Sicko 2008 (2)
O Dr. Bagão Felix nunca terá lido nada sobre sistemas de saúde; o homem diz ter tido uma ideia sobre o que deveria ser a coisa. link
Ter-lhe-à ocorrido no velho Estádio da Luz quando, durante os festejos de um golo, observava a entusiasmada claque no terceiro-anel. Julgando que os aplausos lhe eram dirigidos, terá pensado, é isso! É esta a peça que faltava no meu sistema de saúde. E, voilá, aí temos a brilhante entrevista com que brindou o Norte Médico.
Pena tenho que quem escreveu o Conde de Abranhos já não se possa inspirar nos homúnculos da política nacional. Aí sim teríamos obra.
Ao contrário de Bagão Félix, Correia de Campos sabe do que fala e, por isso mesmo, não tem desculpas por ter querido hipotecar a saúde dos portugueses aos interesses dos grandes grupos económicos.
Ter-lhe-à ocorrido no velho Estádio da Luz quando, durante os festejos de um golo, observava a entusiasmada claque no terceiro-anel. Julgando que os aplausos lhe eram dirigidos, terá pensado, é isso! É esta a peça que faltava no meu sistema de saúde. E, voilá, aí temos a brilhante entrevista com que brindou o Norte Médico.
Pena tenho que quem escreveu o Conde de Abranhos já não se possa inspirar nos homúnculos da política nacional. Aí sim teríamos obra.
Ao contrário de Bagão Félix, Correia de Campos sabe do que fala e, por isso mesmo, não tem desculpas por ter querido hipotecar a saúde dos portugueses aos interesses dos grandes grupos económicos.
Tá visto
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5 Comments:
Sicko 2008 Rewards Festival. And the winner is...
Transferências nada lucrativas
Ao ler a entrevista que o eticista norte-americano Carl Mitcham deu ao jornal Público, surpreendo-me ao perceber porque é que também nos EUA há falta de médicos. Não é porque o Governo tenha limitado o número de alunos nas universidades. A razão prende-se com algo que, por cá, ninguém pode (felizmente) alegar: «Nos EUA, uma pessoa sai da faculdade de Medicina a dever meio milhão de dólares», explica o especialista, referindo-se aos elevados custos de um curso que fica, assim, fora do alcance de muitos. Para Carl Mitcham, a necessidade de mudança é óbvia. E oferece o exemplo de países em que a frequência do curso é gratuita, mas onde os novos médicos são «obrigados a trabalhar um certo tempo em determinados sítios». Nos EUA não é assim. Em Portugal também não.
Mas porque não? A verdade é que, se nada for alterado, a debandada dos «melhores» jovens clínicos para os privados a «troco zero», tal como recentemente denunciou o internista Vítor Brotas (ver «TM» de 26/05) irá continuar. Será razoável que um País — onde a falta de médicos começa a ser impossível de escamotear — continue a patrocinar a Saúde privada, dotando-a de recursos humanos preciosos e totalmente formados no sector público a expensas de todos nós?
Sabe-se que a transferência de um qualquer jovem futebolista implica um preço a pagar ao clube que o formou. Não seria, pois, natural que a mesma lógica de compensação — em serviço vinculativo ou pagamento ao Estado — protegesse a saúde de todos nós?
Andreia Vieira
TEMPO MEDICINA 02.06.08
PKM de volta…
PKM retoma a prosa quinzenal no DE dando sinais evidentes de crescente desinteresse e degradação da qualidade da escrita. Dispara contra fantasmas e repete o que de melhor sabe fazer: insinuações e manipulação de dados e informação (arvorando-se sempre da sua superioridade académica bem ilustrada pela descrição de títulos que sempre junta ao seu nome). Confessa-se, convenientemente, admirador de Manuel Alegre para se proclamar como uma espécie de guerrilheiro das ideias e da expressão individual. É desconcertante a maneira como trata os números. Foca-se nos “opinadores” e nos “politiqueiros” cá do burgo (crê-se que já se terá desfiliado do PSD). Parece acreditar que tem o centralismo do conhecimento e da evidência dentro de si. Diz coisas assombrosas: …” A opinião inspirada pela ambição do Poder é abominável porque rapidamente adopta a inverdade e a manipulação dos factos e cede à vaidade de quem acede aos órgãos de comunicação social através dos corredores desse mesmo Poder (o que de facto tem sido a vida deste personagem senão isso mesmo?). Na História europeia tem sido assim que se iniciam os processos de castração das liberdades”…Parece evidente estarmos perante uma situação de manifesta perda de racionalidade e bom senso. Talvez lhe fosse útil que, ao invés de se perpetuar numa lógica patética de comiseração, reflectisse com Agustina Bessa-Luís, in Alegria do Mundo que …”A harmonia do comportamento social requer…tanto o isolamento como o convívio. Excessiva comunicação…de assuntos que requerem meditação e peso moral, avesso muitas vezes à cordialidade natural das afinidades electivas, não enriquecem o património de uma sociedade. Antes embotam e alteram o terreno imparcial da sabedoria”…
"homúnculo" - conceito da filosofia. mais recentemente da filosofia da educação. Sabe o que significa?
Caro tambémquero:
Oh meu amigo!
Situação idêntica funciona, aparentemente, em Portugal para algumas casos, p. exº., na entrada de médicos em internatos complementares (das especialidades).
Quando não se consegue, pelos concursos nacionais, adopta-se uma das vagas cativas de reserva das Ilhas (perdão, Regiões Autónomas), tira-se a especialidade em Lisboa, Porto ou Coimbra, e uma vez terminada, fica-se por cá.
Em principio, haveria uns anos a cumprir nas Regiões Autónomas ou uma indeminização compensatória pelos prejuízos directos e indirectos.
Todavia, somos um País de brandos costumes, e .... muitos destes compromissos inscrevem-se no tecto, com as mais variadas e espúrias razões e justificações.
Agora, o mesmo critério deveria ser aplicado aos outros profissional de Saúde.
Um Administrador Hospitalar que sai da ENSP, "verdinho" e que anda alguns anos por diversos HH's (é incrível o número de destacamentos de AH), quando já começou a compreender o que é um Hospital, zarpa de malas aviadas para o Sector Privado, não há lugar a compensações ao Estado?
Ou, este País, tem AH a mais?
O problema é que:
O Código de Trabalho prevê, como princípios gerais, que:
"O empregador deve proporcionar ao trabalhador acções de formação profissional adequadas à sua qualificação.
O trabalhador deve participar de modo diligente nas acções de formação profissional que lhe sejam proporcionadas, salvo se houver motivo atendível.
Compete ao Estado, em particular, garantir o acesso dos cidadãos à formação profissional, permitindo a todos a aquisição e a permanente actualização dos conhecimentos e competências, desde a entrada na vida activa, e proporcionar os apoios públicos ao funcionamento do sistema de formação profissional."
Contradições...
“Sabe-se que a transferência de um qualquer jovem futebolista implica um preço a pagar ao clube que o formou” .
Caro tambemquero: cuidado com a Lei Bosman…
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