Não passarão...
Na próxima luta pelo poder, dentro do PSD, voltará a ser, de novo, posto em causa o nosso modelo de saúde.
Há pouco mais de um ano, finais de Maio de 2008, podia ler-se no “Futuro é agora”, blog de apoio à candidatura de Pedro Passos Coelho:
“Os resultados do relatório EuroHealth Consumer Index 2007 são claros: os sistemas bismarckianos de saúde têm melhores resultados do que os sistemas beveridgianos.
Looking at the results of the EHCI 2007, it is very hard to avoid noticing that the top five countries, which fall within 36 points on a 1000-point scale, all have dedicated Bismarckian healthcare systems. There is a gap of 30 points to the first Beveridge country in 6th place.
Em português, isto quer dizer que os sistemas de saúde baseados em seguros sociais independentes dos prestadores do serviço têm melhores resultados do que os sistemas de saúde onde o financiamento e a prestação do serviço estão reunidos numa mesma organização.
Agora trocado por miúdos: se queremos um melhor serviço de saúde, com menos espera, melhor cobertura do território, mais liberdade de escolha, e melhores resultados, não podemos manter o nosso sistema tal como está. Quando quisemos democratizar e massificar os cuidados de saúde em Portugal, olhámos para a Inglaterra e para os países do bloco socialista. Foi um erro: devíamos ter olhado para a França ou para a Alemanha. Ainda vamos a tempo de corrigir.”
O preconceito ideológico do autor do texto ressalta à vista desarmada quando afirma: “olhámos para a Inglaterra e para os países do bloco socialista”.
Não ocorreu a um militante do PSD que as social-democracias nórdicas optaram também pelo modelo de SNS, sendo que, para resultados de saúde idênticos, ou melhores, que os da França e da Alemanha, gastam uma percentagem do produto bem menor.
Em 2006, por exemplo, as despesas totais com a saúde representaram na Finlândia 8,3% do PIB, enquanto na França atingiram os 11%.
Os sistemas de seguro-doença oferecem mais liberdade e capacidade de escolha aos consumidores, mais rápido acesso aos cuidados de saúde e às inovações tecnológicas e não admira, por isso, que obtenham maiores índices de satisfação.
Mas, como o Hermes explicou muito bem, no seu primeiro post sobre o EHCI 2009, a maior escolha individual pode gerar consumismo o que em saúde não é necessariamente melhor, a satisfação dos doentes pode obter-se através da multiplicação de actos o que não corresponde necessariamente a boa prática.
As vantagens dos sistemas com SNS têm a ver com a universalidade da cobertura, a maior equidade de acesso, a maior capacidade de controlar a o crescimento dos custos. Mas apresentam, pelo contrário, maior rigidez, menos capacidade de inovação, ineficiências microeconómicas e menor atenção às preferências individuais.
Como muito bem diz o Aidenós :
“A produção de resultados de saúde e a equidade são os objectivos substantivos ou fundamentais, mas a eficiência micro e macroeconómica, apesar de meramente instrumental é, em larga medida, condicionante e (mais do que no ranking do EHCI) a avaliação global dos serviços de saúde não pode ignorá-la, porque só lhe interessam objectivos e serviços de saúde sustentáveis. Por isso se reconhece tão generalizadamente a importância para qualquer país, mas muito mais para aqueles que dispõem de menores recursos, da escolha das suas opções em função dos resultados por euro investido.”
Num país pobre e em crise, quando a maioria dos portugueses pede ao Estado que a salve, uns para suportar a miséria, outros para aguentar o desemprego, muitos para garantir trabalho e uns poucos para tapar os buracos financeiros que eles próprios criaram, surgem agora uns tantos iluminados que pretendem que o Estado recue numa das zonas mais sensíveis da sociedade.
Até a mim, que sou tão pouco revolucionário, me apetece dizer: “Não passarão”
Há pouco mais de um ano, finais de Maio de 2008, podia ler-se no “Futuro é agora”, blog de apoio à candidatura de Pedro Passos Coelho:
“Os resultados do relatório EuroHealth Consumer Index 2007 são claros: os sistemas bismarckianos de saúde têm melhores resultados do que os sistemas beveridgianos.
Looking at the results of the EHCI 2007, it is very hard to avoid noticing that the top five countries, which fall within 36 points on a 1000-point scale, all have dedicated Bismarckian healthcare systems. There is a gap of 30 points to the first Beveridge country in 6th place.
Em português, isto quer dizer que os sistemas de saúde baseados em seguros sociais independentes dos prestadores do serviço têm melhores resultados do que os sistemas de saúde onde o financiamento e a prestação do serviço estão reunidos numa mesma organização.
Agora trocado por miúdos: se queremos um melhor serviço de saúde, com menos espera, melhor cobertura do território, mais liberdade de escolha, e melhores resultados, não podemos manter o nosso sistema tal como está. Quando quisemos democratizar e massificar os cuidados de saúde em Portugal, olhámos para a Inglaterra e para os países do bloco socialista. Foi um erro: devíamos ter olhado para a França ou para a Alemanha. Ainda vamos a tempo de corrigir.”
O preconceito ideológico do autor do texto ressalta à vista desarmada quando afirma: “olhámos para a Inglaterra e para os países do bloco socialista”.
Não ocorreu a um militante do PSD que as social-democracias nórdicas optaram também pelo modelo de SNS, sendo que, para resultados de saúde idênticos, ou melhores, que os da França e da Alemanha, gastam uma percentagem do produto bem menor.
Em 2006, por exemplo, as despesas totais com a saúde representaram na Finlândia 8,3% do PIB, enquanto na França atingiram os 11%.
Os sistemas de seguro-doença oferecem mais liberdade e capacidade de escolha aos consumidores, mais rápido acesso aos cuidados de saúde e às inovações tecnológicas e não admira, por isso, que obtenham maiores índices de satisfação.
Mas, como o Hermes explicou muito bem, no seu primeiro post sobre o EHCI 2009, a maior escolha individual pode gerar consumismo o que em saúde não é necessariamente melhor, a satisfação dos doentes pode obter-se através da multiplicação de actos o que não corresponde necessariamente a boa prática.
As vantagens dos sistemas com SNS têm a ver com a universalidade da cobertura, a maior equidade de acesso, a maior capacidade de controlar a o crescimento dos custos. Mas apresentam, pelo contrário, maior rigidez, menos capacidade de inovação, ineficiências microeconómicas e menor atenção às preferências individuais.
Como muito bem diz o Aidenós :
“A produção de resultados de saúde e a equidade são os objectivos substantivos ou fundamentais, mas a eficiência micro e macroeconómica, apesar de meramente instrumental é, em larga medida, condicionante e (mais do que no ranking do EHCI) a avaliação global dos serviços de saúde não pode ignorá-la, porque só lhe interessam objectivos e serviços de saúde sustentáveis. Por isso se reconhece tão generalizadamente a importância para qualquer país, mas muito mais para aqueles que dispõem de menores recursos, da escolha das suas opções em função dos resultados por euro investido.”
Num país pobre e em crise, quando a maioria dos portugueses pede ao Estado que a salve, uns para suportar a miséria, outros para aguentar o desemprego, muitos para garantir trabalho e uns poucos para tapar os buracos financeiros que eles próprios criaram, surgem agora uns tantos iluminados que pretendem que o Estado recue numa das zonas mais sensíveis da sociedade.
Até a mim, que sou tão pouco revolucionário, me apetece dizer: “Não passarão”
Brites
Etiquetas: Brites, Passos Coelho
9 Comments:
Caros Hermes e Brites,
Trata-se de um equívoco vosso. Um mal-entendido. Muita gente no PSD associa-se ao vosso ”Não Passarão” na luta contra Pedro Passos Coelho. Assim como lutamos contra Santana e Luis Filipe Meneses por representarem o que de pior há na política nacional.
Mas os sinais que nos chegam do Povo são confusos. Por vezes, sinais de Esperança e Maturidade, como as derrotas infligidas a Fátima Felgueiras, Narciso e à senhora de Leiria (gente sem principios que utilizou o poder para se manter no Poder). Por vezes, e ao mesmo tempo, verdadeiros atentados ao equilibrio da psicologia social local como a reeleição de Isaltino e do Major reformado de Gondomar. Como pode o Povo da comunidade mais ”letrada” do país preferir Isaltino a Marcos Perestrello? Como pode o povo de Gondomar preferir o Major a qualquer outro?... por teimosia, talvez. Mesmo sabendo que piora as suas perspectivas... este Povo teimoso... que há-de acordar. Acaba sempre por acordar.
Ainda assim, Gondomar e Oeiras, tratando-se de dois contextos diferentes e verdadeiramente enigmáticos, ficam equilibrados com o sinal de Esperança gerada pelas comunidades de Felgueiras e Marco de Canaveses...
No que diz respeito ao ’bicho papão” do ”PSD inimigo do SNS” manipulado por Hermes, Brites e outros colegas de blogue, trata-se apenas de outra historiazinha para adormecer.
Sejam sérios e admitam que se há alguém a colocar em causa o Futuro do SNS ele é, claramente, o actual primeiro-ministro na forma como ”vai com todos” espelhada na maneira como fez os ”arranjinhos” das PPP... não brinquem com a nossa inteligência. pelo menos aqui no blogue.
Na verdade, a reeleição de Sócrates também tem o seu quê de... anedótico. Só o sentido de humor do Povo justifica a reeleição de um homem mediocre que utiliza o Poder, sobretudo, para manter o Poder e que a primeira coisa que faz, depois de reeleito, é envolver-nos a todos numa neo-narrativa da... Carochinha. ”Quem quer casar comigo? Caso como qualquer um... ”
Falta vermos agora quem será o João Ratão... talvez, de facto, o Pedro Passos Coelho que deverá ter o apoio,estratégicamente discreto do PS... só um PSD ainda mais enfraquecido pode ajudar a manter Sócrates no Poder e PPC será um bónus para as eleições antecipadas que Sócrates já prepara.
A actuação de Sócrates assume contornos de um profundo cinismo manipulador. A sua falta de seriedade faz parte da sua imagem (desde sempre). Muitos eleitores podem te caido na ilusão de achá-lo ”dinâmico”, ”trabalhador” (insiste em aparecer de mangas arreagaçadas... um truque clássico de imagem pessoal...), ”sexy” ou ”muito educado”... mas nunca, por exemplo, um homem ”sério” ou ”inteligente”. De facto, esses ”valores” são pouco valorizados por uma parte de uma fatia importante de eleitorado. Por isso, os conselheiros de imagem do Partido, não o trabalham.
Mas a falsidade promovida com os truques de imagem pessoal (que Ferreira Leite recusou para Gaudio de Sócrates...) tem limites. Infelizmente, tudo isso deixa de ter importância para os que sentem a desgraça bater-lhes à porta: desemprego inesperado, endividamento das famílias, falta de perspectivas de sair da crescente miséria e a degradação da qualidade de vida em múltiplas dimensões das nossas comunidades locais.
Por outro lado, quem não quer notar que estas recentes eleições legislativas registaram a maior abstenção da história da nossa Democracia? Os que pensam que ganharam. Iludem-se. Todos perdemos. Atentemos no desenrolar da estratégia de Sócrates direccionada apenas para ser reeleito depois de forçar eleições antecipadas e nenhuma preocupação em alterar o sentido de queda em que continuamos.
Por fim, ainda o EHCI 2009. Foi um bom contributo para o debate. Esperemos pelo de 2010 para verificarmos se o cidadão ganhou mais algum peso no nosso SNS.
Os patos de novo...
Quanto ao comentário, o costume, espremido...zero.
A análise sobre o Sócrates é de baixo nível.Impublicável.
Spam rasca
Concordo com o JP.
O comentário do pato é mau de mais para merecer ser postado aqui no saudesa, onde não é hábito fazer-se critica não fundamentada.
O comentário do “saudepe” é para rir?
Admito que o post do “pato” seja spam pois parece vir de uma mente independente o que o faz indesejado num blogue excessivamente próximo do partido do governo (como verificamos no facto de muitos dos colaboradores estarem ou terem estado em funções de nomeação por este governo).
Quanto à fundamentação... para o saudepe parece que quando alguém afirma “que linda que a Lua está hoje!” se espera uma fundamentação das leis da Física explicando os efeitos ópticos do astro que circunda a Terra faz muito tempo... pois, exija assim sempre a todos os posts deste blogue que eleva o debate.
Mas faz-nos perder tempo pois há coisas tão evidentes que só não vê quem não quer. Está iludido com o Feiticeiro de Oz...
Quanto ao preconceito ideológico de que fala Brites, concordo inteiramente. Por isso há diferentes corrente de pensamento nos partidos. Vejam o caso do vosso: Alegre Versus Sócrates.
No PSD há uma corrente de pensamento inspirada em Paulo Mendo que é oposta a esta. Portanto, Brites, não deturpe. Como diz o “pato”, não acene com o “bicho papão” para falsear o debate e distrair-nos do que realmente interessa: qual é o Futuro próximo do SNS com este governo?
Estranho que não estejam a discutir o Futuro deste governo para o SNS de forma mais activa... andarão em almoços para combinar as nomeações? Se sim, tentem comer saladinhas e menos gorduras conforme a "Plataforma contra a Obesidade" recomenda.
Excelente post do Brites.
Sobre o modelo do nosso SNS parece que estamos todos de acordo aqui no saudesa.
O problema do Donald prende-se com a tentativa de dar nas vistas a ver se é repescado pela carruagem PSD donde foi apeado.
O problema fundamental do nosso SNS reside na sua sustentabilidade. Para o que é necessário prosseguir com um conjunto urgente de reformas.
Segundo Luís Campos, «nas Urgências temos um afluxo de doentes que é quatro a cinco vezes acima de outros países».
DN 12.10.09
Ora este indicador é de país subdesenvolvido e os poderes instalados não têm permitido corrigir a situação.
Como esta há muitas outras...
A sobrevivência do SNS só será possível se tivermos capacidade de enfrentar os grandes desafios para levar por diante as medidas de reforma necessárias sem alteração do actual modelo.
Dr Feelgood,
Totalmente de acordo com o seu ultimo paragrafo. Mas, pergunto eu, com este Governo?
PS: o Donald quer ser repescado pelo PSD? Que ideia curiosa. Mas para que tipo de trabalho? e foi apeado de que carruagem? alguma vez esteve em alguma?
Diga-nos o que sabe DrFeelgood. Os herdeiros de Walt Disney ficaram muito curiosos (no seu bom humor norte-americano).
Resposta a Pato-1º Parte
Começo por uma declaração de (des)interesses : não sou, nem nunca fui, filiado em qualquer partido político. Estou mesmo em crer que, se algum dia tivesse tido essa tentação, não aguentaria mais de um mês.
Não quero, com isto, menosprezar a importância que os partidos têm na democracia, nem tão pouco criticar os políticos.
Ao contrário, tenho o maior respeito e admiração por pessoas que, podendo levar uma vida muito melhor na actividade privada, ainda assim consideram seu dever cívico servir o País.
Um respeito exactamente oposto à repugnância que sinto por aqueles que se servem da política em proveito próprio.
Acontece ainda que tendo sido, durante a minha vida profissional, quadro da Administração Pública (é com orgulho que afirmo ter sido um servidor público), fui nomeado por Ministros de diferentes partidos. Em todas as ocasiões procurei respeitar o juramento da tomada de posse: desempenhar com lealdade as funções que me eram confiadas.
Conservo boas e más recordações dos inúmeros Ministros da Saúde que conheci.
Mais boas que más, valha a verdade, fossem eles Ministros do PSD, do PS e até do CDS.
Neste último caso recordo um Ministro dos Assuntos Sociais, um verdadeiro senhor, cuja memória evoco com admiração e respeito. Só tenho pena que o Dr. Morais Leitão tivesse tido, como Secretário de Estado da Saúde, uma pessoa, de outro partido, muito pouco interessada em defender o SNS.
Estou, pois, afastado da vida activa - infelizmente o tempo não perdoa - e continuo, partidariamente, independente.
Os meus almoços servem apenas para desfrutar do convívio dos amigos e apreciar a gastronomia. E, como sou mais pela cozinha tradicional dos modestos restaurantes, que pelo novo-riquismo da pretensiosa cozinha moderna dos restaurantes de luxo, até nem me sai muito caro.
Resposta a pato - 2º parte
Meu caro Pato:
A primeira frase do seu comentário é esta: " Trata-se de um equívoco vosso. Um mal-entendido. Muita gente no PSD associa-se ao vosso ”Não Passarão” na luta contra Pedro Passos Coelho.”
Em primeiro lugar, e embora eu esteja geralmente de acordo com o Hermes – só tenho pena de estar muito abaixo da sua preparação teórica e da sua capacidade de discussão dos assuntos da saúde – fui eu que escrevi a frase e sou eu, por isso, quem lhe deve dar resposta.
Eu sei que muita gente do PSD é social-democrata. Ainda hoje, no Público, escreve o Professor Bacelar Gouveia: “ Quer isto dizer que o PSD não é nem nunca foi um partido colectivista e sempre respeitou a economia de mercado, ao mesmo tempo que não se identifica com qualquer liberalismo, por mais recente que ele seja, advogando intervenções económicas e sociais, e não apenas deferindo ao Estado um papel regulador.”
Com esta gente e no que respeita à política de saúde, parece-me fácil um acordo quanto ao objectivo principal: defender o SNS.
Não há qualquer equívoco nesse aspecto. Desafio-o a encontrar uma linha, nos textos que escrevi neste blog, onde eu tenha declarado “ o PSD inimigo do SNS.” Se há manipulação não é, com certeza, do meu lado.
Diz o Pato “Sejam sérios e admitam que se há alguém a colocar em causa o Futuro do SNS ele é, claramente, o actual primeiro-ministro na forma como ”vai com todos” espelhada na maneira como fez os ”arranjinhos” das PPP... não brinquem com a nossa inteligência, pelo menos aqui no blogue.”
Quando me diz para ser sério, não quer com isso fazer, certamente, um julgamento de carácter. São expressões que utilizamos com alguma ligeireza e que não podem ser entendidas como ofensa. Digo isto porque já me aconteceu, aqui no blog, usar expressão semelhante e nem queira saber qual foi a reacção do interlocutor.
Neste caso penso que estará, apenas, a tentar atribuir-me um putativo sectarismo partidário.
Mas olhe que não, Pato, olhe que não. Confesso-lhe mesmo que, uns tempos antes das eleições legislativas, estava profundamente convencido da derrota do PS. Sentimento que foi reforçado pelos resultados das Europeias.
Bastaria, quanto a mim, uma liderança segura, coerente, determinada e um conjunto de propostas mobilizadoras para o PSD ganhar as eleições.
Não foi isso que aconteceu. Podem procurar-se as mais prosaicas razões para explicar a derrota do PSD. Mas não vale a pena meter a cabeça na areia.
Diz Bacelar Gouveia, que o PSD se tornou hoje “ideologicamente abrangente e plástico, com o aparecimento de múltiplas correntes, até certo ponto contraditórias.”
O que às tantas sucedeu, caro Pato, é que o Povo intuiu o que Marcelo Rebelo de Sousa verbalizou ontem, num programa de humor, sobre o actual PSD: “…o esforço de convergência e de unidade é fundamental, se não as pessoas olham de fora e dizem – a tal ideia do saco de gatos – se não se entendem como é que se podem entender para governar o País?”
Um abraço
Quando a intervenção é desprovida de conteúdo o debate fica-se pela picardia, pelo bitaite lançado a despropósito.
Isto acontece sempre que o Donald (e heterónimos) intervém. Como não sabe jogar, sarrafa, ironiza cheio de basofia.
Tristeza...
Ao fim deste tempo todo, já deu para perceber que não há volta a dar-lhe.
Aturem-no, quem estiver para aí voltado.
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