Vacinação anti-HPV
1. - Deve estar sob vigilância ?
Recentemente tivemos oportunidade de assistir a um diferendo sobre a aquisição de novo stock de vacinas contra o carcinoma do colo do útero. Em concurso, estavam 2 vacinas, com custos substancialmente diferentes.
Discutiram-se questões de custo/eficácia, bem como os diferentes espectros de acção.
Havia, ainda, um problema acessório que dizia respeito às adolescentes já vacinadas. Os primeiros lotes que foram adquiridos para Portugal foram de vacinas quadrivalentes (HPV 6, 11, 16, 18). Este problema foi ultrapassado com a garantia dada pelo Ministério da Saúde de que quem tinha começado com a vacina quadrivalente, continuaria, nos posteriores “rappelles”, com o mesmo tipo de vacina.
No Reino Unido a escolha recaiu sobre a vacina bivalente (HPV: 16,18), julgo por uma notória melhor relação custo/eficácia.
Em Portugal a variação de custos da vacina “quadrupla” versus vacina “dupla” é de 55 euros / 39,39 euros.
Diversos trabalhos científicos questionam a eficácia científica da vacinação HPV. Penso que a alta incidência do cancro do colo do útero, terá apressado a sua introdução no mercado.
Um estudo a decorrer na Finlândia – cuja fiabilidade de registo oncológico é invejável – no Hospital da Universidade de Tampere, envolvendo 22.000 adolescentes, promete resultados mais concludentes para 2020! link
Entretanto as vacinas, são novamente notícia, agora, devido aos seus efeitos secundários.
Estavam descritos alguns efeitos secundários, nomeadamente: febre, cefaleias, perda temporária de visão, eritema na área de injecção, gastralgias, diarreia, etc.
Hoje (13.02.09), o Jornal Público noticia (pág. 20) que em Espanha (onde está a ser aplicada a vacina quadrivalente) já foram notificados 120 casos de efeitos adversos e o Sistema Espanhol de Farmacovigilância (SEFV), anunciou que 7 adolescentes foram hospitalizadas, por possíveis reacções a esta vacina.
Esta complicações foram graves e induziram convulsões e perda de consciência.
Em Portugal, que eu tenha conhecimento, não há qualquer alerta do Infarmed. Nem sabemos como estão a funcionar as Comissões de Farmacovigilãncia…
Entretanto, milhares de adolescentes já foram vacinadas, em Portugal e …
“não há notícias do meu País!”
Recentemente tivemos oportunidade de assistir a um diferendo sobre a aquisição de novo stock de vacinas contra o carcinoma do colo do útero. Em concurso, estavam 2 vacinas, com custos substancialmente diferentes.
Discutiram-se questões de custo/eficácia, bem como os diferentes espectros de acção.
Havia, ainda, um problema acessório que dizia respeito às adolescentes já vacinadas. Os primeiros lotes que foram adquiridos para Portugal foram de vacinas quadrivalentes (HPV 6, 11, 16, 18). Este problema foi ultrapassado com a garantia dada pelo Ministério da Saúde de que quem tinha começado com a vacina quadrivalente, continuaria, nos posteriores “rappelles”, com o mesmo tipo de vacina.
No Reino Unido a escolha recaiu sobre a vacina bivalente (HPV: 16,18), julgo por uma notória melhor relação custo/eficácia.
Em Portugal a variação de custos da vacina “quadrupla” versus vacina “dupla” é de 55 euros / 39,39 euros.
Diversos trabalhos científicos questionam a eficácia científica da vacinação HPV. Penso que a alta incidência do cancro do colo do útero, terá apressado a sua introdução no mercado.
Um estudo a decorrer na Finlândia – cuja fiabilidade de registo oncológico é invejável – no Hospital da Universidade de Tampere, envolvendo 22.000 adolescentes, promete resultados mais concludentes para 2020! link
Entretanto as vacinas, são novamente notícia, agora, devido aos seus efeitos secundários.
Estavam descritos alguns efeitos secundários, nomeadamente: febre, cefaleias, perda temporária de visão, eritema na área de injecção, gastralgias, diarreia, etc.
Hoje (13.02.09), o Jornal Público noticia (pág. 20) que em Espanha (onde está a ser aplicada a vacina quadrivalente) já foram notificados 120 casos de efeitos adversos e o Sistema Espanhol de Farmacovigilância (SEFV), anunciou que 7 adolescentes foram hospitalizadas, por possíveis reacções a esta vacina.
Esta complicações foram graves e induziram convulsões e perda de consciência.
Em Portugal, que eu tenha conhecimento, não há qualquer alerta do Infarmed. Nem sabemos como estão a funcionar as Comissões de Farmacovigilãncia…
Entretanto, milhares de adolescentes já foram vacinadas, em Portugal e …
“não há notícias do meu País!”
2.- Finalmente, o Infarmed resolveu informar os portugueses e as portuguesas ... (sexta-feira, 13 de Fevereiro de 2009 13:02)
O Infarmed registou 21 notificações de reacções adversas à vacina Gardasil, contra o papilomavírus, desde o início da sua comercialização, em 2006, noticia esta sexta-feira a edição online do jornal Público. link Das 21 reacções notificadas, 14 foram consideradas graves, mas não há registo de casos mortais.
A Gardasil é uma vacina para prevenir o cancro do colo do útero e integra o Plano Nacional de Vacinação.
Espanha indicou recentemente que contabiliza 120 notificações de reacções adversas, 45 das quais graves. Sete jovens a quem foi administrada a vacina foram hospitalizadas e as autoridades espanholas abriram uma investigação, suspeitando que em causa estaria um lote específico da vacina.
Segundo o jornal, ciando fonte do Infarmed, a maioria das notificações recebidas pelo Infarmed respeitam a reacções alérgicas, enquanto no caso de Espanha contabilizam-se ocorrências de convulsões e desmaios.
Entretanto, Espanha suspende lote de vacinas Gardasil (09.02.2009).
O Governo espanhol ordenou a suspensão temporária de um lote de vacinas Gardasil, contra o vírus do papiloma humano, depois de se conhecerem dois possíveis casos de efeitos adversos.
O Infarmed confirmou que nenhuma dose entrou em Portugal.
A comunidade valenciana, onde se registaram as reacções adversas mais graves, retomará - segundo declarou o Cosellheiro de Saúde Manuel Cervera ao periódico El Mundo - a vacinação com outros lotes...
Finalmente, segundo o El País link, Sanidad y comunidades acuerdan seguir con la vacunación contra el virus del papiloma. Se mantiene la inmovilización del lote retirado el lunes tras la hospitalización de dos niñas en Valencia.
El Ministerio de Sanidad y las comunidades autónomas, reunidos hoy en la Comisión de Salud Pública del Sistema Nacional de Salud, han decidido continuar "con absoluta normalidad" la vacunación frente al virus del papiloma humano, causante del cáncer de cérvix, tras evaluar "los dos casos sospechosos de reacciones adversas" al lote NH52670 de la marca Gardasil registrados en la Comunidad Valenciana, ha informado el departamento que dirige Bernat Soria en un comunicado. /...
Espanha suspendeu a aplicação de vacinas do lote suspeito em 09.02.2009.
Por cá reinou até hoje (13.02.2009) o mais sepulcral silêncio. Os portugueses parece não merecerem que lhe sejam facultadas explicações sobre problemas de saúde.
As coisas só vêm à tona quando a sua divulgação se generalizou.
Fica no ar uma pergunta em que as informações prestadas pelo Infarmed, hoje, ao Público online, são omissas : O presidente do INFARMED, Vasco Maria - enquanto durarem as investigações sobre o lote suspeito - vai colocar a referida vacina sob apertada vigilância?
e-pá!
Etiquetas: E-Pá
4 Comments:
As habituais trapalhadas...
Fruto da farta ineficiência que grassa no sistema.
Num país que não tem dinheiro para mandar cantar um cego, as nossas opções são quase sempre pelas soluções mais dispendiosas.
Postas as acções no terreno falhamos no que é de mais elementar.
Excelente post.
Resenha oportuna de mais um processo que tem servido de bandeira politica e denota, aqui e acolá, estar a ser conduzido às três pancadas.
Lembro-me que o e-pá foi dos primeiros comentadores do saudesa a defender a vacinação anti-HPV.
Hoje diz (reconhece) que há alguns alçapões cientificos no processo...
O que se conclui é que, mais uma vez, se suscitam dúvidas sobre a forma como gastamos dinheiro em determinados projectos de saúde. Para não falar da eficiência da sua condução.
Por sua vez, a entidade responsável pela farmacovigilãncia, o Infarmed, parece-me também andar a dormir na forma.
É o país que temos...
Há 21 casos em Portugal de reacções adversas à vacina contra o cancro do colo do útero
Depois de em Espanha sete raparigas terem sido hospitalizadas na sequência da vacinação contra o vírus do papiloma humano (que provoca o cancro do colo do útero) e de um lote da imunização ter sido suspenso temporariamente, a autoridade nacional do medicamento (Infarmed) confirmou ontem que em Portugal também há registo de reacções adversas à vacina Gardasil, que está a ser administrada a adolescentes no plano nacional de vacinação.
Desde que a vacina começou a ser comercializada em 2006, o Infarmed recebeu 21 notificações de reacções adversas, 14 das quais foram classificadas como graves. Seis casos foram notificados pela indústria farmacêutica e os outros 15 foram reportados por profissionais de saúde.
A informação foi actualizada pelo Infarmed, depois de se saber que em Espanha há 103 notificações de efeitos secundários, 35 dos quais considerados graves. Mas o presidente do Infarmed, Vasco Maria, desdramatizou a situação em conferência de imprensa, notando que nenhum dos casos notificados em Portugal resultou em morte ou em internamento hospitalar prolongado e que não existem razões para suspender a vacinação. "São manifestações esperadas, nomeadamente reacções alérgicas, localizadas ou alargadas, e um caso de convulsões", explicou ao PÚBLICO. Os casos aconteceram a seguir à injecção e as jovens recuperaram rapidamente.
É preciso ter em atenção que já foram consumidas 270 mil embalagens (com três doses) da vacina, acrescentou Vasco Maria, destacando a "muito baixa" frequência de efeitos secundários. A relação benefício/risco continua "claramente positiva" e não há para já necessidade de medidas adicionais, até porque não há uma demonstração inequívoca de que estas reacções adversas se devam à vacina, disse ainda.
Seja como for, a situação continua a ser monitorizada pelo Infarmed e pela agência europeia do medicamento (EMEA) que recentemente recomendou que a vacina passe a incluir no folheto informativo a possibilidade de ocorrência de convulsões ou desmaios como reacções adversas.
Na semana passada, depois de as autoridades espanholas suspenderem um lote de Gardasil, por precaução, o Infarmed adiantou que nenhuma dose deste lote entrou em Portugal.
Activa contra quatro subtipos do vírus que é a causa mais provável do cancro do colo do útero, a Gardasil foi recentemente incluída no Plano Nacional de Vacinação para ser administrada a jovens nascidas em 1995 (no ano passado) e em 1996 (ao longo deste ano). Em 2010 vai ser administrada às raparigas nascidas em 1997.
O sinal de alarme soou na semana passada em Espanha, depois de duas raparigas terem sido internadas num hospital de Valência, com reacções adversas graves. As autoridades pensaram então que o problema tinha a ver com um lote da Gardasil e suspenderam temporariamente a sua administração. Ontem, o Ministério da Saúde esclareceu que são 35 os casos de reacções adversas graves registados, cinco dos quais relacionados com convulsões e que a vacinação será retomada com normalidade na segunda-feira.
JP 14.02.08
Sem dúvida tardia a reacção do Infarmed.
A reboque dos acontecimentos de Espanha.
como é que o preço da vacina para os serviços de saude fica 3x mais barata que para os utentes.
porque não foram abrangidas pelo plano as raparigas nascidas em 1991 que tinham na data em que começou a campanha de vacinação 17 anos.
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