HH EPE, R&C 2007
Mais um Relatório e Contas: IPOFG Porto 2007 link
Tonitosa, por amor de Deus...
Woody Aleen, o modelo continua a resistir e a dar boa conta de si.
Vamos estar atentos aos próximos R&C. Em especial ao do Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE.
Tonitosa, por amor de Deus...
Woody Aleen, o modelo continua a resistir e a dar boa conta de si.
Vamos estar atentos aos próximos R&C. Em especial ao do Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE.
1 Comments:
Já escrevi e volto a repetir: em gestão empresarial não há milagres e muito menos quando se trata do fornecimento de "bens públicos", designadamente na área da saúde.
Passar, num ano, de mais de 1,8 milhões de euros de prejuízo, para mais de 17,7 milhões de euros de lucro, carece de adequada análise e explicação.
Afirmamos, desde já, que não pomos em causa uma evolução positiva de alguns indicadores de actividade (eficácia operacional) do IPOFG do Porto. Mas isso é pouco.
E não nos entusiasmamos cos os "fabulosos" Resultados Líquidos de Exercício apresentados.
Na verdade, os resultados operacionais não são sustentados pela actividade produtiva do Hospital. Eles resultam, sobretudo, de criatividade na facturação (uma nova forma de criatividade contabilística).
Analisados os indicadores gerais de actividade neles encontramos variações que vão desde escassos 0,1% na taxa de ocupação até 3,2% nas consultas externas; e nem os crescimentos de 5,9% na quimioterapia e de 20% na radioterapia, chegam para explicar o aumento de mais de 26,6% nos proveitos da Venda e Prestação de Serviços.
A explicação está, pois, em grande parte, no que o CA considera
um "melhor registo da produção e uma melhor identificação dos doentes" (não tendo pois a ver com ganhos de produtividade).
Depois não pode deixar de referir-se o contributo de cerca de 2 milhões de euros do exercício de 2006, por não ter sido devidamente salvaguardada a especialização de exercícios, objecto, aliás, de reparo o ROC.
Não é este o espaço indicado para uma avaliação minuciosa do Relatório e Contas do IPOFGP, mas, da nossa apreciação ao mesmo relevamos mais algunmas conclusões:
Regista-se um acentuado agravamento nos custos operacionais (+4,3%) com destaque para FSE (+13%) e Consumo Hoteleiro (+ 21%) parecendo este último ser o resultado de "falta de capacidade negocial com os fornecedores"; assinala-se, em sentido positivo, a redução de 7% em Material de Consumo Clínico; a redução administrativa dos medicamentos apresenta-se com reduzido efeito nos custos com Medicamentos.
São ainda de destacar os indicadores relativos à estrutura financeira cuja evolução negativa não nos parece corresponder aos resultados de exercício apresentados. Com efeito, observa-se:
- Um agravamento das dívidas a terceiros;
- Um aumento das dívidas de terceiros;
- Um agravamento do prazo médio de pagamentos;
- Um agravamento do prazo médio de recebimentos;
- Uma redução do índice de solvabilidade;
- Um agravmento do índice de liquidez geral; e
- Uma redução da autonomia financeira.
Ora, aqueles não são bons indicadores de desempenho sobretudo quando, como acima se refere, para os proveitos terá contribuído, fortemente, um mera alteração no "processamento administrativo" e a alteração da Tabela de Preços (referida no relatório).
E há decisões que parecem carecer de princípioos de boa gestão, quando se verifica que o Hospital mantém elevados saldos em depósitos bancários.
E mal se compreende que a implementação (em curso?) de um processo de facturação electrónica possa originar atrasos na facturação à ADSE.
Pelo que antecede, não daria mais do que "dez valores" ao CA do IPOFG do Porto.
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