Défice de Credibilidade e Dívida de Confiança
O actual governo e o MS, de uma forma particular, adoptaram um comportamento sistemático de damage control. Perante a incapacidade de resolução de problemas, de os discutir com frontalidade e coragem e de sinalizar um rumo claro foram-se enredando em “disfarces”. As assessorias não têm tido como missão primordial informar mas outrossim alimentar manobras de diversão, cavalgar fait-divers explorando até à exaustão a imagem ponderada, aparentemente sensata e por vezes mesmo bondosa da Ministra da Saúde. Acontece que o sector da saúde é por demais complexo e politicamente sensível para ser “governado à bolina”. É certo que o actual PM faz dos Ministros o que muito bem quer intrometendo-se na agenda política de cada Ministério em função das suas próprias necessidades e motivação. Temos por isso que ser justos e reconhecer que ser Ministro de José Sócrates é já em si mesmo um acto de grande denodo e sacrifício.
No entanto a realidade que se vive, actualmente, no sector da saúde vai muito para além destas vicissitudes de natureza conjuntural. A saída de Correia de Campos marcou um ponto de viragem na intenção reformista sinalizando, da parte do PM, uma vontade de fazer do MS não um motor do seu governo mas apenas uma confortável chaiselongue de amortecimento ao ruído das outras políticas do governo. Daí o interesse e envolvimento do próprio PM em se “intrometer” constantemente nos domínios do MS recorrendo mesmo à instrumentalização política sempre que lhe foi conveniente. Foi assim com a veneta que, subitamente, lhe deu a propósito do Amadora-Sintra, das vacinas e dos medicamentos gratuitos para além de incursões aleatórias nos Cuidados Continuados entre outros.
Na verdade este governo nunca deu sinais de possuir uma estratégia clara para o sistema de saúde limitando-se a fazer render os fogachos reformistas lançados por ACC ao mesmo tempo que ia deixando degradar o ambiente no sistema, sem novas ideias, reciclando dirigentes e recorrendo a nomeações de índole cada vez mais duvidosa para o desempenho de importantes funções no SNS.
Hoje em dia basta circular pelos hospitais e pelos centros de saúde, conversar com os chamados “stakeholders” e perceber que é iminente a ameaça de bancarrota no que diz respeito ao défice de credibilidade e à dívida de confiança no sistema de saúde e no SNS em especial e em quem o dirige.
No entanto a realidade que se vive, actualmente, no sector da saúde vai muito para além destas vicissitudes de natureza conjuntural. A saída de Correia de Campos marcou um ponto de viragem na intenção reformista sinalizando, da parte do PM, uma vontade de fazer do MS não um motor do seu governo mas apenas uma confortável chaiselongue de amortecimento ao ruído das outras políticas do governo. Daí o interesse e envolvimento do próprio PM em se “intrometer” constantemente nos domínios do MS recorrendo mesmo à instrumentalização política sempre que lhe foi conveniente. Foi assim com a veneta que, subitamente, lhe deu a propósito do Amadora-Sintra, das vacinas e dos medicamentos gratuitos para além de incursões aleatórias nos Cuidados Continuados entre outros.
Na verdade este governo nunca deu sinais de possuir uma estratégia clara para o sistema de saúde limitando-se a fazer render os fogachos reformistas lançados por ACC ao mesmo tempo que ia deixando degradar o ambiente no sistema, sem novas ideias, reciclando dirigentes e recorrendo a nomeações de índole cada vez mais duvidosa para o desempenho de importantes funções no SNS.
Hoje em dia basta circular pelos hospitais e pelos centros de saúde, conversar com os chamados “stakeholders” e perceber que é iminente a ameaça de bancarrota no que diz respeito ao défice de credibilidade e à dívida de confiança no sistema de saúde e no SNS em especial e em quem o dirige.
tibúrcio
Etiquetas: Politica de Saúde
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