As Tropelias do Paulinho
Ana Gomes, postou um conjunto de cinco “posts” no Causa Nossa, onde pretende avivar-nos a memória sobre as tropelias desse outro campeão da hipocrisia, Paulo Portas, de seu nome, vulgo, Paulinho das Feiras.
Vale a pena ler:
A impunidade não pode continuar n.º 1; A impunidade não pode continuar n.º 2; A impunidade não pode continuar n.º 3; A impunidade não pode continuar n.º 4; A impunidade não pode continuar n.º 5
«Há silêncio cúmplice no PS para com Paulo Portas» link como refere Ana Gomes?
A impunidade não pode continuar n.º 1; A impunidade não pode continuar n.º 2; A impunidade não pode continuar n.º 3; A impunidade não pode continuar n.º 4; A impunidade não pode continuar n.º 5
«Há silêncio cúmplice no PS para com Paulo Portas» link como refere Ana Gomes?
Etiquetas: Estranhos casos
2 Comments:
O Xavier só pode estar distraído, enviar para o blogue, no dia de hoje, a foto do Paulo Portas só mesmo de quem está apressado em ir para a rua apanhar a Liberdade em raios de sol. Reneguemos pois:
O MOSTRENGO
O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»
Fernando Pessoa in Mensagem
O TRIUNFO DO TRADEOFF EM 2010!
Além de uma inusitada "febre bélica" a actuação do Ministro Portas na Defesa é o reflexo da actuação "pragmática" da Direita.
Em Economia, usa-se a expressão "tradeoff" para caracterizar um conflito de escolha.
Quando investimos receitas para a resolução de um problema, podemos com essa acção originar outro problema, pois deixamos de poder investir noutra necessidade (estamos a falar em orçamentos estatais). Isto obriga a que a escolha seja criteriosa, bem fundamentada, i e., que seja "uma boa escolha".
Um tradeoff clássico sucede entre Armas e Manteiga. Quanto mais se gasta em armas (Defesa Nacional), menos se pode gastar em manteiga (bens de consumo), mas poderá haver a necessidade de se gastar em armas para proteger a produção de manteiga.
É um conceito antigo de governação bélica, provavelmente inspirado na lógica económica prussiana.
Em 1936, Hermann Goering, lider político e militar do partido nazi apresentava uma versão bem pessoal deste tradeoff.
É necessário não esquecer que Goering além de Marecchal da Força Aérea do Reich era um qualificado político ( Em 1940, Hitler proclamou-o seu sucessor).
Mas era um tenebroso, melhor diria, um político criminoso.
Além de adepto de uma rápida "solução final" para os judeus, ocupou o cargo de Ministro da Economia do Reich, após o afastamento de seu titular por anos, Hjalmar Schacht.
Por isso aparece aqui no tradeoff clássico das Armas e Manteiga. Ficou celebre a sua tirada:
«Guns will make us powerful; butter will only make us fat».
Esqueceu-se, nesta questão do "fat", das famosas biers Hofbräuhaus e Augustinerkeller que bebia copiosamente ma sua mansão bávara. Mas isso é um pormenor.
Tudo, isto para dar razaão a Ana Gomes, e chegarmos a alguns investimentos de 1ª. necessidade - como os submarinos.
Uma extraordinária compre de 2 submarinos em leasing. Como não admirar esta brilhante capacidade de Portas em ultrapassar o "trade off"?
Esperar por 2010!
Estes navios serão entregues a Portugal em 2010.
Segundo o Eurostast, o Governo é obrigado, a inscrever, nesse ano, os gastos com esta aquisição:
973 milhões de euros, com juros incluídos.
Isto é como o custo global representa 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), em 2010, o défice das contas públicas aumentará de 0,4 por cento, previsto no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), para 0,9 por cento.
Com Governantes assim vale a pena apertar o cinto, prolongar a idade da reforma, criar desemprego estrutural (reconversão), etc.
Mas há mais. O Ministério da Defesa não celebrou nenhum contrato de manutenção para os submarinos e desconhece a despesa que tal implicará nos próximos anos. É à balda. Melhor, o market working...
Porque Portas fez um contrato deste tipo?
A decisão pela aquisição de armamento em leasing, um pouco aberrante para o cidadão comum, foi uma solução que, segundo julgo, começou a ser encararada no tempo de António Guterres.
Portas ao optar pelo leasing teria encontrado uam boa solução para o "tradeoff" orçamental...
O problema foi que o Eurostat alterou as regras.
Agora, segundo o Eurostat, o equipamento militar construído em vários anos (caso dos contratos de leasing) tem impacto no défice na data de entrega do produto final, isto é 2010.
Daí, a que daqui a 2 anos, vamos ter de verificar os níveis de contenção orçamental do Estado. Mas o negócio fez-se porque interessava que se fizesse...
Penso que os mesmos sistemas, que acabaram por ser adoptados pelo Eurostat para os leasings do armamento, poderão - numa futura clarificação e uma uniformização na forma de registo - chegar às PPP's.
E depois? Nem gestão, nem construção.
Leilões?
O que têm a ver isto com a Saúde?
O aumento do investimento em material bélico levou a Administração Bush a cortar em programas sociais.
O modelo é sempre o mesmo! Não h+a inivação, não há criatividade!
Imensos programas domésticos (pouco desenvolvidos nos EUA, dada a sua lógica política), levaram com insuportáveis cortes. Por exemplo o Medicare - plano de saúde para reformados sofreu uma redução de 178.000 milhões de dólares e o Medicaid programa para a cobertura de cidadãos americanos com baixos rendimentos foi reduzido no valor de 17.000 milhões de dólares.
Não tenho a certeza mas para compensar isto: "boas contas", reduzir o desperdício, eificiênca e melhorar os resultados...
Esta parece ser a "Solução Original" para a Saúde e para os problemas sociais. Universal?
Podem dizer-me se em 2010 a idade para uma reforma integral passará para os 66 ou 67 anos?
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