sábado, março 6

Novo Hospital José de Almeida (2)

Consumada a transferência dos doentes para as novas instalações (28.02.10), José Miguel Boquinhas dirigiu uma mensagem de agradecimento/louvor aos colaboradores do novo Hospital dr. José de Almeida.

Merecida.
Após longo ano de preparação e canseira.

Goste-se ou não das PPPs, há a registar, depois da construção do novo edifício no prazo previsto (dois anos), o êxito desta gigantesca, complexa e difícil operação. Alicerçada num detalhado Plano de Transferência da Nova Entidade Hospitalar (NEH), prevendo um conjunto de 170 acções com início em 23.02.09 e termo a 30.04.10, com a entrega das antigas instalações de Carcavelos (Hoja) e Cascais (Condes de Castro Guimarães) à ARSLVT.

E aí temos, em pleno funcionamento, a mais importante recente experiência, que no caso de ter êxito poderá ser decisiva para a modernização absolutamente necessária do nosso SNS.

Alguns dos meus amigos, ao lerem este passo do meu post, vão acusar-me de traição e de vira casacas.
Acontece que, tal como ACF (entrevista ao semanário SOL, 20.01.10)
link , nesta altura do campeonato, «Não vejo nenhuma razão para que não se faça a experiência. E que ela seja avaliada com justiça e independência. A questão não se põe na dicotomia publico-privado. Isto é quase doentio. Porque há boa gestão pública e boa gestão privada. E depois há condições de exercício da gestão. No sector público, temos muito maior rigidez, na gestão dos recursos humanos, das carreiras profissionais, dos processos de avaliação, etc. Como é que é possível motivar um conjunto de profissionais altamente diferenciados, se eu não tenho nada para lhes oferecer? Se estiver num ambiente privado, posso estabelecer contratos de vida, projectos profissionais, metas, objectivos, posso premiar e avaliar. Ou seja, é preciso ver o contexto

Prometo acompanhar com atenção e interesse o desenvolvimento desta importante experiência.

Joana

Etiquetas: ,

16 Comments:

Blogger DrFeelGood said...

Uma semana depois do novo hospital de Cascais ter sido inaugurado pelo primeiro-ministro, um entupimento num tubo da canalização, provocou uma inundação e a consequente queda do tecto falso na zona da sala de espera das consultas. Esta situação teve como consequência a desmarcação das consultas desse dia, com inegável prejuízo para os cidadãos afectados.
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda espera e deseja que este episódio não seja o primeiro de uma série de trapalhadas a que nos habituaram as Parcerias Público-Privadas, pelas quais não deixaremos de responsabilizar o governo.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:
E centrar as perguntas nas garantias de fiscalização, o governo verificou e acompanhou o cumprimento de todas as normas exigidas na construção.

1.Quais as diligências do Ministério da Saúde no sentido de garantir a fiscalização e o cumprimento das normas de construção e segurança no novo hospital de Cascais? O Ministério da Saúde acompanhou e verificou o cumprimento das normas exigidas na construção do novo hospital de Cascais?

2.Está o Ministério de Saúde em condições de garantir que o novo hospital de Cascais cumpre todas as normas de construção em vigor e as condições de segurança necessárias para estar aberto ao público e a funcionar dentro da normalidade?

3.Para quando serão agendadas as consultas desmarcadas?

Palácio de São Bento, 02 Março 2010

O deputado

João Semedo

12:59 da manhã  
Blogger tambemquero said...

O entupimento de um cano na sala das consultas externas do novo Hospital de Cascais, inaugurado há uma semana, obrigou ontem, quarta-feira, à evacuação da sala e à interrupção das consultas. Fonte hospitalar garante que o episódio não abala a confiança na moderna unidade.

O incidente aconteceu cerca das 11 horas e, quatro horas depois, ainda prosseguiam trabalhos de limpeza. Foi mais um contratempo a juntar a outros nos últimos dias, relacionados com o descontentamento que os utentes têm mostrado relativamente ao atendimento "muito demorado", sobretudo nas urgências.

As consultas que estavam marcadas para o dia de ontem foram canceladas, uma vez que houve necessidade de evacuar a sala inundada, mas uma fonte oficial do hospital garantiu que o atendimento será hoje retomado.

"Não caiu nenhum tecto. Está tudo normal. A Teixeira Duarte (responsável pela construção) já veio reparar o que havia para reparar e amanhã (hoje) vamos retomar as consultas", explicou, ao JN, uma fonte oficial da nova unidade, sem precisar quantas pessoas tiveram que ser evacuadas.

Isto mesmo assegurou também Matos Viegas, engenheiro da Teixeira Duarte, que esteve no local na sequência do incidente, onde acabou por prestar explicações aos jornalistas. Segundo o responsável, "houve uma inundação provocada pelo entupimento de um cano de água que, devido à pressão, fez estoirar o tampão de limpeza de um tubo de drenagem de águas residuais", afirmou à Lusa. Os elementos da equipa de manutenção foram obrigados a retirar as placas do tecto para extrair a água que se estava a acumular entre o segundo e terceiro andar do edifício, onde tudo aconteceu.

Matos Viegas desvalorizou o incidente, afirmando que se trata de uma situação que pode acontecer em qualquer outro hospital, por se tratar de um problema de "utilização indevida".

Das 188 consultas agendadas para o dia de ontem, apenas se realizaram 55. As que foram canceladas, "serão remarcadas o mais rápido possível", explicou a fonte oficial do hospital.

Críticas dos utentes na estreia

O novo hospital foi inaugurado no passado dia 23 de Fevereiro, na freguesia de Alcabideche, substituindo as antigas instalações, no centro de Cascais, já sem capacidade de resposta, em termos de espaço e de serviços.

Mas a mudança parece não ter tido ainda grande impacto junto dos utentes. Garantem que não sentem melhorias relativamente à qualidade do atendimento. Na urgência, por exemplo, o tempo de espera chegou a ultrapassar as quatro horas no primeiro dia em que esteve a funcionar em pleno.

JN 04.03.10

1:22 da manhã  
Blogger DrFeelGood said...

O Ministério da Saúde passará a
poder ficar com a totalidade das
verbas que resultem da alienação
de imóveis sob a sua tutela. A
condição é que as verbas sejam
aplicadas no reforço de capital
dos hospitais Entidade Pública
Empresarial (EPE) ou em
despesas de construção ou
manutenção de infra-estruturas
de cuidados de saúde primários.

DE 05.03.10

Para quem está interessado em saber o destino das velhas instalações do hospital de Cascais e HOJA.

9:01 da manhã  
Blogger Hospitaisepe said...

Este post está bem feito. Embora carregado de doses excessivas de ingenuidade.
Concordo que chegados a esta altura do campeonato não temos alternativa senão gramar com tão espectacular experiência que irá custar aos contribuintes muitos milhões de euros.
Mas não comungo do entusiasmo da Joana. Entendo, antes, que devemos estar preparados para muitos entupimentos, inundações e o mais que adiante se verá.
Não porque a gestão seja privada. Mas porque a equipa é fraca. Seleccionada ao sabor de inúmeros interesses e cumplicidades, onde a competência e capacidade de trabalho são critérios secundários.

2:25 da tarde  
Blogger Clara said...

Incidente na sala de espera das consultas do novo Hospital de Cascais

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Uma semana depois do novo hospital de Cascais ter sido inaugurado pelo primeiro-ministro, um entupimento num tubo da canalização, provocou uma inundação e a consequente queda do tecto falso na zona da sala de espera das consultas. Esta situação teve como consequência a desmarcação das consultas desse dia, com inegável prejuízo para os cidadãos afectados.
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda espera e deseja que este episódio não seja o primeiro de uma série de trapalhadas a que nos habituaram as Parcerias Público-Privadas, pelas quais não deixaremos de responsabilizar o governo.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:
E centrar as perguntas nas garantias de fiscalização, o governo verificou e acompanhou o cumprimento de todas as normas exigidas na construção..

1.Quais as diligências do Ministério da Saúde no sentido de garantir a fiscalização e o cumprimento das normas de construção e segurança no novo hospital de Cascais? O Ministério da Saúde acompanhou e verificou o cumprimento das normas exigidas na construção do novo hospital de Cascais?

2. Está o Ministério de Saúde em condições de garantir que o novo hospital de Cascais cumpre todas as normas de construção em vigor e as condições de segurança necessárias para estar aberto ao público e a funcionar dentro da normalidade?

3. Para quando serão agendadas as consultas desmarcadas?

Palácio de São Bento, 02 de Março de 2010

O Deputado

João Semedo

2:36 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

Novo Hospital de Cascais mete água

Rotura de cano obriga à evacuação da sala de espera das consultas externas no novo Hospital de Cascais, inaugurado na semana passada. Não há feridos e o atendimento foi cancelado.

Inaugurado na semana passada (dia 23), o novo hospital de Cascais, denominado Hospital Dr. José de Almeida, já mostrou sinais de fraqueza. Esta manhã, cerca das 11h00, a sala de espera das consultas externas foi evacuada devido a uma rotura de uma conduta de água.

"Existiu um rotura numa conduta e começou a escorrer água do tecto", explicou fonte hospital ao Expresso, sublinhando que "não houve nenhum tecto que ruiu", ao contrário de algumas notícias veiculadas hoje.

"Dos 188 actos médicos previstos para o dia, apenas 55 foram realizados", esclareceu ainda a mesma fonte. Os restantes foram cancelados, frisou, sendo retomado amanhã o atendimento no local.

Culpa solteira

Ao Expresso, Matos Viegas, engenheiro da TD Hosp, do grupo Teixeira Duarte, responsável pela construção da nova unidade de saúde, desdramatiza o sucedido: "Não houve catástrofe nem pânico". É algo que acontece com alguma frequência em todos os hospitais, em hotéis e nas nossas residências. Tratou-se do entupimento de uma conduta de drenagem, que provocou uma pequena inundação. Quando as pessoas colocam o que não devem, o tubo entope."

De acordo com o responsável, "não caiu nenhum tecto nem ninguém ficou ferido". Apenas "algumas placas do tecto tiveram de ser retiradas para se ter acesso à reparação", cujos "trabalhos ficaram concluídos cerca das 14h30".

Questionado sobre a tutela da responsabilidade do problema, que acontece dias após a entrada em funcionamento do hospital, Matos Viegas, diz: "Não fazemos a utilização, só a manutenção". O responsável fala em consciência dos utilizadores que "continuam a colocar o que não devem e depois entope". "Como é que se há-de evitar? A resposta vale um milhão de euros", ironiza.

expresso on line 03.03.10

Um verdadeiro artista este engenheiro Matos Viegas.

4:20 da tarde  
Blogger cotovia said...

…/ Este é mais um hospital da rede do Serviço Nacional de Saúde. Este é mais um dos hospitais que garantem que a saúde é um valor para todos.
Como rede que é, existe entre as diferentes unidades hospitalares do SNS uma relação de complementaridade entre si e de articulação com a rede de cuidados de saúde primários e com a rede nacional de cuidados continuados. Por isso, e nesta ocasião, permitam-me que dirija uma palavra especial ao senhor Presidente dos HPP:
Este hospital assume uma importância estratégica no contexto da Área Metropolitana de Lisboa. A articulação com as restantes unidades hospitalares é fundamental para garantir o seu sucesso.
Tenho a certeza que os HPP estarão à altura desta responsabilidade. Da parte do Ministério da Saúde terão um parceiro atento e exigente. Mas terão, também, da nossa parte, todo o apoio para garantir os padrões de excelência do Serviço Nacional de Saúde. Boa sorte. …/

Ana Jorge, cerimónia de inauguração.

Palavras não chegam.
Tudo vai depender da capacidade e competência da entidade fiscalizadora do contrato.

5:16 da tarde  
Blogger helena said...

Porque será que a ministra da saúde andou sempre de olhos semicerrados nesta cerimónia como se pode ver na foto ?

9:01 da tarde  
Blogger joana said...

Quando dizer mal, vende

A abordagem sobre o recente episódio do entupimento da canalização das consultas externas do novo hospital é mais um exemplo ilustrativo da deformação profissional do nossos jornalistas sempre predispostos a dizer mal.
Chegaram a noticiar a queda de tectos. Dir-se-ia que para os ditos senhores, o novo edifício esteve em risco de ruir.

10:10 da tarde  
Blogger Tavisto said...

Pelos vistos o entupimento do cano de esgoto foi provocado por uma toalha. Com estas modernices de os novos hospitais funcionarem em ambiente “paper free” tudo serve para limpar o dito cujo.

1:35 da tarde  
Blogger SNS -Trave Mestra said...

O melhor texto produzido sobre este evento que me foi dado ler.

11:31 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

O Grupo HPP Saúde vai construir um novo hospital no Algarve para substituir o hospital Santa Maria de Faro. O projecto ainda está numa fase embrionária mas a construção deverá arrancar ainda em2010. “Já temos o terreno e calculo que a construção levará cerca de dois anos e meio”, avançou ontem o presidente do conselho de administração do grupo, António Maldonado Gonelha.
Com um investimento previsto na ordem dos 20 milhões de euros, a nova unidade de saúde do Algarve faz parte dos objectivos para 2010. A estratégia passa ainda pela ampliação do Hospital dos Lusíadas, em Lisboa, e pelo melhoramento da oferta do novo Hospital de Cascais, nomeadamente através de mais valências. “Os novos projectos estão em Lisboa e no Algarve e também no aproveitamento da capacidade de resposta do Hospital de Cascais”, frisou Maldonado Gonelha.

Nos últimos dois anos o grupo HPP lançou três hospitais: Lusíadas, Boavista, no Porto, e o novo Hospital de Cascais, o primeiro em regime de Parceria Público-Privada com gestão clínica a abrir portas. O investimento global destas três unidades alcançou os 65 milhões de euros em equipamento e tecnologia e 110 milhões na construção dos edifícios. Uma aposta que começa a dar os seus frutos, dizem os administradores da empresa, visível no aumento da produção consolidada: em 2009 o número de consultas cresceu 64% face ao ano anterior, as cirurgias aumentaram em 52% e as diárias de internamento tiveram um incremento de 169%.

O crescimento da produção não evitou, contudo, que as contas de 2009 fechassem no vermelho. O grupo apresentou prejuízos na ordem dos 32 milhões de euros, ainda que apenas 10,9 milhões possam ser atribuídos ao exercício operacional.
O restante valor resultou da operação financeira de alienação da participação de 25% que o grupo espanhol USP Hospitales detinha na empresa, justificou aos jornalistas José Araújo e Silva, presidente da Caixa Seguros e Saúde, a holding do
grupo Caixa Geral de Depósitos que detém os HPP. “Comprámos a quota do USP por 2,2 milhões de euros e agora a CGD detém 100% do grupo HPP”, concluiu Araújo e Silva, escusando-se a responder se a CGD procura novos parceiros para o ramo saúde.

Gestão privada com saldo positivo
A gestão do hospital de Cascais passou para as mãos dos privados em2009, comos serviços de saúde ainda a funcionar no antigo edifício. Neste primeiro ano de gestão dos HPP, o balanço é positivo, salientou José Miguel Boquinhas. “Apesar de todas as dificuldades com que nos deparámos, o Hospital de Cascais cresceu em todos os indicadores em relação à gestão do Estado. E o número de colaboradores também aumentou, o que prova a eficiência do modelo de gestão e afasta uma lógica economicista”, disse o administrador.

DE 10.03.10

12:56 da manhã  
Blogger saudepe said...

Cara Helena, a senhora ministra, passou toda a cerimónia de olhar semicerrado a ver se via o Xavier.

1:35 da manhã  
Blogger Antunes said...

Esforço inglório

Os ganhos da abertura efectuada no tempo previsto desperdiçados com o entupimento do cano de esgoto .
O parceiro TD a comprometer.

12:49 da manhã  
Blogger Clara said...

Num hospital sobrelotado como o Amadora-Sintra, a abertura de uma nova unidade no concelho vizinho de Cascais podia ser uma boa notícia. Em vez disso, representará um rombo de nove milhões no orçamento. O novo hospital inaugurada há uma semana, em Alcabideche, vai absorver utentes de oito freguesias de Sintra, mas apenas nas três áreas em que não havia qualquer dificuldade de resposta: ginecologia, obstetrícia e pediatria.

"Perdemos uma fatia populacional importante, o que terá um impacto significativo, mas onde é menos necessário, porque temos capacidade para responder com qualidade a essa procura que vai agora ser desviada", refere o presidente do conselho de administração do Amadora-Sintra, Artur Vaz, sublinhando que estes serviços são "a parte boa" de qualquer hospital.
O administrador adianta que em 2009 houve 4020 crianças nascidas no Amadora-Sintra. Deste total, 750 vão ser desviadas para o novo hospital de Cascais. "Vamos ficar com 3250 partos por ano. O problema é que perdemos escala, mas não o suficiente para reduzir as equipas que estão de urgência. Portanto, cada parto ficará mais caro. Aumenta o custo de produção", explica.

Além dos partos, o Amadora-Sintra perderá para Cascais entre 14 e 15 mil urgências de obstetrícia, ginecologia e pediatria, e dois mil doentes internados. Ao fim de um ano, serão cerca de nove milhões de euros a menos. "Acreditamos que estes nove milhões não são todos para concretizar este ano porque, por um lado, temos dois meses de funcionamento e, por outro, a passagem vai ser gradual", refere Artur Vaz. Mas já terão efeitos em 2011.

Questionado sobre a razão para esta decisão, também o director clínico do Hospital de Cascais não sabe responder. João Varandas refere que o número de partos acordados e a decisão de integrar oito freguesias de Sintra "fazem parte do contrato assinado com o Estado" há vários anos. "Não sei o que esteve na base desta decisão, porque a actual administração só está em função há cerca de ano e meio, não foi a que negociou o contrato. O que sei é que faz parte do contrato e é o contrato que temos que cumprir", explica o médico. A unidade ficará ainda com parte das grávidas que eram atendidas até agora no São Francisco Xavier.

O antigo hospital de Cascais fazia por ano cerca de mil partos, abaixo dos mínimos de segurança de 1500 definidos pelos peritos. No relatório da comissão técnica de 2006, que levou ao encerramento de maternidades, Cascais era um dos blocos de partos a fechar. No entanto, o então ministro Correia de Campos decidiu mantê-lo aberto até à conclusão do novo hospital.

As estimativas da administração de Cascais - gerida em Parceria Público Privada pela HPP Saúde - é duplicar estes mil partos, chegando aos 1900/2000 por ano. Isto apesar de João Varandas admitir que "30% da população residente em Cascais não se trata em Cascais e prefere receber assistência em Lisboa". Uma tendência que a administração quer contrariar com as actuais condições de excepção oferecidas pelo novo edifício em Alcabideche. João Varandas refere ainda que a capacidade não ficará esgotada e as dez salas da unidade conseguem assegurar 2500 a 2600 nascimentos ao ano.

No dia da inauguração do hospital de Cascais, o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Fernando Seara, comentou a decisão afirmando: "É evidente que o novo hospital é uma parceria público privada e, sendo assim, objectivamente teve que ir buscar mecanismos de financiamento." E criticou a forma encontrada para o fazer. "Como não havia número de partos suficiente no hospital de Cascais, foram buscar três valências do Amadora-Sintra", disse, citado pela Lusa.

"Uma grávida que parta uma perna vai para o Amadora-Sintra, mas para a consulta e avaliação do feto vai ao hospital de Cascais", exemplificou ainda o presidente da autarquia Fernando Seara

I 01.03.10

2:16 da manhã  
Blogger Clara said...

O Bloco de Esquerda criticou o modelo de gestão public-privada do novo Hospital de Cascais, que é inaugurado esta terça-feira em Alcabideche, sustentando que aquela forma de parceria implicará o aumento dos custos para os utentes.

«O novo Hospital de Cascais é mais uma Parceria Público Privada, na qual o Estado entrega a gestão e a exploração de um hospital a um grupo privado, desresponsabilizando-se da sua função social», afirma o BE em comunicado, sublinhando que, assim, verificar-se-á um «inevitável aumento dos custos com a saúde nos bolsos dos utentes».

O BE exige que a nova unidade aplique a carta dos Direitos de Acesso dos Utentes, diploma apresentado por este partido que a Assembleia da República aprovou e que «obriga o Ministério da Saúde a definir prazos máximos para as consultas de diversas especialidades».

2:21 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home