sexta-feira, agosto 21

Saúde 24, continua a falhar

foto JP
Ministra da Saúde acusa Linha de Saúde 24 de incumprimento de contrato link link

«Lamento profundamente que 2 meses depois da MS ter renovado o contrato com a empresa venha agora acusá-la das falhas que denunciámos há 11 meses. Ana Jorge diz agora que o problema não é novo, pois não, mas desmentiu-nos publicamente e fingiu que nada se passava. Deixou que fosse despedida por delito de opinião, por ter denunciado à minha tutela o que se passava num serviço público. Deixou que dezenas de enfermeiros abandonassem a S24 com acusações graves à empresa, sem nunca abrir a boca. E agora admite que tem um problema quando sabe que já não vai poder resolvê-lo, porque quando pôde não o fez! »
Ana Rita Cavaco, JP 19.08.09

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12 Comments:

Blogger tambemquero said...

A ministra da Saúde lamentou hoje o caso de uma grávida de quase sete meses a quem foi detectada gripe A apenas após três idas a diferentes hospitais.
Segundo a ministra, a doente tinha um quadro sintomático que não foi identificado como sintoma gripal o que fez com que passasse por dois hospitais e que não fosse feito o diagnóstico. "Só quando houve agravamento dos sintomas é que foi mais compatível com a existência de um quadro gripal e foi validado como sendo gripe A",

Segundo o Rádio Clube Português, aos primeiros sinais de gripe a mulher deslocou-se ao Hospital São Francisco Xavier. Dirigiu-se depois ao Hospital Amadora-Sintra, onde lhe foi prescrito o medicamento Ben-u-ron. Mais tarde, já com uma pneumonia e a necessitar de ventilação, chegou ao Hospital da Luz, uma instituição privada, onde foi finalmente diagnosticada com gripe A e só então foi encaminhada para o Hospital Curry Cabral, uma das unidades de referência.link

JP 21.08.09

Será que depois dos tristes casos Eusébio e Rui Veloso, o marketing dos Hospitais Privados elevou-se a patamar de maior sofisticação?

9:39 da manhã  
Blogger e-pá! said...

A situação da parceria público-privada Saúde 24 é um exemplo paradigmático do modo como o Estado exerce a sua função reguladora e fiscalizadora.

Se a Srª ministra arranjar algum tempo - para além de acudir aos constantes fogos levantados pelos planos de contigência na prevenção e no combate à gripe A - com certeza que encontaria, noutras PPP's em execução, muitas inconformidades.
Estas conduzirão, fatalmente, a gritantes ou a irreversíveis situações de incumprimento.
Sugeria que promovesse auditorias às PPP's dos novos HH's de Cascais e Braga...

O caso do Saúde 24 mostra como a tolerância ou a displicência, mau grado as boutades - emitidas na altura dos primeiros problemas denunciados no funcionamento do S24 - pelo Dr. Francisco George, conduzem, inevitavelmente, ao agravamento das situações.

Seria bom observar - em todos estes contratos de parcerias - um ditado popular: de pequenino se torce o pepino...

10:38 da manhã  
Blogger Clara said...

líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, criticou ontem à noite o Governo por ter renovado o contrato com a empresa privada que gere a Linha Saúde 24, negócio que, juntamente com os apoios a bancos, é responsável pelo défice orçamental.link

"A ministra da Saúde (Ana Jorge) indignou-se com a ineficácia da Linha Saúde 24. O Estado entrega dinheiro a mãos rotas na educação, na saúde e é o caso da Linha Saúde 24", afirmou Louçã durante um comício em Manta Rota, Vila Real de Santo António.

O dirigente do Bloco de Esquerda defendeu que "o Governo perde dinheiro em negócios para amigos e apaniguados" e criticou o facto de a linha telefónica, "que deveria ser o primeiro contacto com os serviços de saúde", apenas atender "um terço das chamadas, ou seja apenas uma em cada três pessoas".

Louçã sublinhou que o Bloco "já tinha detectado" esses problemas em Maio e propôs a não renovação do contrato com a empresa que gere a linha telefónica indicada para as pessoas com suspeita de terem contraído o vírus da Gripe A (H1N1), depois de enfermeiros terem denunciado "o caos" em que a linha funcionava.

"Onze enfermeiros pediram à ministra para pôr fim ao caos. Mas, em Junho, o Governo escolheu continuar o contrato. E os enfermeiros que denunciaram a inexistência de qualidade no serviço foram despedidos. E todos são corridos por dizerem à ministra que a Linha não funcionava", lamentou.

Para Louçã, o país "perdeu dinheiro, o serviço é mau e a democracia ficou assim mais pequena", porque entrega a privados um serviço que, segundo o dirigente do Bloco, "deveria ser público".

O deputado disse que este caso é um exemplo de como a privatização dos serviços públicos de saúde é má para o país e criticou também a opção do Governo de entregar a gestão de novos hospitais, "que vão ser pagos pelos contribuintes", a grupos privados.

"Portugal não vai ter em 2009/2010 os melhores hospitais do Mundo se forem públicos mas não podemos ignorar que, se forem privados, as pessoas são tratadas consoante o peso da carteira", afirmou Louçã, denunciado a entrega por 30 anos da gestão dos novos hospitais de Braga e Vila Franca de Xira ao grupo Melo, e do de Loures ao Espírito Santo.

"Os privados vão gerir estes hospitais durante 30 anos. Daqui a 30 anos, José Sócrates terá 80 anos. O estado financia os hospitais com o dinheiro dos contribuintes para os lucros que essas empresas têm que ter. É por isso que há défice orçamental", afirmou, defendendo a necessidade de "responsabilidade, rigor, transparência e justiça" na gestão governativa.

Questionado pela Lusa sobre a posição do Bloco de Esquerda relativamente à possibilidade de a comissão parlamentar eventual de acompanhamento da gripe se reunir, como foi hoje proposto pelo CDS/PP e pedido pela presidente da Comissão parlamentar de Saúde, Maria de Belém Roseira, Louçã respondeu que "tudo o que contribua para o esclarecimento o Bloco apoia e não tem nada a opor".

Louça falou ainda da entrevista de ontem à noite de Manuela Ferreira Leite, na RTP, dizendo que a líder do PSD "não apresentou ideias do seu programa porque o PS costuma copiá-las".

"E apresentou um programa de emprego que consiste na construção de iates para ricos, classe que considera ter sido das mais prejudicadas", ironizou.

JP 21.08.09

11:20 da manhã  
Blogger Antunes said...

«Seria bom observar - em todos estes contratos de parcerias - um ditado popular: de pequenino se torce o pepino...»

Seria bom que assim fosse...

No entanto, este Governo, este MS, parece assim não entender.
Resta-nos o Tribunal de Contas, até ver.

11:52 da manhã  
Blogger Clara said...

Já repararam, que de repente, começaram a acontecer uma série de azares no Hospital de Santa Maria.
Acham isto normal?

Eu não acredito em bruxas.
Mas que as há, há!

4:47 da tarde  
Blogger Tavisto said...

Será que depois dos tristes casos Eusébio e Rui Veloso, o marketing dos Hospitais Privados elevou-se a patamar de maior sofisticação?


Meu caro “tambémquero”

Goste-se ou não dos privados, este seu comentário é manifestamente infeliz. Se há alguma coisa a concluir desta notícia é o da ligeireza com que dois hospitais públicos trataram uma doente de risco face à gripe A. Podemos encontrar as desculpas que quisermos (sobrecarga de doentes, má preparação dos tarefeiros ….), mas que cheira a forte irresponsabilidade, cheira.
Desculpe que lhe diga, mas para facciosismo já chega o futebol. Não é com posições destas que se defende o SNS.

5:04 da tarde  
Blogger Clara said...

A presidente da Comissão Parlamentar de Saúde frisou a importância de acompanhar o funcionamento da Linha Saúde 24, isto na sequência do aumento do número de casos de gripe A.

À TSF, Maria de Belém Roseira confirmou ter recebido um pedido da deputada centrista Teresa Caeiro no sentido de o grupo de trabalho sobre a gripe a se reunir, mas os primeiros contactos da deputada do PS colheram uma sensibilidade diferente.

A parlamentar socialista, que entende que será importante que a reunião pedida por Teresa Caeiro se realize, frisou que esta linha telefónica tem de estar a «funcionar de forma absolutamente sem falhas».

Maria de Belém Roseira assinalou ainda que as falhas notadas no funcionamento da Linha Saúde 24, que já foram assinaladas pela ministra da Saúde, Ana Jorge, assumem mesmo uma relevância política.

«Se há uma orientação para o controlo da propagação da gripe no sentido de que as pessoas se relacionem com os serviços de saúde numa primeira fase através do telefone e não da presença física verifica-se aqui uma impossibilidade de cumprimento destas orientações técnicas», lembrou.

tsf 21.08.09

12:41 da manhã  
Blogger Unknown said...

Comunicado da Ordem dos Enfermeiros

Lisboa, 19 de Agosto de 2009 – O incumprimento do contrato entre a empresa que gere a Linha de Saúde 24 e a Direcção-Geral da Saúde, bem como as implicações / prejuízos graves que as falhas no funcionamento da linha podem acarretar à saúde dos portugueses, levam a Ordem dos Enfermeiros (OE) a afirmar o seguinte:

- Foi com especial satisfação que a OE teve conhecimento das declarações desta manhã da Dr.ª Ana Jorge, relativamente às responsabilidades que a empresa LCS deve assumir no cumprimento dos compromissos assumidos com o Ministério da Saúde. Felicitamos igualmente a Direcção-Geral da Saúde pela iniciativa de convocar uma reunião com a empresa LCS para a tarde de hoje.

- Contudo, consideramos que a acção do Ministério não deve ficar apenas pelas palavras, mas por uma atitude mais firme junto da empresa a quem foi contratualizado um serviço que não está a ser prestado nas condições acordadas. A Ordem dos Enfermeiros considera, por isso, que a Dr.ª Ana Jorge deve tomar as medidas necessárias para que a empresa em causa cumpra, o mais depressa possível, com os serviços que contratualizou com o Ministério.

- A Ordem dos Enfermeiros quer aqui realçar a mais-valia para os cidadãos do trabalho que os enfermeiros da Linha de Saúde 24 têm desempenhado ao longo dos anos e em especial numa altura em que a Gripe A começa a ter uma expressão consideravelmente significativa.

- Consideramos inaceitável que o previsível aumento do número de chamadas devido à Gripe A não tivesse sido acautelado há algum tempo atrás, com o necessário reforço dos profissionais que asseguram, 24 sob 24 horas, o atendimento telefónico de solicitações relacionadas com processos de saúde ou de doença. Estamos perante um serviço que tem vindo a ser garantido com eficácia e eficiência pelos profissionais que nele exercem, não podendo os mesmos assumir qualquer tipo de responsabilidade pelos erros que a direcção da empresa possa ter cometido.

- Se as condições forem criadas, a Linha de Saúde 24 está numa excelente posição para responder a dúvidas da população e profissionais, assim como orientar os utentes para os serviços mais adequados, constituindo-se como um recurso de saúde imprescindível para a implementação do plano de contingência nacional da Gripe A e para o reforço da saúde de todos os cidadãos.

Enf.º Jacinto Oliveira
Vice-presidente do Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros

http://www.ordemenfermeiros.pt/index.php?page=44&highlight=807

12:48 da manhã  
Blogger saudepe said...

Até ao fi nal do mês, a Linha Saúde24 deverá ter capacidade para responder à esmagadora maioria das chamadas que receber, disse ao PÚBLICO o director-geral da Saúde, Francisco George, no fi nal de uma reunião da comissão de acompanhamento daquele serviço, constituída por elementos do Ministério da Saúde e da empresa que gere a linha, a LCS.
A linha 808242424 tem sido alvo de críticas por parte da ministra da Saúde Ana Jorge. A governante disse que recentemente apenas um terço das nove mil chamadas diárias têm tido resposta quando, até há pouco tempo, a percentagem era de 85 a 90 por cento, valor que se considera como bom num serviço deste tipo. George garante que até ao fi m do mês ele voltará a ser atingido.
Já Artur Martins, da LCS, não quis comentar os resultados da reunião de ontem. Disse, contudo, que “sem prejuízo do que se passou recentemente, nalguns dias, em que houve um fluxo anormal de chamadas”, a linha tem respondido “com qualidade” a cerca de 95 por cento dos que a procuram.
Cerca de dois milhões de euros é quanto se estima que seja preciso investir no reforço do serviço.

JP 21.08.09

No lugar de rescindir o contrato, a ministra da saúde, Ana Jorge, e o Director Geral da Saúde, Francisco George, vão dar mais uns milhões à empresa adjudicatária deste serviço.
É o que eles querem.
Cobrir as estreitas margens de lucro conseguidas nos concursos com negociações posteriores.
Tudo isto à custa dos nossos impostos. E dos políticos incompetentes que elegemos.

2:22 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Portugal entrou na fase pandémica de gripe A (H1N1). O número galopante de casos prova que já não é possível conter o avanço do vírus e agora as atenções concentram-se no tratamento dos infectados. Daqui em diante, o teste laboratorial da doença e os hospitais são reservados aos casos graves, a contagem diária de doentes torna-se semanal e aumentam as restrições à toma de Tamiflu. Mas há um facto que não muda: o sucesso da resposta dos serviços médicos, reforçados, continua a depender do contacto com a Linha Saúde 24. As falhas já começaram e os responsáveis avançam com o ‘plano B’. Vai ser reforçada com mais equipamentos e recursos humanos. O gestor está a negociar com o Estado para que 100 dos seus 300 enfermeiros trabalhem exclusivamente na linha, ficando libertos das suas funções nas unidades públicas. Está ainda em marcha a criação de uma segunda linha telefónica — imperceptível para o utente — composta por quatro call centers supervisionados pela Saúde 24 e que permitirá criar mais 300 postos de atendimento. Vai obrigar a contratar perto de mil técnicos, cuja formação será limitada à gripe e, assim, passível de fazer em dois dias.

A fúria da ministra

Ana Jorge criticou o gestor da Linha Saúde 24 quando percebeu que o país estava a entrar na pandemia e nem sequer eram atendidas as dez mil chamadas diárias previstas no contrato. Até quarta-feira, só estavam a dar resposta a cerca de três mil dos nove mil contactos diários e a ministra foi clara: “Estamos no limite”. O Expresso apurou que a falha foi detectada ainda antes do aparecimento do novo vírus e motivou diversas reuniões, que até ao ultimato ministerial de pouco serviram. Contudo, o administrador da empresa, Artur Martins, garante que “dentro de uma semana, poderemos conseguir quadruplicar a capacidade diária”. A ministra, à cautela, mantém-se atenta: “Vamos ter de esperar alguns dias para ver a consistência destas alterações”.

Quem gere a Saúde 24

Este serviço de atendimento telefónico foi criado pelo Ministério da Saúde para dar apoio ao SNS e a sua gestão foi entregue em 2007 à empresa privada Linha de Cuidados de Saúde, do Grupo Caixa Geral de Depósitos. Segundo o contrato assinado com o Estado, o gestor teria de cumprir uma actividade no valor de €23 milhões nos dois primeiros anos, mas ficou aquém. A própria Direcção-Geral da Saúde apurou que o volume de chamadas atendidas ficou nos €16 milhões e, com o argumento da satisfação dos utentes, renovou o contrato até 2011. O caso motivou a ida do director-geral da Saúde ao Parlamento, hipótese outra vez na mesa.

Novo diagnóstico

Com a transmissão do vírus sustentada na comunidade, a pandemia propriamente dita, o diagnóstico em laboratório fica limitado aos casos graves ou com características particulares. Significa isto que a maioria dos doentes vai saber se tem gripe A apenas pela avaliação clínica dos sintomas — febre igual ou superior a 39 graus, dores musculares, diarreia, vómitos e outros. A presença em zonas com infecções confirmadas tende a ser desvalorizada porque, neste momento, já não é possível saber a origem do contágio em mais de 80% dos novos doentes. Será ainda dado o contributo da rede Sentinela, que monitoriza a gripe comum. Se o vírus sazonal não está em circulação e há doentes com gripe, presume-se que o agente infeccioso é o A(H1N1).


semanário expresso 22.08.09

12:54 da manhã  
Blogger Clara said...

A Universidade de Lisboa activou, esta segunda-feira, o plano de contingência para a gripe A. A reitoria de uma das maiores instituições de ensino superior do país admite o encerramento de faculdade e aulas à distância.

Segundo o vice-reitor da Universidade de Lisboa, Vasconcelos Tavares, o plano inclui, «para além das medidas de higiene e limpeza» impostas pelas autoridades de Saúde, a monitorização de toda a instituição, que acolhe cerca de 30 mil pessoas por dia.

No âmbito do plano, a Universidade de Lisboa criou uma linha de atendimento para a gripe A, que está disponível a partir desta segunda-feira, e salas de isolamento para casos suspeitos. Além disso, a reitoria defende que as portas que não precisem de estar fechadas devem manter-se abertas.

Se medidas como esta, incluídas no plano A, não forem suficientes, a instituição de ensino superior pode aplicar o plano B, que deverá passar pelo encerramento de faculdades ou por aulas à distância.
Ainda assim, o vice-reitor confessou esperar que tal não seja necessário, defendendo que cada situação «tem de ser ponderada caso a caso».

Vasconcelos Tavares disse ainda que há uma grande preocupação com os alunos que vêm dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e assegurou que há pelo menos duas residências universitárias que não vão fechar para garantir abrigo a quem não possa voltar a casa em caso de gripe.


TSF 22.08.09

2:01 da tarde  
Blogger cotovia said...

Se um operador de telefones tiver a responsabilidade de responder a 10 chamadas por dia, mas só atender três, é despedido. Com justa causa apesar de ter uma taxa de produção de 30 por cento.

Se uma empresa se comprometer a dar resposta a 10 mil chamadas, mas só cumprir com três mil, tem direito a renegociar, ninguém rasga o contrato e até é recebida pelos altos responsáveis do Ministério da Saúde.
Publicada por Emídio Fernando , correio preto

3:34 da tarde  

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