Cirurgia do Ambulatório
Foi colocado à discussão pública, o Relatório Preliminar da Comissão Nacional para o Desenvolvimento da Cirurgia de Ambulatório (CNADCA) RP da CNADCA ; despacho da ministra da saúde
«Em termos de valores, verificou-se que em 2006 se fizeram em regime de ambulatório mais de um quarto das cirurgias programadas (27%), num total de 79.067 cirurgias, verificando-se um crescimento de 7,7% relativamente ao ano de 2005 (que teria sido de 22%, de acordo com a Associação Portuguesa de Cirurgia de Ambulatório – 75.935 cirurgias).»
«Para 2009, e caso as medidas propostas sejam aprovadas, é possível que se consiga atingir a ‘mágica‘ barreira dos 50% (metade das cirurgias programadas serem efectuadas em regime de ambulatório), o que constituiria um marco decisivo e um caminho irreversível na Política de Saúde em Portugal. »
«Em termos de valores, verificou-se que em 2006 se fizeram em regime de ambulatório mais de um quarto das cirurgias programadas (27%), num total de 79.067 cirurgias, verificando-se um crescimento de 7,7% relativamente ao ano de 2005 (que teria sido de 22%, de acordo com a Associação Portuguesa de Cirurgia de Ambulatório – 75.935 cirurgias).»
«Para 2009, e caso as medidas propostas sejam aprovadas, é possível que se consiga atingir a ‘mágica‘ barreira dos 50% (metade das cirurgias programadas serem efectuadas em regime de ambulatório), o que constituiria um marco decisivo e um caminho irreversível na Política de Saúde em Portugal. »
Etiquetas: HH
2 Comments:
Um comentário do é-pá relativo à avaliação do sistema de saúde português pelo maior observatório independente dos sistemas de saúde, o Health Consumer Powerhouse, e que atribuiu 10 notas negativas ao nosso Sistema, é certamente matéria bem mais importante do que "algumas" polémicas que, de quando em vez, surgem no Saúde SA.
Permito-me retomar aqui o texto do colega é-pá particularmente quando refere:
"Bem, este relatório referente a 2007(período CC) foca muitos assuntos que - em 2008 - ou estão na agenda do MS, ou em vias de resolução, ou já foram resolvidos como é o mediático caso das "cirurgias das cataratas"."
Na verdade penso que pouco se avançou desde 2007. E no caso particular da cirurgia às cataratas deixo aqui um caso de que tenho conhecimento real.
Há cerca de seis meses uma utente aguarda pela realização de um exame de cardiologia sem o qual não será operada a uma catarata. E continuará a aguardar porque não se sabe, sequer, quando poderá fazer o referido exame de cardiologia(e obter o correspondente relatório).
É bem aplicado aqui o velho ditado: de boas intenções está o inferno cheio!
Caro Tonitosa:
Dos assuntos elencados no relatório do Health Consumer Powerhouse, a maioria deles estão agendados pelo MS, outros constam do PNS.
De facto, não é possível avançar, em Saúde, no terreno (HH's e CS's), com a velocidade "sonhada" em gabinetes.
Na realidade, penso que os itens negativos, constantes desse relatório link , estão detectados, diagnosticados, o que já é um princípio. De resto, a minha insatisfação pela lentidão é semelhante à sua.
Muitas vezes, para além da dificuldade em imprimir um ritmo de mudança mais acelerado, mais expedito, há o choque com a realidade que, frequentemente, é pior do que a levantada ou colhida para as análises, que servem de base aos projectos. São os famosos deslizamentos orçamentais das obras sobre projectos aparentemente limpos,escorreitos e rigorosos... E, depois falta cabimento orçamental às vezes durante 2,3 ou 4 anos.
Finalmente, não somos gente de soluções radiciais. Somos o País dos remendos. Mas não podemos trocar esta população por outra. Temos de colaborar na sua educação, instrução e sensibilização. Acima de tudo, facilitar o acesso à informação.
Um exemplo:
O referido relatório atribui o cartão vermelho no acesso às cirugias...
O presente Relatório Preliminar sobre Cirurgia de Ambulatório, é uma (não a única) das respostas às dificuldades que determinam a lentidão desse acesso.
Não tive oportunidade, provavelmente nunca a terei, de ler com o cuidado que merece o referido relatório link. Na verdade,os relatores, em Portugal, adquiriram uma terrível doença. Tornaram-se prolixos.
É, difícil, se não inviável, nos tempos que correm (indisponibilidade de tempo), ler um relatório com 245 páginas.... Se ao menos tivesse sido publicado antes das férias...
Com tais circunstancialismos não se pode pretender que, deste interminável documento, se faça uma discussão publica séria e fundamentada (até ao dia 3 de Outubro...onde provavelmente irei na pág. 100 ou cento e tal).
Só nos resta assistir à discussão entre o, também vasto, plantel de relatores.
O papel pró-activo que a Ministra solicita às Faculdades, Escolas Superiores de Saúde e, porque não, aos profissionais de Saúde, sejamos realistas, está seriamente comprometido pela extensão do relatório e pelo tempo disponibilizado para a discussão pública (estas discussões públicas- pelas dificuldades que encerram - são parte da mitologia democrática do regime nascido em Abril de 74).
Penso que ninguém duvida da importância da Cirugia de Ambulatório (já é um bom princípio!), em primeiro lugar, na melhoria dos constragimentos dos doentes, relativamente a um internamento e, concomitantemente, na obtenção de melhor efectividade na gestão hospitalar.
De qualquer maneira, parece-me que além de prolixos, os relatores, são apressados.
Chegar dos 27% aos 50% de 2007 para 2009, é uma meta demasiado arrojada, talvez, uma miragem.
Estaremos cá para ver...
Chamou-me a atenção a preocupação da MS, na sua nota oficial, sobre os aspectos da Formação.
Um bom princípio já que traduz uma visível preocupação com a qualidade da CA, i.e., com a necessidade de boas práticas.!
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