domingo, junho 6

Pouco inteligentes

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"Algumas das medidas assentam numa filosofia muito comum à administração pública - cortar de forma cega e, num formato de micro-gestão, a partir de cima. link É, em geral, um modo pouco inteligente de conseguir reduzir a despesa. Olhe-se, por exemplo, para o facto de as contratações de profissionais nos hospitais-empresa com resultados líquidos negativos passarem a estar sujeitas a aprovação prévia e casuística da ministra. Sem indicação prévia de quais os princípios a seguir, há a transformação de cada admissão de pessoal numa viagem ao gabinete da ministra, que não terá a capacidade de tratar de todas estas admissões", explicou ao nosso jornal o professor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa.
Assim, na perspectiva de Pedro Pita Barros, seria bem mais prudente e eficaz adoptar outro tipo de estratégia: "para um mesmo volume de poupança nos hospitais (EPE ou SPA), seria preferível impor um valor global, deixando depois ao cuidado de cada gestão a forma como essa poupança seria alcançada. Ao especificarem-se objectivos em termos de horas extraordinárias e despesas com fornecimentos e serviços de terceiros, opta-se por uma solução fácil e estimulam-se os hospitais a procurarem formas de, cumprindo nominalmente os objectivos traçados, continuarem a funcionar como antes".

JMF
04.06.10

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