quinta-feira, maio 1
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Temas de Saúde. Crítica das Políticas de Saúde dos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI Governos Constitucionais
2 Comments:
Caro Xavier:
Em Moscovo tropeçamos com estas imagens pelas ruas e praças de Moscovo à mistura com ex-militares do Exército Vermelho, alguns ainda com o peito pejado de condecorações (os que não as venderam).
Não são uma encenação!
São a imagem real da decadência.
Mas há uma lição histórica a retirar destas imagens. Todos os impérios têm o seu começo, o seu apogeu, a sua decdência e, finalmente, morrem.
Morrem deixando terríveis imagens como a deste comunista ucraniano em Kiev, outros (como o de Roma) em dissolutos bacanais e orgias.
A imagem do NYTimes é editada para cobrir o 1º. de Maio de ridiculo, desvalorizar as datas comemorativas das lutas dos trabalhadores e conotar a data com o regime comunista, desmoronado a partir do início da década de 90 - no período pós-Gorbachev.
Esquecendo-se, melhor escondendo, o mesmo NYTimes, que estas manifestações, e todo o seu contexto, começaram em Chigago (EUA), em pleno dealbar da época industrial, isto é, em 1 de Maio de 1886.
Agora a par da figura degradante do homem de Kiev da foto, divertido seria ver a expressão dos actuais neo-liberais, a olhar para a chamada "matança de Chicago" que se seguiu...
O sangue de operários americanos, homens e mulheres, que se manifestavam pacificamente em defesa de direitos laborais mínimos - reivindicavam a jornada de trabalho de 8 horas - a correr pelas ruas de Chicago.
Este grave incidente terminou à boa maneira fascisante (na altura dir-se-ia "radical") de resolver as situações conflituosas de rua: com a execução dos seus dirigentes.
No dia 5 de Maio de 1886, quatro dias depois da reivindicação de Chicago, os operários voltaram às ruas e foram novamente reprimidos: 8 líderes presos, 4 trabalhadores executados e 3 condenados a prisão perpétua.
Foi este o resultado desta segunda manifestação...
Só muito mais tarde esta data foi aproppriada pela II Internacional Comunista.
Hoje, os americanos, vivem envergonhados (convivem pessimamente) com o seu passado,
e celebram o Dia do Trabalhador a 3 de Setembro ("Labor Day").
É um feriado nacional que é sempre comemorado na primeira segunda-feira do mês de Setembro e está relacionado com o período das colheitas e com o fim do Verão.
Esta mudança não é visível no poster, não ficou no retrato, mas conhecida (como é) torna-se historicamente ridicula.
É a decalcação da História que pasaram a vida a acusar o regime soviético de a praticar, sem olhar para a soleira da porta.
Na Europa o "Dia do Trabalhador" comemora-se sempre no dia 1 de Maio.
Integramos as lutas políticas e sociais na nossa civilização. Por isso, somos mais autênticos e gozamo de uma identidade: a europeia (apesar da plantice sobre o referendo do Tratado de Lisboa)...
Não vejo nenhuma conspiração no trabalho do NYTimes.
O interesse da foto, para lá do artistica, está na lealdade destes militantes do PC da ex URSS, a quem devotaram toda a vida, mantida por pensões de miséria.
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