MCSP em crise
Para mim pouco haverá a clarificar sobre os recentes acontecimentos relativos aos MCSP e que continuam a colocar no epicento da pungente questão o Dr. Luis Pisco.
O coordenador da MCSP tem capacidade, competência e prestígio profissional para coordenar e levar a bom porto a RCM nº. 60/2007 ?
Em meu entender parece-me que não. Quantos mais documentos vão vendo a luz do dia sobre este assunto, maior é a convicção de que não!
E julgo que esta clarificação estará há muito tempo feita (não é necessário referendar...) na mente dos profissionais que, de momento, integram as USF's (médicos, enfermeiros e administrativos).
A clarificação que falta é outra. Quanto mais tempo durar o Dr. Pisco na coordenação da MCSP, menor são as possibilidades de haver qualquer reforma dos CSP.
Aliás, existe outra coisa que me espanta.
A MCSP parece-me um organismo corporativo, formado à boa velha maneira de reunir figuras avulso, com uma única, mas sagrada, condição: a fidelidade ao chefe.
De resto, tem por lá membros integrados pelas mais diversas razões. Uns porque exercem ofícios outros porque navegam em áreas correlativas.
Nem vale a pena esmiuçar. O exemplo é triste e pobre.
De resto, assistimos a um degradante espectáculo para o colectivo da MCSP que, por tabela, vai afectar a Ministra da Saúde.
Não pessoalmente. Os protagonistas sobreviventes não valem isso.
Vão afectar a Srª. Ministra na missão e incumbência de reformar os CSP, numa fase em que há graves problemas de recursos humanos no seio da MGF.
Na minha modesta opinião a clarificação necessária passa pela vassourada...!
A clarificação suficiente, é um problema político, mais dificil mas ao alcance do MS.
Todos temos presentes as sábias palavras de François Chateubriand: "Os acontecimentos fazem mais traidores do que as opiniões"...
e-pá!
O coordenador da MCSP tem capacidade, competência e prestígio profissional para coordenar e levar a bom porto a RCM nº. 60/2007 ?
Em meu entender parece-me que não. Quantos mais documentos vão vendo a luz do dia sobre este assunto, maior é a convicção de que não!
E julgo que esta clarificação estará há muito tempo feita (não é necessário referendar...) na mente dos profissionais que, de momento, integram as USF's (médicos, enfermeiros e administrativos).
A clarificação que falta é outra. Quanto mais tempo durar o Dr. Pisco na coordenação da MCSP, menor são as possibilidades de haver qualquer reforma dos CSP.
Aliás, existe outra coisa que me espanta.
A MCSP parece-me um organismo corporativo, formado à boa velha maneira de reunir figuras avulso, com uma única, mas sagrada, condição: a fidelidade ao chefe.
De resto, tem por lá membros integrados pelas mais diversas razões. Uns porque exercem ofícios outros porque navegam em áreas correlativas.
Nem vale a pena esmiuçar. O exemplo é triste e pobre.
De resto, assistimos a um degradante espectáculo para o colectivo da MCSP que, por tabela, vai afectar a Ministra da Saúde.
Não pessoalmente. Os protagonistas sobreviventes não valem isso.
Vão afectar a Srª. Ministra na missão e incumbência de reformar os CSP, numa fase em que há graves problemas de recursos humanos no seio da MGF.
Na minha modesta opinião a clarificação necessária passa pela vassourada...!
A clarificação suficiente, é um problema político, mais dificil mas ao alcance do MS.
Todos temos presentes as sábias palavras de François Chateubriand: "Os acontecimentos fazem mais traidores do que as opiniões"...
e-pá!
Etiquetas: E-Pá
8 Comments:
Gostava de ver a acta final com a votação e as declarações de voto...o que leio é apenas um PROJECTO de acta com alguns e-mails anexados a decorar o projecto... Curioso que um dos médicos, Moura Reis, tenha apresentado a demissão ao Dr. Luis Pisco logo aí nessa altura...mas foi só pela acta?... é como se faltasse alguma coisa ali...
E também falta o comentário ou algo do género do Dr. Fragoeiro, um dos que não apoiou a demissão...porquê?....não o fez?
Diriam que tudo isto pouco importa...Parece-me que não. E isto porque esta fractura deixará marcas profundas. Pisco e a MCSP já não tinham o apoio do SIM e da OM...agora o da FNAM seguirá o mesmo caminho...resta o da APMCG e de um ou outro desalinhado...è pouco...até porque terá que passar pelo crivo dos parceiros sociais (a menos que tente passar sem mecanismos negociais. )
As minhas desculpas se o comentário que há pouco fiz é menos compreensível...é que quando o fiz tinha acabado de seguir o link no post anterior...e que agora curiosamente desapareceu do post MCSP, clarificação precisa-se...será por inépcia minha?
Actas?!...
Pelos vistos há várias versões. Para todos os gostos. E confusão.
A que me calhou foi objecto de criticas por estar truncada.
Como este pessoal está todo à beira de um ataque de nervos resolvi retirá-la.
Entretanto, reuni mais informação.
Se não houver muito cuidado daqui para a frente o projecto cai num caos.
Ao ponto a que chegou esta liderança...
Ao cabo de alguns dias os jogos de luz e sombra estão longe de terminar e ainda é cedo para que a poeira assente. Vale a pena relembrar: 1.º A Resolução do Conselho de Ministros 157/2005 cria na dependência directa do Ministro da Saúde, a MCSP e nomeia para coordenador LP; 2.º O Despacho 2476672005 nomeia para assessores da MCSP: Armando Brito e Sá, Carlos Nunes; Cristina Correia; Moura Reis; João Rodrigues; Carreira Nunes; José Fragoeiro; M.ª Carmo Ferreira; Manuela Silva; 3.º Mais tarde entram António Rodrigues e Horácio Covita; A Resolução de Conselho de Ministros n.º60/2007 prorroga o mandato da MCSP e nomeia LP para Coordandor; 4.º Quanto à reconfiguração dos centros de saúde a RCM 60/2007 afirma i) Coordenar o processo de lançamento e implementação das associações de centros de saúde, conduzir a
sua transformação organizacional em unidades de gestão e definir um quadro de referência para o acompanhamento do exercício dos futuros gestores, contribuindo
para a criação de uma cultura ética de transparência e de prestação de contas;ii) Propor o desenvolvimento de programas de melhoria da qualidade, contribuir para a existência de uma boa governação clínica e promover a inovação na prestação de cuidados de saúde com a adopção das melhores
práticas; iii) Elaborar a carta de missão tipo para as lideranças e o regulamento interno tipo para os centros de saúde e apoiar e pervisionar a definição e implementação dos manuais de articulação entre os centros de saúde e as unidades neles integradas; Recordados estes pontos vale a pena dizer que a maioria dos elementos nomeados para a MCSP, participaram anteriormente no Grupo Técnico que antecedeu a MCSP e estão entre os mais prestigiados profissonais dos CSP, é lhes conhecido pensamento e participação ao longo dos últimos 20 anos a favor da reforma dos CS e da MGF. Engana-se É-Pá, a maioria dos protagonistas envolvidos são profissionais competentes, prestigiados, têm pensamento e muito têm dado ao longo de dezenas de anos em defesa de CS de qualidade e de excelência, ao lado de muitos outros mais ou menos anónimos. Isso não os isenta, nem os absolve dos erros e das falhas cometidas, mas a vida é assim, às vezes " santos" outras "pecadores". Aliás as notícias postas a correr nos últimos dias, são bem o espelho disso, actas ou os seus projectos, cartas de demissão, argumentos postos a correr na imprensa, nos vários grupos de conversação na internet e nos blogs. Todos eles são uma aproximação à verdade, vista pelos vários intervenientes. Umas mas credíveis, outras fantasiosas, algumas mesmo caluniosas e conspirativas/delirantes, como aquela que foi transcrita no Blog "Medico explica medicina a intelectuais" onde se misturam argumentos colocados na praça pública (internet) por dois dos demissionários misturados com insinuações de estarmos perante um conluio/conspiração onde se misturam os "Shopping de Cuidados do Nuno Delerue" com a Opus Dei, uma lástima. Afirmei aqui há dias que o grupo dos 8, não se importou de deitar a Reforma pela pia abaixo, preocupado apenas com a sua importância e razão iluminada, agora acrescentarei que perdeu e foi varrido de uma forma quase infantil, perdeu porque comprometeu uma estrutura sindical (FNAM) e os seus sindicatos envolvendo-a num assunto que é apenas "pessoal", perdeu porque de uma forma "infantil" abriu espaço para as forças mais conservadoras ficarem livres para nomearem "a seu belo prazer" os do costume, perdeu mas "não tinha necessidade". Disse aqui há dias que era necessário conhecer melhor a influência de AB e EM neste processo, algumas das nomeações em LVT, são preocupantes, serão meramente transitórias, serão resultantes de equilíbrios tão ao gosto de AB e EM, mas são amis do esmo, os do bloco de interesses, ex-coordenador, ex-vogal do Ca e ex-assessor de Ministro para alguns dos ACES. E há ainda quem veja nisto "manipulação partidária". Ana Jorge que se cuide.
O BE acusou a ministra de ter "apoiado o pior lado, o lado da contra-reforma". "A decisão significa dar luz verde para o aparelho do PS controlar as centenas de nomeações para os futuros agrupamentos de centros de saúde, operação para a qual a missão era um obstáculo", denuncia o deputado João Semedo. Por seu lado, o PSD quer Luís Pisco no Parlamento para explicar as razões que o levaram a recuar no pedido de demissão.
Ou a Ministra põe rapidamente cobro a esta barafunda, ou a reforma dos cuidados de saúde primários, que está a entrar numa fase decisiva com a criação dos ACES vai por água abaixo. Não esquecer que a política de saúde deste governo assenta (ou assentava?) na profunda reorganização dos cuidados de saúde primários - sem ela a nova rede de urgências é uma utopia e a tão necessária reorganização de rede hospitalar fica igualmente comprometida. Sobre o trabalho da Missão subscrevo os comentários do E-pá: quanto mais se conhece o trabalho realizado (documentos e legislação) mais crescem legitimamente as dúvidas sobre a qualidade do mesmo. Na realidade, deve ser muito dificil compatibilizar lógicas associativas, corporativas, sindicais, políticas e pessoais numa mesma Missão. E isso nota-se - e anota-se. Quanto ao dr. Pisco, depois das duas tentativas de demissão, deixou de ter condições. Para finalizar, aposto que na ACSS há muito boa gente a esboçar um sorriso (só a esboçar...) com a autofágica situação da Missão.
Caro Avicena:
Mais moderação a interpretar.
As asserções do tipo:
"Engana-se É-Pá, a maioria dos protagonistas envolvidos são profissionais competentes, prestigiados, têm pensamento e muito têm dado ao longo de dezenas de anos em defesa de CS de qualidade e de excelência, ao lado de muitos outros mais ou menos anónimos."
São erróneas.
Uma coisa são as qualidades pessoais. Outra são projectos colectivos, a coesão e a harmonização de interesses.
O conceito de colectivo - mesmo em prejuízo de tentadores protagonismos - pode ser difícil (ou imposssível) de manter.
Isto não são estrictas qualidades profissionais.
Isto é educação cívica.
É "isso" que está a faltar.
A rodos....
ADENDA:
Tudo isto vem acentuar que, na fase actual de degradação da MCSP, o que resta à ministra é uma meia dúzia de medidas:
1º.) agradecer a colaboração prestada pela Missão;
2º. ) nomear outra MCSP completamente alheia às actuais dificuldades, fora da disputa de razões espúrias, mais ligada aos CPS (CS e USF's) e, vamos lá, fora das "tricas" internas;
3º.) repensar o modelo e a operacionalidade das ACES;
4º.) arranjar uma colocação para o Dr. L. Pisco que terá dificuldades em regressar à clínica (são muitos anos consumidos pemos gabinetes ministeriais);
5º.) prosseguir com a reforma dos CPS dentro dos princípios definidos na RCM 60/2007;
6º.) conseguir congregar uma Missão que entre toda no "mesmo barco" (Deixar os salva-vidas em terra!).
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