação de contas do Amadora Sintra!
Que mais quer que lhe diga?
Você, claramente, não vê...porque não quer ver!
O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER!
Aqui tem o link onde pode consultar os Indicadores Económico-Financeiros e de Actividade (2005 / 2006) dos HHs EPE.O HH de São João é logo o primeiro. link
Afinal quem é que não quer ver?
O Salvador também diz que desconhece. Por que será?
Definitivamente, o Joaopedro de Contabilidade não percebe patavina.
Relatório e Contas nunca foi o mesmo que sumário executivo (o qual conheço desd a sua publicação).
E faça lá um clic no site da ACSS onde dis estarem disponíveis os relatórios e contas e verá onde vai parar.
Não se precipite, meu caro. Talvez um pouco de trabalho antes de responder o possa ajudar.
O MUS (Movimento de Utentes da Saúde) divulga no seu site um comunicado da FNAM que apresenta do seguinte modo:
“A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera que a gravidade da situação existente no sector da saúde impõe uma nova abordagem política e o recurso a medidas urgentes que invertam o curso de clara degradação e até de desmoronamento de muitos serviços públicos de saúde.
Apesar de todas as naturais limitações e insuficiências de resposta comuns a qualquer sistema de prestação de serviços, o Serviço Nacional de Saúde tem sido o único serviço público do nosso país cujo desempenho global nos coloca nos primeiros lugares a nível internacional.
Esta evidência torna ainda mais insustentável a política de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde desenvolvida com particular empenho nos últimos 6 anos.”
No comunicado da FNAM pode ler-se:
“Os hospitais públicos encontram-se na sua fase mais crítica de funcionamento desde há várias décadas.
A introdução e posterior generalização do estatuto jurídico SA/EPE, ao contrário das supostas virtudes com que foi justificado, veio agravar todos os problemas existentes e tornar-se um instrumento central na desarticulação e crescente incapacidade de resposta das unidades hospitalares.
Mesmo o esforço propagandístico que tem sido feito para apresentar este estatuto jurídico como possibilitador de grandes reduções nos gastos hospitalares não se encontra fundamentado em qualquer evidência.
Além de nunca terem sido apresentadas quaisquer contas detalhadas desses hospitais, aquilo que se torna cada vez mais evidente é que estamos perante um modelo de contabilidade criativa e de engenharia financeira mistificadoras da despesa pública.”
Ficamos entendidos: o que se pretende é o regresso ao modelo SPA.
Uma única pergunta, porque a demagogia destes textos não merece comentários:
Seria possível este processo de mudança do HSJ, com o estatuto SPA?
Caro Tonitosa
O relatório de contas do Hospital de São João de 2005 (neste exercício, o HSJ foi ainda avaliado no SPA) poderá ser consultado no site da ACSS (Contas do SNS 2005).
O relatório de 2006 será em breve colocado no site dos HH EPE.
As fontes de informação referidas já permitem traçar um quadro do universo dos HHs EPE relativamente à sua produçao e situação finançeira 05/06.
Se eu tratasse os meus doentes como o caro tonitosa trata as contas do SNS, já tinha sido despedido.
É que o meu patrão é da privada (da pesada, embora nada que se pareça com o Salvador).
Senhor Dr médico (?) joaopedro,
Não retiro uma virgula ao meu comentário anterior.
Naturalmente congratulo-me com a descoberta de mais um médico colaborador deste blogue. E logo, dos que trabalham no sector privado. E provavelmente o patrão nem sabe?!...Ainda assim, no intervalo entre a observação de doentes ainda consegue "observar" o Saúde SA"!
Ou estarei enganado?!
Afinal o relatório de 2006...vai ser publicado em breve?!... E o de 2005 só um diligente "médico" consegue vê-lo (provavelmente recorrendo a RX).
É preciso ser-se distraído! Pois admito que não seja intencional falta de honestidade intelectual.
"A integração de cuidados dentro do SNS, com respeito pelas respectivas autonomias, numa filosofia de Sistemas Locais de Saúde, deveria ser dinamizada em toda a rede do SNS"
Completamente de acordo. Mas não é seguramente com a distribuição de telemóveis que lá chegamos...
Por acaso, é minha convicção que o HSJ é dos hospitais em que se concentram mais médicos com precxonceitos relativamente aos médicos de Medicina Geral e Familiar!...
Com frequência, vários deles têm atitudes que fazem pensar que consideram esses colegas como uma espécie de "criados" a quem remetem os doentes com o recado de que lhe peçam certos MCDT...
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