sexta-feira, abril 11

Arquive-se...


É a dificuldade de avaliação dos riscos e a sua partilha...
O Ministério Público concluiu que não houve ilegalidade no processo que antecedeu o lançamento do concurso público do novo Hospital de Cascais e recomendou o arquivamento do processo.
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«A ausência de quantificação do custo global do projecto e a não avaliação de cada um dos riscos e da sua partilha, impede que o Tribunal de Contas se possa pronunciar relativamente à mais valia que poderá resultar para o estado da concretização desta parceria».

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6 Comments:

Blogger e-pá! said...

A AMOSTRA

O texto do Tribunal de Contas traduz o que poderiam ser - ou nalguns projectos - ainda poderão vir a ser as famosas PPP's nos HH's.

A primeira amostra refere que NÃO FORAM CONSIDERADOS E DADOS A CONHECER :
"todos os encargos públicos com o projecto, designadamente o custo de oportunidade de utilização dos terrenos" para a construção daquela unidade hospitalar, bem como "os custos com as expropriações e com a construção de acessos e infra-estruturas".
O MP arquiva. Em Portugal não há crimes económicos, não há falcatruas, não há "deslizamentos" orçamentais escandalosos...
Somos um povo de brandos costumes.
Cmetemos pequenos lapsos - para arquivar. Vamos entupir os Tribunais?

Embora sem ser uma PPP o H Amadora-Sintra trouxe problemas de gestão graves e constantes diferendos entre a entidade gestora privada e o Estado. Quando olhamos para a João Crisostomo, mesmo com o maior respeito, vemos isso.

O programa de HH PPP's do MS, embora anemizado com as últimas medidas anunciadas na AR por Socrates, fez-me lembrar um antigo slogan anti-americano (guevarista) da juventude: "É preciso construir um. dois, cem Vietnams..."

As PPP's iam nesse caminho...

7:59 da manhã  
Blogger Tá visto said...

O arquivamento do processo pelo MP resulta de não haver evidência de ilegalidades ou ilícitos financeiros. Continuam porém por responder as questões levantadas pelo TC, que o impediram de se pronunciar sobre as vantagens desta parceria para o Estado «A ausência de quantificação do custo global do projecto e a não avaliação de cada um dos riscos e da sua partilha, impede que o Tribunal de Contas se possa pronunciar relativamente à mais valia que poderá resultar para o estado da concretização desta parceria».
Conclui-se pois que o MP mandou arquivar o processo por não haver evidência de crime financeiro mas (provavelmente por não ser do seu âmbito) nada diz quanto a eventuais erros por negligência. Mantém-se assim a questão: Terá o interesse público sido devidamente acautelado por quem negociou em nome do Estado ou foram subestimados encargos com agravamento de custos futuros para o erário público?
É que o erro por sub-orçamentação, intencional ou não, é o responsável do costume pelo disparar da despesa em obras públicas de parceria com privados.

2:51 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Oncologia em Cascais não deve fechar
No passado dia 9, Jorge Espírito Santo foi à Comissão Parlamentar de Saúde dizer que o Colégio de Oncologia Médica da Ordem dos Médicos (OM) dá «parecer negativo» ao encerramento da Unidade de Oncologia do Hospital de Cascais. «Não há fundamento técnico que justifique o encerramento da unidade», disse o presidente do colégio na comissão e ao «TM», adiantando ainda que a citada unidade «cumpre todos os critérios para ser considerado um serviço idóneo para a prática de Oncologia». A acrescentar a este facto estão os doentes que reconhecem que «o tratamento recebido em Cascais é de qualidade», frisou o médico.
Esta audição do Colégio de Oncologia Médica foi pedida pelo deputado do Bloco de Esquerda, João Semedo, e, a par de Jorge Espírito Santo, estiveram também presentes o bastonário da OM e a presidente do Conselho Regional do Sul desta estrutura, respectivamente, Pedro Nunes e Isabel Caixeiro.
Para o mesmo dia estava também pedida a audição de Joaquim Gouveia, coordenador nacional das doenças oncológicas, o que acabou por não acontecer.

Tempo de Medicina 14.04.08

3:22 da tarde  
Blogger Hospitaisepe said...

Porque é que o Estado não negociou com o HPP, a manutenção de quadro de pessoal para os funcionários que transitarem para o novo Hospital de Cascais ?
No lugar de os lançar na mobilidade! Que é, afinal, um despedimento encapotado.

3:33 da tarde  
Blogger e-pá! said...

La rentrée politique, social et financière

Num processo deste tipo eventuais erros por neglicência dos autores do projecto são, peço perdão pela minha crueldade, uma excelente aplicação para a mobilidade especial dos ditos (negligentes).

Aliás, com toda a franqueza, com todos estes conjuntos de entraves julgo que o capital privado vai deixar de parte os HH's e dedicar-se a: autoestradas, rodovias, o "novo" aeroporto, o TGV,...
Nas próximos tempos as oportunidades são muitas.
As PPP's dos HH's, sem gestão clínica e administrativa, perderam poder apelativo.
A construção civil é politicamente muito sensível e as obras públicas de uma dificuldade extrema.
Caso contrário, Jorge Coelho - que também andou pela Saúde - estaria quieto...

4:58 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

Gonhelha já mexe
As alterações, um tanto surpreendentes para alguns, da equipa do HPP que vai liderar o projecto do novo Hospital de Cascais, demonstram inteligência e que a entidade gestora está atenta e que é capaz de constituir uma liderança forte, ganhadora, capaz de levar a bom porto este projecto.
Com o Pedroso de Lima era fracasso garantido.

11:48 da manhã  

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