Derrapagem 2008
O Ministério da Saúde falhou todas as previsões sobre o crescimento da despesa com medicamentos nas farmácias e nos hospitais, mas conseguiu chegar ao final de 2008 com um saldo positivo de 40 milhões de euros. DE 19.01.09
Sobre o controlo da despesa com medicamentos, Francisco Ramos prefere desvalorizar o desaire, considerando que as metas foram ambiciosas.
Num ano de sobressaltos, depois do susto de setembro com o encargo do SNS a registar uma taxa de variação homóloga de 6,2%. Que motivou a nomeação de uma super Comissão encarregada de investigar eventuais irregularidades do circuito de dispensa, Francisco Ramos parecia ainda acreditar no cumprimento das metas no final de 2008 : «Os dados disponíveis sobre a execução orçamental do Serviço Nacional de Saúde (SNS), incluindo os Hospitais EPE, indicam uma avaliação positiva: equilíbrio nas contas e melhoria nos indicadores de produção. Os resultados finais de 2008 confirmarão a tendência. Os indicadores financeiros mostram o controlo do crescimento da despesa de consumos (medicamentos)» JP, 01.12.08
Confirmada a derrapagem em 2008, vamos ver o que nos reserva 2009.
Sobre o controlo da despesa com medicamentos, Francisco Ramos prefere desvalorizar o desaire, considerando que as metas foram ambiciosas.
Num ano de sobressaltos, depois do susto de setembro com o encargo do SNS a registar uma taxa de variação homóloga de 6,2%. Que motivou a nomeação de uma super Comissão encarregada de investigar eventuais irregularidades do circuito de dispensa, Francisco Ramos parecia ainda acreditar no cumprimento das metas no final de 2008 : «Os dados disponíveis sobre a execução orçamental do Serviço Nacional de Saúde (SNS), incluindo os Hospitais EPE, indicam uma avaliação positiva: equilíbrio nas contas e melhoria nos indicadores de produção. Os resultados finais de 2008 confirmarão a tendência. Os indicadores financeiros mostram o controlo do crescimento da despesa de consumos (medicamentos)» JP, 01.12.08
Confirmada a derrapagem em 2008, vamos ver o que nos reserva 2009.
Etiquetas: Medicamento
5 Comments:
Como alguém já aqui disse, foi uma gestão de andar aos papéis.
A desculpa das metas ambiciosas ( senão é do cu é das calças) não lembra ao diabo.
A não haver uma explicação técnica para este crescimento da despesa com medicamentos, temos que considerar desastrosa a administração da Saúde neste domínio. E a explicação técnica só pode ser uma: a melhoria dos cuidados de saúde expressa em mais e melhores cuidados.
Mas tal melhoria, salvo algumas "ilhas" não se fez sentir nos índices de satisfação dos utentes. Continuamos a assistir a longos tempos de espera para consultas e cirurgias; em oftalmologia os progressos são pouco notórios e em muitos dos centros de saúde nada se nota de melhor.
Houve produção acrescida? Venham de lá os dados que permitam compreender esta significativa derrapagem na despesa com medicamentos. Derrapagem bem mais grave se não nos esquecermos da redução de preços dos medicamentos imposta por CC, administrativamente (e bem, reconheça-se).
Mas onde estão reflectidas as anunciadas poupanças das USF's?
E como explicar esta derrapagem com os tão apregoados ganhos de eficiência dos HH's?
Quanto a FR e às suas crenças, o facto de ter sido nomeda uma Comissão para investigar eventuais irregularidades, é só por si uma boa prova da sua incapacidade para governar. É uma actuação do tipo "depois da casa roubada, trancas à porta); ou uma estratégia de engana tolos em que em boa verdade, só os tolos embarcam.
O Primeiro Ministro merece melhor!
«O Ministério da Saúde falhou todas as previsões sobre o crescimento da despesa com medicamentos nas farmácias e nos hospitais»
Um tiro no porta aviões.
Francisco Ramos andou todo o ano positivamente aos papéis.
Chegado a Setembro pôs mesmo a hipótese de haver cambalacho no circuito de dispensa e vai daí nomeou uma comissão para investigar como andava o consumo de medicamentos.
Mais adiante especulou com as tendências (trajectórias) que também lhe sairam furadas no consumo hospitalar.
Sempre às apalpadelas, sem informação capaz, o desastre estava à vista.
Foi maldição do João Cordeiro.
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