sexta-feira, agosto 29

Orçamento da Saúde 2009


Segundo o DE, o Orçamento da Saúde 2009 deve ter um crescimento de apenas 2,2% (inferior ao valor da inflação prevista, 2.3%) em relação à estimativa de execução do orçamento deste ano. link

Mas o interessante é o que MB escreve adiante sobre a ideia feita de que a ministra da saúde estaria a negligenciar o controlo das contas da saúde. O que terá levado Vital Moreira, deveras preocupado (construtor ideológico deste governo, segundo o e-pá), a lançar uns bitaites sobre a matéria, numa das suas últimas crónicas do JP
link

«Entre os especialistas ouvidos pelo DE, a ideia de que a ministra Ana Jorge não deixou abrandar o controlo sobre as contas é quase unânime.
A mudança de discurso na Saúde desde que Ana Jorge substituiu CC criou no sector a sensação de que a contenção orçamental era uma ideia do passado - com este orçamento para 2009, esses receios parecem ficar ultrapassados.
Espero que FR confirme, dentro em breve, estes dados do orçamento da saúde 2009, para que o VM possa dormir mais descansado.

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3 Comments:

Blogger e-pá! said...

"O que terá levado Vital Moreira, deveras preocupado (construtor ideológico deste governo, segundo o e-pá), a lançar uns bitaites sobre a matéria, numa das suas últimas crónicas do JP."

Os "desertores" do PCP acabam sempre por ter uma grande influência política no PS.
Veja-se o caso de Pina Moura no governo Guterres. Neste caso o compromisso foi mais profundo chegando a integrar o elenco ministerial.
Há, também, situações mais "escabrosas", como é o conhecido caso de Zita Seabra, que ultrapassam este assunto.
O que eu queria dizer é que estamos na época das consultorias, dos assessorias. Muitas às escancaras, outras ocultas. Algumas, ainda, encostadas em grandes e influentes sociedades de advogados, e outras provenientes de um grupo de professores universitários (fundamentamente de Direito) verdadeiras "fábricas" de pareceres.

No tempo de Luis XIII, Richelieu, foi primeiro ministro, mas na sombra, sem protagonismo visível, o Cardeal Mazarino, tinha, no silêncio do paço, um poderoso poder de manobra. Silencioso e oculto.
Não admira, por isso, que Pina Moura, na época, fosse denominado o "Cardeal".

Hoje, a influência exerce-se como "fazedores de pareceres" (melhor seria dizer "vendedores de pareceres") e têm uma influência determinante na produção legislativa, quer de raiz governamental, quer oriunda da AR.
Entretanto, a blogosfera tornou um espaço de interferência política estando pejada de homens públicos.
Aí, expandem doutrina e vão influenciando, condicionando, as bases.
Vital Moreira não é o único assessor jurídico do Governo. E ser assessor não constritui qualquer crime, nem desonra. Há mais. O que é pura estultícia é a representação de um pretenso papel de "independente".
Vivemos numa época de declarações de interesses. É necessário respeitar esta norma, senão podemos estar a divulgar situações enganosas e propostas inquinadas.

Mas há outra vertente. Como o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, tem repetido à exaustão, há uma corte jurídica que vegeta à volta do governo. Parecem ter uma avença tácita.
O Estado e os seus Serviços públicos aparece com que despido de quadros jurídicos no seu pessoal.
Compra tudo fora. É um maníaco do "outsourcing". Que, custa, anualmente, milhões de euros aos contribuintes.
Mas este desperdício não preocupa Vital Moreira.

Feito este esclarecimento, o sinal de alerta que me levou a levantar a questão foi exactamente o ataque político à ministra que está contido (e explícito) na crónica no jornal Público (16.08.2008), depois complementado nos blogs onde habitualmente escreve. Na verdade, a mesma, foi acusada de negligência em relação ao controlo de contas, por motivos, no mínimo, displicentes e não fundamentados.
Todos sabemos o que isso representa para Sócrates e Teixeira dos Santos que têm governado sob a ameaça de uma espada de Dâmocles como tem sido visto o díficil controlo orçamental, entretanto conseguido.
Todos sabemos, também, que a actual ministra é uma lídima defensora do SNS, pelo que as referências ao desleixo pela sua sustentabilidade são, no mínimo, gratuitas.

Depois é só tirar ilações, e "pesar" a influência política deste moderno Manzarino.

Finalmente, interrogar-se se "algo" de imprevisto estará para acontecer...

11:44 da manhã  
Blogger Joaopedro said...

«Entre os especialistas ouvidos pelo DE, a ideia de que a ministra Ana Jorge não deixou abrandar o controlo sobre as contas é quase unânime.»

Não poderia deixar de ser.
Ou na equipa de Ana Jorge não continue o Francisco Ramos. Conhecimento, experiência e talento. O homem certo no lugar certo.A certeza de que as contas da saúde vão continuar no caminho certo.

4:25 da tarde  
Blogger e-pá! said...

Mais uma de VM na Causa Nossa:

"Irresponsabilidade

A Inspecção-Geral de Saúde descobriu que «18 dos 74 hospitais do Serviço Nacional de Saúde isentaram ilegalmente os seus funcionários ou respectivos familiares de taxas moderadoras».
A notícia acrescenta que, depois de identificadas as situações e os responsáveis, terminou a totalidade dos casos ilegais. Fica porém sem se saber se foram abertos procedimentos para efeitos de responsabilidade disciplinar e financeira..."


Embora não possamos contornar estas ilegalidades que de facto parecem ter existido numa minoria de HH's, esperemos que estas terríveis "irresponsabilidades" de gestão (mais de cobrança), não afectem a sustentabilidade do SNS, no próximo OGE.

Já agora uma pergunta...
O Senhor Professor quando se desloca à Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, paga bilhete?
É que eu, vulgar cidadão, para lá entrar, pago.

Haverá aqui alguma "irresponsabilidade" ?

Ou V. Exºa não utiliza, tão nobre espaço (com centenas de Kg de ouro "arrancados" no séc XVIII de Minas Gerais), como mero vestiário para colocar a capa e batina e a toga, nas cerimónias académicas, quando realizadas no paço das Escolas?

Com direito a charamela ...

12:21 da manhã  

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