segunda-feira, abril 21

Ponto 5.º

Tudo isto é de facto muito estranho e enigmático, ombreando com histórias que se conhecem de César e seus senadores. Luís Pisco subscreve, sem reservas, um resumo de reunião elaborada por João Rodrigues onde no ponto 5 é claramente proposta a existência de quotas para o preenchimento de lugares nos ACES. Terá lido a acta em diagonal? Ou tendo lido, por que concorda sem reservas?
É para todos óbvio que se este ponto tinha sido polémico e suscitado a oposição de Presidente da Missão, se impunha que estivesse mais atento e logo ali atalhasse quaisquer veleidades de quem queria transformar a Missão numa agência de colocação de médicos. Portanto, ou Luís Pisco estava desatento numa altura em que lhe exigia a maior das atenções, ou a ideia (quem a propôs e quantos a subscreveram?) não lhe desagradou no momento vindo a servir-lhe posteriormente para justificar o injustificável. Ou ainda, o pomo da discórdia não reside neste ponto (Luís Pisco nunca explicou o porquê dos desentendimentos) e há terceiros a utilizar o ponto 5 da acta para denegrir o bom-nome dos 10 elementos demitidos.
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5 Comments:

Blogger Clara said...

O Dr, Luís Pisco é um razoável comunicador. O que terá falhado em relação a este caso?
Porque não fez já um comunicado aos órgãos de comunicação a esclarecer a situação?
Que vantagem tem em manter o actual estado de coisas, socorrendo-se de algumas intervenções "heróicas" como são os casos do António Alvim e mais recentemente do João Moura Reis.

Ó que está ainda por esclarecer é se Luís Pisco foi vítima de uma tentativa de golpe interno. Ou se, antes, a páginas tantas, não foi capaz de liderar, como lhe competia, o processo de reforma em curso da responsabilidade da MCSP.

3:03 da tarde  
Blogger Carago said...

Os já denominados deMissionários pensam que sim, que Luiz Pisco é um incapaz, e que tudo o que fizeram é virgem como o azeite.
E parece quererem organizar-se em movimento de resistência, quiçá guerrilheiro com ameaças até para os que discutem o tema na blogosfera.
Isto a crer numa carta dos ditos cujos e pomposamente auto-intitulados "servidores públicos" ( dirigida não se sabe bem a quem...aos colegas...de quê?) que aparece hoje no site do Sindicato Independente dos Médicos.
E já agora, este sindicato (sempre muito crítico da actuação e opções estratégicas dos Missionarios, Pisco incluido) parece estar a divertir-se com a situação, tendo apenas que reproduzir o que vai sendo publicado e dito em papel e no éter...
Mas será que esta novela não acaba?

5:14 da tarde  
Blogger SOSNS said...

Tanto Pisco já enjoa. Não haverá temas mais pertinentes a discutir? Por exemplo,saber se é lícito o Ministério permitir e fomentar a engenharia financeira que está a ser feita, à custa do dinheiro de todos nós, com os hospitais a melhorarem os seus resultados líquidos apenas à custa dos proveitos sem grande rigor com os custos. Para quê? Para o SES fazer um bonito em vésperas de eleições, ou é mesmo incompetência? Como? Criando uma linha de produção sem limites (GDH do Ambulatório). Alguns hospitais não vendo que podem morrer de indigestão, não só começaram a multiplicar artificialmente este tipo de produção, como em alguns casos, IPO's, por exemplo, uma simples pílula dada a um doente vale um GDH. Como é isto possivel? Caras pílulas estas, que saem do nosso bolso a peso de ouro. Com tanto dinheiro e tanto politiqueiro a gerir os nossos hospitais o que se vê é o malbaratar de recursos do costume.
O Ministério não vê ou não quer ver? Irá alguèm ver o que se pssao e responsabilizar quem deve?
E que dizer da razão porque os médicos fogem dos hospitais? É para ir para a privada? Claro que não. Fogem, sim, da falta de condições de trabalho e sobretudo da escumalha que anda a gerir os hospitais, da sua falta de competência, da sua falta de respeito por tudo e por todos, da falta de «chá», que nunca tiveram. Há médicos a demitir-se dos seus cargos, há médicos que não aceitam cargos, há médicos que saiem pura simplesmente dos hospitais porque já não aguentam os «Bronco Kids» da gestão. Há Conselhos de Administração tão maus tão maus que o desprezo generalizado êm sido a tónica dominante. Ninguém lhes liga. Uma reunião promovida por eles e, já se sabe, só lá estão os 10 a 15 apaniguados do costume, a ralé, e só esses.
Nunca a apatia nos hospitais esteve tão em baixo. Nem sequer se pode falar de paz podre. É o vazio, «o horror», diria Malon Brando.
E que dizer do vazio que ninguèm resolve, porque ninguém quer aceitar ser nomeado, no Conselho de Administração de alguns hospitais (da Feira, de Matosinhos, por exemplo) e da acumulação de lugares de Direcção em Barcelos e Braga,etc. etc.
E que dizer do fisaco do controlo de assiduidade? Controlo de assiduidade dos médicos? Deixem-me rir. Alguns Directores de Serviço nada mais fazem do que corrigir anomalias, não tratam doentes, não dirigem o serviço, apenas se preocupam com esta função administrativa ( e, contudo, os médicos, a continuarem a fazer a sua vidinha do costume).
Era importante encomendar a uma empresa credível um estudo de satisfação, hospital a hospital, junto dos trabalhadores, para se ver do prestígio de cada Conselho de Administração e de cada um dos seus membros e até que ponto as administrações estão desfasadas da realidade.
A gestão em alguns hospitais bateu completamente no fundo.A sua credibilidade é nula, o seu grau de competência é zero, o desprezo é absoluto. Pergunta-se o que está essa gente lá a fazer?
A Ministra da Saúde deve deixar de andar a pensar só nas USF e nos Piscos, deve abrir os olhos e passar à acção. Ou arrisca-se a ter o destino do «defunto», que Deus tenha.

12:33 da manhã  
Blogger e-pá! said...

“LA COGIDA Y LA MUERTE “

Dixemos o 5º ponto que ninguém copreende - julgo que mesmo o dr Pisco.

Mais vale pensar no poema
...A las cinco de la tarde.

Eran las cinco en punto de la tarde.

Un niño trajo la blanca sábana

a las cinco de la tarde.

Una espuerta de cal ya prevenida

a las cinco da la tarde.

Lo demás era muerte y sólo muerte

a las cinco de la tarde.

...
Garcia Lorca

12:55 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Adenda:

Em Portugal - mesmo depois dos sucessivos fuzilamentos - temos uma cabal promessa do grupo dos 10 deMissionários:
"Uma certeza porém, iremos falar."

Resta-nos, esperar. Porque, ou andei muito distraído, ou não entendi praticamente nada!

5:07 da tarde  

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