terça-feira, outubro 19

Ilusionismo

O OE 2011 prevê, na despesa total consolidada, no orçamento do Ministério da Saúde uma redução de 12,8 % passando de 9 818,8 milhões de euros para 8 563,0 milhões de euros. Ou seja uma redução global de cerca de 1.255,8 milhões de euros. Tendo em conta que 2010 encerrará com uma dívida a terceiros que estará próxima dos 1.600,0 milhões de euros, que esta dívida não dá sinais de regressão, que a IF mantém a ameaça da cobrança de juros, que o OE 2011 prevê a imposição ao SEE de prazos máximos de pagamento a fornecedores de dois meses ficam por responder (como é costume) muitas questões.

Presume-se que o MS já tenha desistido dos aumentos salariais prometidos aos diferentes grupos profissionais desde 2008 até há bem pouco tempo. Ainda assim persiste uma pergunta daquelas do tipo das que valem um milhão de dólares: como é que as medidas anunciadas (partindo do princípio que serão executadas) irão cobrir necessidades de financiamento que, actualmente, se cifram em mais de 2.800,0 milhões de euros?

Olinda

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2 Comments:

Blogger e-pá! said...

"...como é que as medidas anunciadas (partindo do princípio que serão executadas) irão cobrir necessidades de financiamento que, actualmente, se cifram em mais de 2.800,0 milhões de euros?"

R: Transferindo as dívidas [algumas...] para o ano seguinte..., i.e., deixando o bebé nos braços de quem tiver que gerir o próximo Orçamento ou, então, aguardar um orçamento suplementar.
Nada de inédito...para quem se viciou a viver no imaginário limbo das boas contas.
Difícil, praticamente impossível, é o Estado - neste caso o MS - comportar-se como uma "pessoa de bem".

11:58 da manhã  
Blogger O Reformista said...

A facturação às farmácias dos utentes da ADSE passa para o SNS?
Esse impacto está contabilizado?

1:28 da tarde  

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