AJ de volta ao Diário da Pandemia ?
Os 2,2 milhões de doses da vacina pandémica que sobraram do ano passado devem ser usados para proteger as pessoas com índice de massa corporal superior a 30 e sem doenças associadas, imunodeprimidos (com sistema imunitário débil) a partir dos seis meses de vida e toda a população até aos 65 anos não abrangida pela vacina sazonal. A recomendação estava dependente de um consenso dos peritos e poderá agora ser posta em prática. A vacina só é administrada nas unidades públicas de saúde e é gratuita.
semanário expresso 09.10.10
Será que vamos ter a senhora ministra de volta ao Diário da Pandemia ? A falar da vacina dos gordinhos! Gosto muito de ver a senhora ministra, Ana Jorge, e das coisas que ela fala. O "Diário da Pandemia" é, mesmo, o meu programa de TV favorito.
AugustaEtiquetas: diário da pandemia
3 Comments:
Haurir Pandemrix [1] até à náusea...
Para justificar o leviano erro de avaliação que foi embarcar na ignara histeria da OMS acerca da pandemia sobre a Influenza A - H1N1 [bem podem os Governos dividirem as culpas com o "comité de especialistas" da OMS] qualquer dia vamos ser confrontados com a vacinação compulsiva dos portadores de calosidades plantares..., i.e., na prática "universalizar" a vacinação anti-H1N1.
O Governo, e nomedadmente o MS, deveria, em sede própria, pedir esclarecimentos à OMS e, se possível, apurar responsabilidades.
Existem hoje demasiados indícios [evidências?] de conflitos interesses para não contornar este assunto, com a vacinação ad libidum...[em termos de prevenção será um "desperdício"...]
A solução não deve ser haurir o stock adquirido... Em termos de Saúde Pública [sector que tem sido neste País "esvaziado"], esta saída é demasiado complacente, para não dizer negligente.
Mas uma "reprise" vacinal - como meio para livrar-se do stock de Pandemrix - "espremendo" [com apoio ou não de comissões] indicações até sangrarem, poderá significar uma incorrigível persistência na calinada...
Na verdade, será necessário ter em mente que a IF não vive só da venda de medicamentos para combater situações patológicas definidas. Hoje, uma estratégia medicamentosa preventiva largamente divulgada e prescrita [não estou a falar do calendário vacinal] é para a IF uma inesgotável fonte de receita. Em Portugal, basta olhar para os absurdos níveis de consumo de estatinas...
Num País com históricas tradições na alimentação mediterranica teremos tantas dislipidémias?
Ou andamos a tratar factores de risco?
[1] - nome comercial da vacina anti-H1N1 adquirida por Portugal.
Se se tomam tantas estatinas é porque há quem as prescreva com tanta intensidade. Ou não será ? Deve ser consequência das guidelines que a ordem dos médicos prometeu desenvolver ( e, pelo que se constata, imagino que o tenha feito) desde ... 1996. Lembra-se caro é-pá ?
Caro Vareja:
Não é [só] uma questão de guidelines.
Será talvez um novo paradigma da Medicina. Tentar "enfrentar" as doenças entrosando a componente curativa com a preventiva [medicamentosa, entenda-se], provavelmente, influenciados por estes tempos de "globalização".
Tenho dúvidas se os guidelines [que sempre defendi dentro de determinadas condicionantes] não sejam [também]construídos dentro deste "espírito".
Se, por exemplo, perante um hipertenso, além dos anti-hipertensivos lhes prescrever estatinas e anti-agregantes com a finalidade de diminuir o risco [real] de AVC, etc., estou a actuar como a generalidade dos médicos , não só em Portugal, como no Mundo.
Por outro lado, mudanças de estilo de vida, combatendo excesso alimentares, o sedentarismo, etc., passam ao lado...de quase todos nós.
Andamos ocupados noutras coisas e a toma de uma pilula torna-se demasiado fácil e aparentemente eficaz.
A saúde - a conservação de um bom estado geral - não dispensa um bom nível de Educação Sanitária [individual e ambiental] e, concomitantemente, a sensibilização dos doentes para medidas de suporte [da saúde] não terapêuticas.
E indo por aí adiante nunca mais acabavamos...
Falta fazer muita coisa para além das "guidelines" [embora sejam fundamentais], mas estas podem não chegar para "racionalizar" o consumo medicamentoso, que julgo ser o seu propósito.
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