Médicos de Família
E inovação terapêutica
(...) Sobre a passagem em que argumenta uma presumida “total «paixão» pelos medicamentos clássicos de há mais de 20 anos” só a contesto, uma vez mais, pela adjectivação que utiliza. link Não encontra qualquer “paixão”, bem pelo contrário, na minha referência à trimetazidina, venotropos, “vasodilatadores cerebrais” e benzodizepinas, fármacos, todos eles, com mais de 20 anos de mercado.
Mas, é verdade que em questões de terapêutica, e só nessas, procuro ter uma abordagem tendencialmente conservadora. Histórias relativamente recentes reforçaram-me esta postura. Lembro, a propósito, o caso Rofecoxib. Não é necessário ir muito mais longe que à “simples” Wikipedia: “Rofecoxib gained widespread acceptance among physicians treating patients with arthritis and other conditions causing chronic or acute pain. Worldwide, over 80 million people were prescribed rofecoxib at some time”… “Merck had sales revenue of US$2.5 billion from Vioxx”… “FDA analysts estimated that Vioxx caused between 88,000 and 139,000 heart attacks, 30 to 40 percent of which were probably fatal, in the five years the drug was on the market”. Estas afirmações retiradas da Wikipedia são nela apresentadas com a adequada referência bibliográfica.
Mais: Para esta discussão teremos que clarificar o significado dos conceitos “inovação tecnológica”, “inovação terapêutica” e, a outro nível, o que são os medicamentos “mee too”. A indústria, com o esgotamento dos “pipelines” de investigação e subsquente produção de “inovação terapêutica” tem-se esgotado na produção da tal “inovação tecnológica” e na comercialização desses “me too”. Que o mesmo é dizer: na arte de “inovar”, introduzir o Fosavance, por exemplo, em substituição do Fosamax. Estes casos estão, de resto, riquissimamente documentados na literatura (agora sim) científica de referência.
Quantos serão os casos de verdadeira “inovação terapêutica” disponibilizada nos últimos 10 anos para o arsenal terapêutico utilizado por parte dos médicos de família?
Vale a pena, a este propósito, de entre outras fontes, consultar a Cochrane Collaboration e também, porque não, a “Préscrire”.
Deste modo, quando afirma “afinal já está descoberto há mais de 20 anos "TUDO" o que uma USF precisa de prescrever (deduzo das suas palavras)”, só pelo excesso colocada na forma não acertou. Prefiro dizer que é muito mais escasso do que, à partida, se poderia pensar o descoberto de há 20 anos para cá que se constitua como verdadeira “inovação terapêutica” colocada à disposição do exercício diário da Medicina Familiar.
Mas, é verdade que em questões de terapêutica, e só nessas, procuro ter uma abordagem tendencialmente conservadora. Histórias relativamente recentes reforçaram-me esta postura. Lembro, a propósito, o caso Rofecoxib. Não é necessário ir muito mais longe que à “simples” Wikipedia: “Rofecoxib gained widespread acceptance among physicians treating patients with arthritis and other conditions causing chronic or acute pain. Worldwide, over 80 million people were prescribed rofecoxib at some time”… “Merck had sales revenue of US$2.5 billion from Vioxx”… “FDA analysts estimated that Vioxx caused between 88,000 and 139,000 heart attacks, 30 to 40 percent of which were probably fatal, in the five years the drug was on the market”. Estas afirmações retiradas da Wikipedia são nela apresentadas com a adequada referência bibliográfica.
Mais: Para esta discussão teremos que clarificar o significado dos conceitos “inovação tecnológica”, “inovação terapêutica” e, a outro nível, o que são os medicamentos “mee too”. A indústria, com o esgotamento dos “pipelines” de investigação e subsquente produção de “inovação terapêutica” tem-se esgotado na produção da tal “inovação tecnológica” e na comercialização desses “me too”. Que o mesmo é dizer: na arte de “inovar”, introduzir o Fosavance, por exemplo, em substituição do Fosamax. Estes casos estão, de resto, riquissimamente documentados na literatura (agora sim) científica de referência.
Quantos serão os casos de verdadeira “inovação terapêutica” disponibilizada nos últimos 10 anos para o arsenal terapêutico utilizado por parte dos médicos de família?
Vale a pena, a este propósito, de entre outras fontes, consultar a Cochrane Collaboration e também, porque não, a “Préscrire”.
Deste modo, quando afirma “afinal já está descoberto há mais de 20 anos "TUDO" o que uma USF precisa de prescrever (deduzo das suas palavras)”, só pelo excesso colocada na forma não acertou. Prefiro dizer que é muito mais escasso do que, à partida, se poderia pensar o descoberto de há 20 anos para cá que se constitua como verdadeira “inovação terapêutica” colocada à disposição do exercício diário da Medicina Familiar.
António Rodrigues
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