Prémio Nobel da Medicina

foto NYT

Hoje, Louise Brown vê o Mundo com os seus olhos. Nasceu há 32 anos – 25 de Julho de 1978 – pelas mãos do médico fisiologista Robert Edwards e do ginecologista Patrick Steptoe.
Uma nova era nasceu para aliviar o drama de muitos casais [de facto, de direito, de véu e altar,…]. Surgiu a primeira resposta efectiva para o combate à infertilidade. Resposta que não nasceu na Bourn Hall Clinic, em Cambridge, mas da porfiada investigação de uma equipa que se dedicava à longos anos ao combate ao drama da infertilidade que afecta no Mundo cerca de 10% dos casais. link

Hoje, o Instituto Karolinska, da Suécia, laureou o Prof. Robert Edwards com o Prémio Nobel da Medicina. link Merecida honraria a um homem que teve a ousadia [cientifica e ética] de se lançar nesta empresa que permitiu – com o desenvolvimento da fertilização in vitro - em três dezenas de anos dar ao Mundo mais de 4 milhões de seres vivos e, mais do que isso, trazer a felicidade a muitos milhares de lares.

Esta inovação na Medicina da Reprodução apesar de duramente combatida pela Igreja [encíclica “Humanae Vitae”, de Paulo VI], veio para ficar e, mais do que isso, quebrou um tabu que permitiu abrir outros campos na investigação cientifica médica, quer na área da reprodução e na de terapêuticas de transplantes de orgãos de que o exemplo mais paradigmático é o da Engenharia Genética.
Pena é que o seu companheiro desta aventura científica - Patrick Steptoe - já não esteja entre nós. Ele merecia compartilhar do justo orgulho e da alegria que, Robert Edwards, com certeza [hoje] sente. Na verdade, que muitos homens e mulheres pelo Mundo, sentem.

e-pá!