quarta-feira, abril 23

HH EPE, resultados 2007

4 Comments:

Blogger tonitosa said...

POUCOS MAS BONS?
Este meu comentário só pode começar com o seguinte desabafo: Por amor de Deus...
Na verdade, se bem consigo ler (e ver) pergunto: onde estão os bons resultados?
Desde logo porque são apresentados dados (em dois hospitais) apenas de dois meses de 2007. E neles não vejo onde estejam os bons resultados.
Reconheço apenas uma evolução positiva assinalável no Centro Hospitalar do Alto Minho, ainda que se mantenham os resultados negativos do exercício.
Dir-se-á que há também evolução positiva de resultados de exercíco noutros casos (de entre os indicados no post) mas, mais uma vez, com grande contributo de "Outros Proveitos Operacionais" e de "Proveitos e Ganhos Extraordinários", que, como sabemos, não têm relação directa com a actividade produtiva e assumem, sempre, caráter casuístico.
E se retirarmos aquelas componentes dos proveitos, verificamos que os "Resultados Operacionais" são negativos e, diria mesmo, preocupantes.
Portanto, e em termos genéricos, não vejo razões para a conclusão de que os resultados de 2007 referidos são "ainda poucos mas bons".
Contraponho mesmo: SÃO POUCOS E MAUS.
Mas para além dos "resultados" e da sua análise, é interessante vermos (e lermos) algumas passagens dos relatórios em causa.
Em termos técnicos são autênticos disparates.
Parece que tais relatórios obedecem a um "guião" elaborado, certamente, por ilustres técnicos do sector (provavelmente baseados em ensinamentos de um "qualquer curso de formação". Certas passagens dos relatórios em causa deviam, no entanto, fazer corar de vergonha quem os assinou.
A título de exemplo:
"ponto 8.
Avaliação sobre o grau de cumprimento dos Princípios de Bom Governo
" A empresa está em condições de cumprir todos os princípios de Bom Governo"
"Ponto 9.
Apresentação do Código de Ética
"Não aplicável"
E ainda um quadro, descritivo(?) das linhas estratégicas onde aparecem as iniciais SWOT, como se para ali tivéssem sido atiradas a esmo.
E que dizer da proposta de transferência de "Resultados de Exercício" para uma conta de "Resultados Transitados" de uma empresa a constituir?!
E que interesse têm para um Relatório e Contas, coisas como a de se saber que há mais de 50 anos(?)"A Mesa Regedora contratou um médico, F..., por um ano, com a remuneração de 50 escudos anuais...".
São os subscritores deste tipo de relatórios os "técnicos qualificados" e os "altos dirigentes" dos HH EPE's (de alguns, claro)?
POR AMOR DE DEUS...
Compreendo a "boa vontade" do Xavier mas não posso estar de acordo com a sua conclusão!

1:16 da manhã  
Blogger SOSNS said...

Graças a Deus que ainda há alguém lúcido neste blogg, em matéria de contas. É bom que se dissequem com rigor estas contas. E o rigor começa, como bem nota, Tonitosa, com o expurgar das contas os «Outros Proveitos Operacionais» e os «Proveitos e Ganhos Extraordinários». Mas não só. Vejamos, ainda: o que pesa mais nos Resultados, o aumento dos Proveitos Operacionais ou a descida dos Custos Operacionais.No estado actual da gestão dos nossos hospitais é mais fácil aumentar os Proveitos do que racionalizar Custos. Os Proveitos quase são gerados pela própria inércia do funcionamento dos hospitais, fora uma ou outra atenção, ou maningância, como a seguir se dirá. Na gestão dos Custos (não confundir com cortes cegos e discriminatórios, cortando-se muitas vezes no essencial do dia a dia e gastando, em despesas de fogo de vista, sumptuárias, desnecessárias ou a fazer favores aos amigos)reside a maior ou menor competência dos gestores (repete-se, no estado actual de financiamento dos hospitais que tem ainda muito pouco a ver com técnicas de gestão empresarial) Não vi ainda nenhuma conta, mas estou em crer que será sobretudo pelo aumento dos Proveitos que os hospitais estão a melhorar as suas contas. Isto porque o sistema de financiamento está viciado, e os hospitais já toparam o furo. Resta apenas saber se o sistema está viciado por intenção deliberada da tutela, que quer que os hospitais apresentem bons resultados a toda a força para «papalvo ver» (papalvos somos nós todos, claro, pensam eles), ou para justificarem as nomeações dos boys que fizeram (são muito competentes, como se vê, então não são?) ou se é por negligência. Uma ou outra são graves. Contudo, há que averiguar ainda em que linhas de produção se verifica o maior aumento dos proveitos. Estou certo que, também aqui, se irá verificar que é sobretudo nas linhas de produção mais facilmente manipuláveis pela gestão dos hopitais: Consultas,Cirurgia do Ambulatório e, sobretudo, no ano de 2007, os GDH do Ambulatório Médicos. Aqui sim, está a haver maningância da grossa. Estou curioso, para saber no que isto vai dar. Dar umas pílulas a um doente pode ser contabilizado como um GDH Ambulatório Médico?

2:55 da manhã  
Blogger ochoa said...

O comentário é interessante porque o comentador reconhece não ter lido os relatórios.
A condenação, pró caso, já estava feita.

Todos os HHs apresentam melhores resultados relativamente ao ano anterior.
E isto é um dado positivo a assinalar.
O que se diria se tal não acontecesse.

Os proveitos parecem ser a sua maior preocupação.
Estes senhores andaram anos a fio a queixar-se que os HHs não conseguiam ser compensados de forma justa pela produção efectuada.
Agora que existem GDAs, há aqui del rei que há manigâncias .
Vão-se mas é curar dos ressabianços .
Com a nova ministra abriu-se nova época de caça aos lugarzinhos. Depois a culpa é dos "boys". Como em tudo, há-os autênticos. E os outros. Os tristes que mendigam uma entradita.
Os lugarzitos é que são poucos. Não será?

12:46 da tarde  
Blogger Tá visto said...

Interessante o comentário do SOSNS, não leu nada mas já sabe tudo. Topa-os à distância. Elogia tonitosa (concorde-se ou não, interpreta o que leu) porque vai de encontro às suas ideias preconcebidas.
Se afinal vem tudo no Corão para quê perder tempo com outras leituras? Foi por motivos tão singelos que pegaram fogo à biblioteca de Alexandria.

7:17 da tarde  

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