O meu Maio
A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!
Vladimir Maiakovski
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!
Vladimir Maiakovski
1 Comments:
Já agora vale a pena reproduzir uma versão livre ao que tudo indica do mesmo poema e do mesmo autor (de origem brasileira - PCB).
Isto é, variações sobre um tema.
MEU 1º. DE MAIO
Todos
que marchais pelas ruas
e detens as máquinas e as fábricas,
todos
desejosos de chegar à nossa festa
com as costas marcadas pelo trabalho,
saí a 1º de maio,
o primeiro dos dias.
Recebê-los-emos, camaradas,
com a voz entrecortada de canções.
Primavera,
derretei a neve.
Eu sou operário,
este dia é meu.
Eu sou camponês,
este dia é meu.
Todos,
estendidos nas trincheiras
esperando a morte infinita,
todos
os que num carro blindado
atiram contra seus irmãos,
escutai:
Hoje é 1º de maio.
Partamos ao encontro
do primeiro de nossos dias,
enlaçando as mãos proletárias.
Calai vossos morteiros!
Silêncio, metralhadoras!
Eu sou marinheiro.
este dia é meu.
Eu sou soldado, este dia é meu.
Todos
das casas,
das praças,
das ruas,
encolhidos pelo gelo invernal
Todos
torturados de fome,
das estepes,
dos bosques,
dos campos,
saí neste 1º de maio!
Glória à gente fecunda!
Desabrochai, primavera!
Verdes campos cantai!
Soai sirenes e apitos!
Eu sou de ferro,
este dia é meu.
Eu sou a terra,
este dia é meu!
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