segunda-feira, setembro 1

Barack Obama, candidato



Na Convenção Democrática, realizada no dia da comemoração do 45.º aniversário do discurso de Martin Luther King “I have a dream”, link foi formalizada a nomeação de Barack Obama como candidato do Partido Democrático, às próximas eleições presidenciais dos USA. Pretexto para BO fazer mais um discurso brilhante. link

"Agora, finalmente, é hora de cumprir a promessa de atendimento de saúde acessível, a preço acessível a cada americano. Se você já tem seguro-saúde, meu plano vai reduzir o que você paga por ele. Se não o tem, poderá conseguir o mesmo tipo de atendimento que se dão aos parlamentares.
E, na condição de alguém que viu minha mãe discutir com seguradoras enquanto estava deitada na cama, morrendo de cancro, vou garantir que essas empresas parem de discriminar aqueles que estão doentes e que mais necessitam desse atendimento." (tradução do e-pá)
É pena que BO tenha relegado, nas últimas intervenções, a Saúde para um dos últimos temas . Um indicio claro de quebra de prioridade.

Sugestão de leitura: "The Partisan Divide — The McCain and Obama Plans for U.S. Health Care Reform" link nejm.org august 21, 2008

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2 Comments:

Blogger tambemquero said...

Nenhum candidato presidencial democrata da última geração foi tão claro, como Obama na semana passada, ao denunciar a "sociedade de proprietários" (ownership society) como não passando da sociedade do "desenrasca-te a ti próprio" e ao defender que uma sociedade com justiça social resiste melhor às crises e as supera mais depressa. Coisa curiosa: o trecho onde ele expôs o seu ataque veio de um discurso feito há mais de três anos numa universidade americana, muito antes de ser candidato. Não o digo para lhe elogiar a coerência, mas para notar uma coisa muito mais importante. Ele acredita, com razão, que este discurso pode ganhar.
O entusiasmo da esquerda europeia explica-se então facilmente. Há muito tempo que ela vê os buracos na narrativa liberal-financeira dominante; mas não tem nada para propor em troca (a prestação de Ségolène Royal em França foi uma espécie de apogeu do vácuo). Pessoalmente, nem tudo me agrada no "novo progressismo" de Obama, a começar pelo seu genuíno paternalismo; digo também, desde a primeira crónica do ano, que nenhuma das suas propostas se concretizará sem forte oposição dos beneficiários da política dominante.

Mas confesso: é uma beleza ver surgir um discurso claro à esquerda, com o qual teremos muito a aprender na Europa. E uma beleza maior ainda ver que os seus adversários só lhe sabem reagir, mas não lhe conseguem dar resposta.

Rui Tavares, JP 01.09.08

8:40 da manhã  
Blogger e-pá! said...

"CHANGE WE CAN BELIEVE IN:
BARACK OBAMA's PLAN TO RENEW AMERICA'S PROMISE".

(no prelo)

Os debates entre Obama e Hillary sobre Saúde, durante a disputa para a nomeação pelo Partido Democrático, do que me foi dado aperceber, não foram muito esclarecedoras.
Cada candidato procurou mais destruir a argumentação contrária e, ambos foram avaros (Obama mais) na apresentação novas alternativas e de planos de mudança, no concreto.

Aliás, considero que todo o sistema (será correcto falar em sistema?) de saúde americano - para além dos notórios elevados custos - na maioria das suas vertentes, é demasiado opaco.
Igual situação vive-se na Segurança Social.

Penso que propostas mais compreensíveis para o eleitorado (4 de Novembro aproxima-se rapidamente) poderão (deverão)constar do novo livro de Barak Obama, a lançar, no próximo dia 9.11, pela Crown Publishers.
O livro denominar-se-à:
"Change We Can Believe In: Barack Obama's Plan to Renew America's Promise" .
O livro anuncia, para além do resumo de alguns dos principais discursos da campanha, as propostas democratas para a saúde, energia e segurança nacional.
Terá ainda uma versão on line.

Esperemos que este livro não seja uma mera colectânea do que foi sendo dito nestas áreas (método que os políticos em todo o Mundo são pródigos em usar) e explicite políticas, ou melhor, que tipo de mudanças políticas Obama propõe em áreas essenciais para a vida dos americanos.

Tenho, também, a sensação de que, com o desenrolar da campanha, a Saúde foi, nesta corrida presidencial americana, "despromovida", em termos de prioridade política.
Será isso?

É obvio, que parafraseando um político português, há mais vida para além da Economia, da Guerra e da luta anti-terrorista.

Estamos cá para ver. Afinal, só faltam 8 dias.

11:11 da tarde  

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