Se o ridículo matasse…
Os mais atentos a estas coisas das assessorias de imprensa sabem como se “gerem” as setinhas nos jornais. Neste caso concreto a “setinha” em momentos aflitivos não é inédita. Aparece sempre que a aflição aperta.
O problema não é a seta mas sim a ridícula e já quase patética maneira de fazer propaganda na cultura socrática.
A “prosa” é extraordinária no conteúdo e no alcance pretendido. Senão reparem:
…”A exigência da ministra da Saúde já está a produzir resultados (quais?) e onze hospitais já começaram a adoptar medidas para reduzir o desperdício e diminuir a despesa”…
O facto de a senhora Ministra ter “andado distraída” durante quase três anos não conta nem sequer os milhões de euros (mal) gastos com a disforia gripal. Na verdade a mensagem que a “setinha” pretende inculcar é que centenas de incompetentes nomeados (mas nunca demitidos) pela mesma senhora Ministra andaram durante três anos a delapidar o erário público até que, qual “provedora” da eficiência a mesma senhora Ministra acordou de uma prolongada letargia pediu uma proposta de poupança a ser feita em vinte dias e a setinha do “Público” decretou que tinha acabado a ineficiência e o desperdício no SNS.
Diz ainda a “setinha”:
…”Os seus principais responsáveis mantêm a convicção de que os cortes não vão afectar a qualidade do serviço”… Seguramente liderados pelo grande timoneiro presidente da APAH. Mas também quanto a isso não haverá problema porque a existirem sobressaltos serão sempre da responsabilidade dos incompetentes gestores que teimam em não saber fazer bem o seu trabalho,
Conclui então a “setinha”:
…”Se esta expectativa se cumprir, a iniciativa de Ana Jorge será um sucesso em toda a linha”… sendo então previsível que, finalmente desperta, para as questões da eficiência, dos números e do rigor financeiro José Sócrates a faça transitar, de imediato, para uma estonteante substituição do exausto e esgotado Teixeira dos Santos.
Faltou apenas nesta “setinha” os argumentos aduzidos num dos últimos posts aqui publicados: …”ter conseguido apaziguar as hostes e resolver a “trapalhada” das Urgências, negociar um ACT e carreiras médicas, contratar médicos cubanos, por ter recolocado a defesa do SNS na agenda política do Governo”… Feitos (ainda que virtuais) notáveis…
Nada disto teria importância se não reflectido o estado de inimputabilidade a que chegou a acção política: ilusão, simulação, fantasia e entretenimento. Infelizmente a realidade ganha nitidez cada dia que passa e a generalidade dos profissionais do SNS e dos cidadãos já há muito perceberam a rábula de que “com papas e bolos se enganam os tolos”…
O problema não é a seta mas sim a ridícula e já quase patética maneira de fazer propaganda na cultura socrática.
A “prosa” é extraordinária no conteúdo e no alcance pretendido. Senão reparem:
…”A exigência da ministra da Saúde já está a produzir resultados (quais?) e onze hospitais já começaram a adoptar medidas para reduzir o desperdício e diminuir a despesa”…
O facto de a senhora Ministra ter “andado distraída” durante quase três anos não conta nem sequer os milhões de euros (mal) gastos com a disforia gripal. Na verdade a mensagem que a “setinha” pretende inculcar é que centenas de incompetentes nomeados (mas nunca demitidos) pela mesma senhora Ministra andaram durante três anos a delapidar o erário público até que, qual “provedora” da eficiência a mesma senhora Ministra acordou de uma prolongada letargia pediu uma proposta de poupança a ser feita em vinte dias e a setinha do “Público” decretou que tinha acabado a ineficiência e o desperdício no SNS.
Diz ainda a “setinha”:
…”Os seus principais responsáveis mantêm a convicção de que os cortes não vão afectar a qualidade do serviço”… Seguramente liderados pelo grande timoneiro presidente da APAH. Mas também quanto a isso não haverá problema porque a existirem sobressaltos serão sempre da responsabilidade dos incompetentes gestores que teimam em não saber fazer bem o seu trabalho,
Conclui então a “setinha”:
…”Se esta expectativa se cumprir, a iniciativa de Ana Jorge será um sucesso em toda a linha”… sendo então previsível que, finalmente desperta, para as questões da eficiência, dos números e do rigor financeiro José Sócrates a faça transitar, de imediato, para uma estonteante substituição do exausto e esgotado Teixeira dos Santos.
Faltou apenas nesta “setinha” os argumentos aduzidos num dos últimos posts aqui publicados: …”ter conseguido apaziguar as hostes e resolver a “trapalhada” das Urgências, negociar um ACT e carreiras médicas, contratar médicos cubanos, por ter recolocado a defesa do SNS na agenda política do Governo”… Feitos (ainda que virtuais) notáveis…
Nada disto teria importância se não reflectido o estado de inimputabilidade a que chegou a acção política: ilusão, simulação, fantasia e entretenimento. Infelizmente a realidade ganha nitidez cada dia que passa e a generalidade dos profissionais do SNS e dos cidadãos já há muito perceberam a rábula de que “com papas e bolos se enganam os tolos”…
Evaristo
Etiquetas: Ana Jorge, Politica de Saúde
2 Comments:
Quem dá o que tem, a mais não é obrigado, diz um provérbio popular.
Por outro lado, escreveu Maquiavel:
“Não é de pouca importância para um príncipe, a escolha dos seus ministros, que são bons ou maus de acordo com a sageza do próprio príncipe. A primeira conjectura que se faz acerca da inteligência de um senhor é observar os homens que o rodeiam; se são capazes e fiéis o príncipe pode sempre ser tido como avisado, porque soube reconhecer que eram capazes e mantê-los fiéis. Todavia, quando assim não são, não se pode fazer bom juízo do príncipe, porque o primeiro erro que comete, comete-o com tal escolha.”
Este “príncipe” parece perito em conseguir manter a fidelidade. O problema é que, segundo o filósofo político renascentista, essa é apenas a segunda das condições. Quando se erra na primeira, a segunda torna-se irrelevante.
PS- E, por falar em príncipe, vem a propósito dizer que a visita ao Chico Buarque,para uma sessão de autógrafos, me deixou incomodado, a mim, que sou um insignificante plebeu
Conselho da Europa critica forma como OMS geriu gripe A
O Conselho da Europa critica fortemente a forma como a Organização Mundial da Saúde (OMS) geriu a pandemia da gripe A/H1N1, que aliás considera nunca ter sido uma pandemia. Falta de transparência, desperdício de dinheiros públicos e incitação injustificada ao medo são algumas das acusações apontadas no relatório aprovado esta tarde.
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