João Cordeiro em o “Império Contra-Ataca”…
«O presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF) lançou hoje um conjunto de suspeitas sobre a política de comparticipações dos medicamentos em Portugal e propôs a extinção da autoridade reguladora do sector. A situação levou mesmo o presidente da ANF a pedir uma investigação policial à comparticipação deste medicamento e à investigação farmacêutica em Portugal. Em causa está o medicamento zebenix, que a ANF considera que não apresenta qualquer novidade ao nível da molécula e dos processos produtivos.
João Cordeiro sublinhou ainda que este medicamento tem custos diários 10 vezes superiores aos seus equivalentes: "o preço é um escândalo. Acho que o preço exige mesmo uma investigação policial". A ANF frisa ainda que este medicamento não se encontra comparticipado em nenhum outro país da Europa e que apenas foi considerado inovador pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
"O Infarmed tem obrigação de evidenciar os ganhos em saúde com este investimento", declarou, recordando que este fármaco é comparticipado em 95 por cento pelo Estado. A ANF disse ainda estranhar que o Governo vá financiar com 600 milhões de euros a investigação científica no laboratório que produz o Zebenix.
Para João Cordeiro, esta situação mostra que o Infarmed não tem cumprido as suas funções de organismo regulador e, como tal, deixa de ter razão para existir. "Não percebo a necessidade do Infarmed em Portugal, sobretudo quando temos uma agência europeia do medicamento. Acho que o Infarmed é puro custo. Uma estrutura daquelas, com uns cerca de 300 funcionários, acho que é desnecessária", declarou aos deputados.
Além de considerar que o Infarmed não cumpre as suas funções no que respeita à comparticipação de remédios, lembrou que todos os medicamentos são introduzidos e retirados do mercado português por decisão da agência europeia. João Cordeiro afirmou também que "alguma coisa de estranho se passa" com a venda de fármacos de alguns laboratórios em Portugal, que registaram crescimentos de mil ou dois mil por cento através de prescrições de determinados centros de saúde.
"Não é por acaso que a indústria farmacêutica investe milhões na sua relação com os médicos", declarou ainda o representante dos proprietárias das farmácias. A nova política do medicamento vai levar os portugueses a pagarem mais 300 milhões de euros num só ano pelos seus remédios, estima a ANF, considerando que o cenário é "devastador para os utentes". Um estudo realizado pela ANF concluiu que as novas regras de comparticipação de medicamentos vai implicar uma transferência de mais 76 milhões de euros do Estado para os utentes em apenas três meses.
"As medidas são perfeitamente avassaladoras para os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", declarou João Cordeiro, na comissão parlamentar de saúde. Para ilustrar os gastos do Estado com medicamentos, a associação mostrou aos deputados quanto custou a comparticipação dos genéricos a 100 por cento. Entre junho de 2009 e maio deste ano, o SNS pagou 74 milhões de euros. "Não há avaliação das medidas que são tomadas. Isto é avassalador, é insustentável", comentou João Cordeiro, manifestando-se contra as comparticipações de fármacos a 100 por cento.
O presidente da ANF tentou ainda desmontar o argumento do Ministério da Saúde, que alegou a existência de abusos para acabar com o regime especial de comparticipações: "acreditamos que fraude não existirá". As farmácias estão também contra a retirada do preço das embalagens dos medicamentos, alegando que irá criar um clima de desconfiança entre a população e a farmácia. »
João Cordeiro sublinhou ainda que este medicamento tem custos diários 10 vezes superiores aos seus equivalentes: "o preço é um escândalo. Acho que o preço exige mesmo uma investigação policial". A ANF frisa ainda que este medicamento não se encontra comparticipado em nenhum outro país da Europa e que apenas foi considerado inovador pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
"O Infarmed tem obrigação de evidenciar os ganhos em saúde com este investimento", declarou, recordando que este fármaco é comparticipado em 95 por cento pelo Estado. A ANF disse ainda estranhar que o Governo vá financiar com 600 milhões de euros a investigação científica no laboratório que produz o Zebenix.
Para João Cordeiro, esta situação mostra que o Infarmed não tem cumprido as suas funções de organismo regulador e, como tal, deixa de ter razão para existir. "Não percebo a necessidade do Infarmed em Portugal, sobretudo quando temos uma agência europeia do medicamento. Acho que o Infarmed é puro custo. Uma estrutura daquelas, com uns cerca de 300 funcionários, acho que é desnecessária", declarou aos deputados.
Além de considerar que o Infarmed não cumpre as suas funções no que respeita à comparticipação de remédios, lembrou que todos os medicamentos são introduzidos e retirados do mercado português por decisão da agência europeia. João Cordeiro afirmou também que "alguma coisa de estranho se passa" com a venda de fármacos de alguns laboratórios em Portugal, que registaram crescimentos de mil ou dois mil por cento através de prescrições de determinados centros de saúde.
"Não é por acaso que a indústria farmacêutica investe milhões na sua relação com os médicos", declarou ainda o representante dos proprietárias das farmácias. A nova política do medicamento vai levar os portugueses a pagarem mais 300 milhões de euros num só ano pelos seus remédios, estima a ANF, considerando que o cenário é "devastador para os utentes". Um estudo realizado pela ANF concluiu que as novas regras de comparticipação de medicamentos vai implicar uma transferência de mais 76 milhões de euros do Estado para os utentes em apenas três meses.
"As medidas são perfeitamente avassaladoras para os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", declarou João Cordeiro, na comissão parlamentar de saúde. Para ilustrar os gastos do Estado com medicamentos, a associação mostrou aos deputados quanto custou a comparticipação dos genéricos a 100 por cento. Entre junho de 2009 e maio deste ano, o SNS pagou 74 milhões de euros. "Não há avaliação das medidas que são tomadas. Isto é avassalador, é insustentável", comentou João Cordeiro, manifestando-se contra as comparticipações de fármacos a 100 por cento.
O presidente da ANF tentou ainda desmontar o argumento do Ministério da Saúde, que alegou a existência de abusos para acabar com o regime especial de comparticipações: "acreditamos que fraude não existirá". As farmácias estão também contra a retirada do preço das embalagens dos medicamentos, alegando que irá criar um clima de desconfiança entre a população e a farmácia. »
telmo
Coluna rasca: Ao melhor estilo Alberto João. Ou, Pinto da Costa, se preferirem.Etiquetas: Medicamento
3 Comments:
As palavras podem ser excessivas, mas os problemas existem. Antes chamar a atenção para eles do que ignorá-los.
Por muito rasca que seja é melhor do que fazer de conta e deixar como está.
Alberto João, Pinto da Costa e Pedro Nunes, acrescentaria eu...
Estilos?
Mas disse algo errado ou não?
Discute-se a forma ao invés do conteúdo?
Não é só uma questão de linguagem.
A intervenção de JC revela chumbo na asa. Ou seja,as trapalhadas deste governo estão a atingir mais o coração dos interesses do grande império do que CC, alguma vez, pensou conseguir.
O pior é que esta política do medicamento, made in Óscar Gaspar, é uma verdadeira bomba atómica, liquidando tudo em seu redor.
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