Responsabilizar os Políticos e as Políticas…
foto portal da saúde
BigBang
Os cidadãos deviam ter o direito de exigir responsabilidades legais aos dirigentes políticos que, ano após ano, “fecham” os olhos ao escândalo de fazer de Portugal, um dos países mais pobres da UE e da OCDE, com uma das maiores despesas em medicamentos (Estado e famílias).
Nos últimos anos a palavra de ordem parece ter sido o “contorcionismo político” para não melindrar os interesses instalados. Primeiro “fingindo” que se afrontava o poderoso lobby das farmácias. Depois capitulando, sucessivamente, perante a postura de usura que a IF tem vindo a assumir no nosso país.
Bem pode o TC falar, recorrentemente, dos 20 a 25 % de desperdício. Bem podem os diferentes peritos nacionais e internacionais falar do grave problema do medicamento em Portugal. Bem podemos esperar por uma política do medicamento cujo foco primordial seja o cidadão consumidor e contribuinte (preços, margens, prescrição por DCI, guidelines e e NOC’s nos HH’s e nos CSP, controlo da escalada alucinante da “inovação” nos HH’S, distribuição individualizada, prescrição electrónica entre muitos outros aspectos).
A realidade continua a ser dominada pelos Centros de Saúde e HH’s “apinhados” de delegados de informação médica, a “idiotice” de acções de promoção e de marketing de medicamentos genéricos (com o beneplácito das ARS e do MS), os gastos em “turismo médico” sem paralelo na Europa civilizada.
O mesmo Estado que actua com negligência grosseira, promovendo a gestão danosa do SNS deixa-se embalar pelo “canto da sereia” dos liberais de pacotilha que nos vêm dizer que o actual modelo de Estado Social e de SNS é inviável, que há que pensar em restrição de acesso e de direitos e que os portugueses se devem preparar para pagar mais (afinal alguém tem de ajudar a resolver os crescentes problemas de tesouraria e de liquidez do sector privado…).
Com estas políticas a decisão de destruir, de privatizar, de restringir acesso e direitos pode ser tomada, da manhã para a tarde, assim como quem tira aos Mellos o HFF ou assim como quem decide (para comprar uns votos de última hora) tornar (irresponsavelmente) gratuitos os genéricos. Com estas políticas a única coisa que temos como certa é a incerteza. Os únicos “valores” que parecem firmes são o tacticismo e o oportunismo eleitoralista.
Em tempos de PEC e de ataque voraz ao Estado Social fica aqui um apelo vigoroso à equipa dirigente da Saúde: de uma vez por todas comecem a governar evitando assim ficar para a história com o cruel epíteto de co-responsáveis pela destruição de um dos mais relevantes pilares da justiça e da equidade social.
Para defender o SNS é preciso “governar”, fazer escolhas, dizer que não, fechar, reestruturar, não ceder às corporações, é preciso coragem, e acima de tudo, falar sempre verdade. Nunca fingir…
Nos últimos anos a palavra de ordem parece ter sido o “contorcionismo político” para não melindrar os interesses instalados. Primeiro “fingindo” que se afrontava o poderoso lobby das farmácias. Depois capitulando, sucessivamente, perante a postura de usura que a IF tem vindo a assumir no nosso país.
Bem pode o TC falar, recorrentemente, dos 20 a 25 % de desperdício. Bem podem os diferentes peritos nacionais e internacionais falar do grave problema do medicamento em Portugal. Bem podemos esperar por uma política do medicamento cujo foco primordial seja o cidadão consumidor e contribuinte (preços, margens, prescrição por DCI, guidelines e e NOC’s nos HH’s e nos CSP, controlo da escalada alucinante da “inovação” nos HH’S, distribuição individualizada, prescrição electrónica entre muitos outros aspectos).
A realidade continua a ser dominada pelos Centros de Saúde e HH’s “apinhados” de delegados de informação médica, a “idiotice” de acções de promoção e de marketing de medicamentos genéricos (com o beneplácito das ARS e do MS), os gastos em “turismo médico” sem paralelo na Europa civilizada.
O mesmo Estado que actua com negligência grosseira, promovendo a gestão danosa do SNS deixa-se embalar pelo “canto da sereia” dos liberais de pacotilha que nos vêm dizer que o actual modelo de Estado Social e de SNS é inviável, que há que pensar em restrição de acesso e de direitos e que os portugueses se devem preparar para pagar mais (afinal alguém tem de ajudar a resolver os crescentes problemas de tesouraria e de liquidez do sector privado…).
Com estas políticas a decisão de destruir, de privatizar, de restringir acesso e direitos pode ser tomada, da manhã para a tarde, assim como quem tira aos Mellos o HFF ou assim como quem decide (para comprar uns votos de última hora) tornar (irresponsavelmente) gratuitos os genéricos. Com estas políticas a única coisa que temos como certa é a incerteza. Os únicos “valores” que parecem firmes são o tacticismo e o oportunismo eleitoralista.
Em tempos de PEC e de ataque voraz ao Estado Social fica aqui um apelo vigoroso à equipa dirigente da Saúde: de uma vez por todas comecem a governar evitando assim ficar para a história com o cruel epíteto de co-responsáveis pela destruição de um dos mais relevantes pilares da justiça e da equidade social.
Para defender o SNS é preciso “governar”, fazer escolhas, dizer que não, fechar, reestruturar, não ceder às corporações, é preciso coragem, e acima de tudo, falar sempre verdade. Nunca fingir…
BigBang
Etiquetas: Politica de Saúde
11 Comments:
Médicos preocupados com «sangria» nos hospitais
Sindicato alerta para consequências das medidas de contenção no SNS
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) manifestou preocupação com o impacto das medidas de contenção no Serviço Nacional de Saúde (SNS), alertando que há profissionais a trabalhar no limite, colocando em risco a sua «sanidade mental e física».
Em comunicado, publicado no site, o SIM questiona os Ministérios da Saúde e das Finanças «se estão prontos a assumir as suas responsabilidades do foro cível e criminal decorrentes da inadequação de recursos humanos às solicitações da população doente».
O sindicato afirma compreender que «a grave crise do momento imponha medidas de contenção», mas manifesta preocupação quanto «ao futuro imediato da saúde dos portugueses» e do SNS «a nível da qualidade e rapidez de resposta, face até a um previsível acréscimo de procura».
Lembra os «milhares» de profissionais de saúde, sobretudo de enfermagem e administrativos, com contrato a termo certo prestes a terminar e que contribuem para o «normal funcionamento» de hospitais e centros de saúde.
«Há instituições que estão a ser alvo de significativa sangria de profissionais pelas centenas de pedidos de aposentação antecipada e cuja substituição por médicos recém-especialistas contratados constituiria um balão de oxigénio para os que custosamente estão a manter o sistema de pé», acrescenta.
Uma das medidas de contenção anunciadas pelo Governo para reduzir o défice para 7,3 por cento, este ano, é a redução das despesas na Administração Central, entre as quais o congelamento de admissão de pessoal.
«A confirmar-se este cenário», o sindicato manifesta «preocupação quanto à sanidade mental e física dos muitos profissionais que estão diariamente no limite da sua resistência».
Contactado pela Lusa, o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares disse estar também preocupado com os recursos humanos no SNS, mas ressalvou: «Não me parece que a situação seja de uma forma a fazer uma referência tão drástica» como a descrita pelo sindicato.
«É óbvio que há preocupação. A questão dos recursos humanos foi antecipada, de alguma maneira, pelas reformas [antecipadas], mas vai colocar-se nos próximos anos», disse Pedro Lopes.
Aludindo às medidas de contenção, designadamente em relação à entrada de funcionários públicos, Pedro Lopes disse que, fazendo uma «leitura mais generalista, poderá atingir os médicos».
«Isso não pode acontecer», sublinhou, ressalvando que «haverá casos particulares e o ministro das Finanças decidirá da forma que será mais consensual e a decisão só pode ser essa».
O SIM salienta ainda o «malabarismo que constitui para muitas instituições EPE o recurso a prestação de serviços, pagas a peso de ouro e alocadas a outras rubricas que não a do pessoal».
Pedro Lopes disse «comungar» das preocupações do SIM: «Temos de ter essas preocupações porque realmente essas empresas e profissionais não satisfazem o grau de exigência que os serviços do SNS necessitam.»
«Também é verdade que a imputação destes custos nem sempre é feita como recursos humanos. Acabam por ficar diluídos noutras rubricas», reconheceu.
Mi(n)stério desfeito
Muita gente no sector da saúde se intrigava com o progressivo apagão do Secretário de Estado Manuel Pizarro. Muitos diziam que o seu foco primordial era o Porto, que se estaria a distanciar da ribalta da saúde havendo mesmo quem ousasse referir que na primeira ocasião sairia do governo. As idas ao futebol onde se fazia notar junto de Pinto da Costa, o apego à ARS do Norte, a vitória na concelhia do PS do Porto faziam antever o futuro. Fim de ciclo legislativo do PS, saúde “sem solução”, busca de novo destino no novo ciclo do PS que será, certamente, por muitos anos “apenas” autárquico, saída quase certa de Rui Rio e a Câmara ali tão perto…
Eis a resposta:
…”O PS vai propor na terça-feira à Câmara do Porto a reconversão do antigo matadouro em incubadora de empresas para gerar "entre 800 e mil novos empregos", numa proposta que implica a suspensão do processo de alienação do imóvel. A proposta, enquandrada num objetivo mais vasto de suspender todos os outros leilões de imóveis municipais perspectivados, será formalizada em reunião do executivo e foi hoje anunciada pelo líder da Concelhia do PS/Porto, Manuel Pizarro, durante uma visita às instalações do matadouro. Trata-se de uma área total de 25 mil metros quadrados onde funcionam um depósito de automóveis rebocados, a sede provisória de uma instituição de recolha de animais e uma esquadra de polícia. As instalações estão degradadas e têm "toneladas de lixo", como observou Manuel Pizarro, mas a estrutura do edifício ainda permite a sua recuperação, "apoiada com fundos comunitários"…
Excelente post.
Os Governos Sócrates converteram a "arte do possível" na arte da pantominice e fingimento.
Agradar a gregos e troianos, estar de bem com Deus e com o diabo.
O resultado está à vista.
Na hora de contar os anéis vamos ver quantos dedos vão sobrar.
Ana Jorge não foi fadada para estes ventos e marés. Foi disfarçando enquanto pôde e houve gripe. De inauguração em inauguração. De evento em evento mediático, numa tentativa vâ de disfarçar o descalabro que se adivinha.
FINALMENTE!
O actual Presidente do Conselho de Administração do Hospital Garcia da Orta, engenheiro Nelson Baltazar, foi convidado pela ministra da Saúde, Ana Jorge, para presidir ao Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH).
"Tendo sido aceite o convite, a Ministra da Saúde designará, nos próximos dias, o Conselho de Administração para o Hospital Garcia de Orta E.P.E. que iniciará funções em 1 de Junho de 2010", refere o comunicado do gabinete da ministra.
Daniel Ferro substitui o engenheiro Baltasar.
Esta decisão peca por tardia.
Por mérito do excelente post de BigBang ninguém terá reparado na fotografia que o acompanha, cuja escolha não terá sido inocente.
Repare-se numa Ana Jorge contraída e com ar suplicante, mais de quem está à espera que se lhe dê alguma coisa, ou que a tirem do filme em que se meteu, do que de quem está ali para presidir a uma cerimónia de entrega de ambulâncias.
Se naquele papel estivesse escrito “Queiram deixar qualquer coisinha pelas alminhas do SNS”, só se espantaria quem sabe que aquela Senhora é a Ministra da Saúde.
David Laws, o novo Secretário do Tesouro britânico encontrou no seu gabinete uma curta mensagem do seu antecessor:”Caro secretário, lamento informá-lo que já não há dinheiro.”
A receita do novo Ministro das Finanças George Osborne foi a previsível: dar prioridade à redução do défice público. O Governo quer reduzir o défice essencialmente à custa do corte da despesa (80%).
O novo orçamento, acrescenta Osborne, deverá obrigar o Reino Unido a “viver com aquilo que tem”.
Em Portugal, para viver com aquilo que temos, ainda temos de penar muito.
E não parece fácil.
Confrontada, pelos jornalistas, sobre o impacto das medidas de contenção anunciadas pelo Governo, no sector da saúde, disse a Sr.ª Ministra:
“Não podemos cortar cegamente o orçamento do Ministério da Saúde, para manter a qualidade do serviço.” A aposta será no combate ao desperdício, nomeadamente através da central de compras da saúde, que entrará em funcionamento em Junho.
Estou perfeitamente de acordo com a Dr.ª Ana Jorge no que respeita ao perigo de cortes cegos na saúde.
Mas penaliza-me a forma como associa qualidade e custos. Philip Crosby afirmava, relativamente ao processo industrial, que o custo da não qualidade podia atingir 35% dos custos de exploração.
A saúde é um mundo muito diferente, mas basta pensar nos custos da infecção hospitalar para mudar a perspectiva. O que é caro é a falta de qualidade.
Também estou de acordo quanto à necessidade de eliminar o desperdício. Mas fico, mais uma vez, decepcionado que tenha dado, como único exemplo, a central de compras da saúde, que vai começar a funcionar em Junho.
A esse propósito, diz-nos a experiência que os ganhos putativos de instrumentos que parecem tecnicamente os mais adequados, acabam em prejuízos, resultantes de disfunções não previstas. Não quero ser profeta da desgraça, mas penso que os resultados da central de compras deveriam ser cuidadosamente monitorizados, para não restarem dúvidas sobre a bondade da sua existência.
O problema do desperdício na saúde é tão mais vasto, que se justificava criar um “tink tank”, como agora sói dizer-se, para o estudar com o maior detalhe.
E não seria preciso gastar dinheiro em consultores, pois há na saúde muitos técnicos, de alta categoria, para efectuar esse trabalho.
A Sr.ª Ministra voltou a apelar aos profissionais da saúde e aos administradores de serviços para que haja “uma gestão muito criteriosa”.
Com isto, está, implicitamente, a afirmar que há serviços que não são geridos com o critério necessário.
Sendo assim, como todos sabemos que é, não se lhe pede que continue a lançar apelos.
O que é preciso é exigir-lhes o maior rigor na forma como gastam o dinheiro dos contribuintes.
E responsabilizá-los pelos resultados do seu trabalho.
Salsifré
O Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta foi demitido devido à instabilidade interna que estava a provocar.
O Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta de Almada, liderado por Nelson Baltasar, antigo deputado do PS, terá sido demitido devido ao afastamento de oito dos 23 médicos dos serviços de ginecologia e obstetrícia para o Hospital de Cascais.
Segundo avança o SOL, Daniel Ferro deverá ser o novo presidente do conselho de administração.
Daniel Ferro é administrador hospitalar de carreira e integrava até agora a administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central (que integra o S. José e os Capuchos, entre outros hospitais públicos).
O ex-director, Nelson Baltazar, transita para o SUCH (Serviço de Utilização Comum dos Hospitais), onde vai por sua vez, substituir Paula Nanita, cuja saída estava há meses programada pelo Ministério, por causa da situação financeira grave em que se encontra esta instituição.
…
Esta mudança vai representar um forte abanão no sector das consultoras e das agências de comunicação. Deixar-se-ão de fazer catálogos, livros e outros opúsculos em papel couché de 180 gramas a quatro cores e as consultoras de referência deixarão de ter quem lhes pague para relatar como se brinca à gestão…
Valha-nos o sopro de alívio no passivo do SUCH…
É uma decisão que vai fazer história. link
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) intimou dois hospitais públicos a pagarem a meias uma operação a um descolamento da retina que uma doente fez no hospital privado Cuf Descobertas (Lisboa), depois de esta não ter sido atendida de imediato nas duas unidades, por ser véspera de fim-de-ano.
Sob o risco de ruptura de alguns serviços e encerramento de urgências, a ministra da Saúde, Ana Jorge, tem sido “pressionada” por médicos e administradores hospitalares para conseguir um regime de excepção junto do Ministério das Finanças ao congelamento de admissões de médicos.
O Diário Económico sabe que nos últimos dois dias a ministra tem tentado um acordo com as Finanças e que Teixeira dos Santos tem manifestado abertura para ter em conta a especificidade deste sector e acatar “necessidades”.
Recorde-se que o Serviço Nacional de Saúde confronta-se há muito com uma carência de recursos humanos, nomeadamente com a fuga de médicos para o privado e com a corrida às reformas antecipadas.
Reiterando a “aplicação da regra do congelamento das admissões de pessoal no Estado, sem excepções prévias” (no âmbito do plano de austeridade), fonte oficial do Ministério das Finanças não negou ao Diário Económico as negociações, admitindo que, “em particular no sector da Saúde, situações muito excepcionais de recrutamento” passarão “por uma rigorosa análise das necessidades por parte do Ministério da Saúde e, eventuais propostas, a articular, com o Ministério das Finanças”. Isto é, a ministra analisa necessidade, propõe e articula admissões com Finanças.
Médicos e administradores hospitalares “pressionam” tutela
“Não tenho dúvidas de que a ministra Ana Jorge conseguirá um regime de excepção para os recursos humanos na saúde, em particular para os médicos”, admite ao Diário Económico Pedro Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares. Até porque, disse, “depois de ter recrutado médicos no estrangeiro e ter aprovado em Março medidas excepcionais para travar as reformas antecipadas não faria sentido que fosse de outra forma”. A convicção é partilhada pelos gestores de vários hospitais contactos pelo Diário Económico. “Estamos convencidos, e esperamos, que não sejam implementadas medidas que dificultem o acesso aos cuidados de saúde”, acredita Licínio Carvalho, presidente do conselho de administração do hospital de Santo André, em Leiria.
É com “preocupação” que Artur Vaz, presidente do hospital Amadora-Sintra, vê a possibilidade de congelamento na contratação de médicos, uma vez que “nalgumas especialidades será necessário substituir médicos a médio prazo”. E alerta ainda: “O hospital já tem objectivos de actividade estabelecidos no contrato-programa que podem eventualmente ser conflituais com orientações do “accionista” Estado nesta matéria”. Ou seja, sem margem para “pressionar mais a produtividade dos recursos humanos” o hospital Amadora- Sintra arrisca-se a falhar as metas de produção .
DE 20.05.10
O Ministério da Saúde reuniu hoje os seus dirigentes para discussão do novo modelo de governação da reforma dos cuidados de saúde primários.
Este modelo caracteriza-se por ser simples, funcional, flexível e bem articulado com as estruturas da administração de saúde, com forte enfoque na análise e direcção estratégica da reforma e capacidade para promover um novo salto qualitativo na sua evolução.
A reforma dos cuidados de saúde primários, principalmente na vertente das unidades de saúde familiar (USF), tem sido reconhecida, por todos, como um verdadeiro sucesso pela forma inovadora da sua organização e pelos resultados já alcançados nos domínios do acesso, da proximidade e da qualidade dos serviços prestados.
Estão hoje generalizadas a todo o território nacional as USF, foram criados os Agrupamentos de Centros de Saúde e iniciou-se a implementação das Unidades de Cuidados na Comunidade e das Unidades de Saúde Pública.
Para tal, contribuiu a Missão para os Cuidados de Saúde Primários, uma estrutura de natureza transitória criada com o objectivo de implementar a primeira fase da reforma, meta que foi alcançada.
Importa agora dar um novo impulso e responder a novos desafios.
Neste contexto e de acordo com uma proposta do Grupo Consultivo para a Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, o Ministério da Saúde apresentou um modelo em que se destaca uma Coordenação Estratégica, liderada pelo médico de medicina geral e familiar, Vitor Ramos, profissional de reconhecida competência desde sempre ligado à inovação da organização dos cuidados de saúde primários.
Lisboa, 19 de Maio de 2010
Coordnação estratégica: O que é que isto quer dizer?
Vira o disco...Sempre os mesmos, sempre as mesmas "soluções", o Ministério em circuito fechado a patinar em cima do tapete rolante...
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