Jogando à sueca com os medicamentos...
foto portal da saúde
e-pá!
É preciso, na confusa e complexa questão do "pacote" do medicamento, ter em conta que a precrição não é uma etapa qualquer [menor] do processo de cuidados de saúde e da relação médico/doente. Ela decorre de todo um processo de estudo do doente, da elaboração de um diagnóstico e não é uma sugestão de encomenda para a farmácia. Aliás o processo da actividade clínica não termina aí. Existe o "follou-up" terapêutico, existe a farmacovigilância, a evolutiva [resposta], etc.
Ficamos sem saber se todas estas etapas passarão, também, para um gentleman's agreement entre os comercializadores e os utentes.
As posições do Sr. SES que, neste especifico período de instabilidade dos cargos, caiem aos trambolhões sobre os portugueses, só aumentam a confusão.
É preciso separar as águas.
Um problema é o circuito comercial do medicamento [mercado], outro será a política de comparticipações medicamentosas [prestações sociais do Estado] e, finalmente, outro, as boas práticas de prescrição [guidelines]...
Misturar tudo, baralhar e voltar a dar de novo, é como se faz no jogo da sueca, num recanto da taberna, com "destrunfos" e renúncias" à mistura [ou à balda].
Desde a indústria que investiga e fabrica [ou aquela que só copia], à comercialização, ao prescritor e , acabando, no "cosumidor" [doente] existem muitas sensibilidades [individuais, colectivas, económicas, etc.] que - no mínimo - têm de ser transparentes e idóneas. E nem sempre o terão sido!
Ficamos sem saber se todas estas etapas passarão, também, para um gentleman's agreement entre os comercializadores e os utentes.
As posições do Sr. SES que, neste especifico período de instabilidade dos cargos, caiem aos trambolhões sobre os portugueses, só aumentam a confusão.
É preciso separar as águas.
Um problema é o circuito comercial do medicamento [mercado], outro será a política de comparticipações medicamentosas [prestações sociais do Estado] e, finalmente, outro, as boas práticas de prescrição [guidelines]...
Misturar tudo, baralhar e voltar a dar de novo, é como se faz no jogo da sueca, num recanto da taberna, com "destrunfos" e renúncias" à mistura [ou à balda].
Desde a indústria que investiga e fabrica [ou aquela que só copia], à comercialização, ao prescritor e , acabando, no "cosumidor" [doente] existem muitas sensibilidades [individuais, colectivas, económicas, etc.] que - no mínimo - têm de ser transparentes e idóneas. E nem sempre o terão sido!
e-pá!
Etiquetas: E-Pá, Medicamento
5 Comments:
Se querem poupar substituam a ministra da saúde que não tem mão nas contas.
Esta medida devia constar, aliás, do Pec2.
Retirado de Entrevista a Álvaro de Almeida:
"Eu só vejo três soluções: ou as pessoas passam a pagar os serviços, ou dificultamos o acesso ou há uma revolução completa do modelo de gestão do SNS. É preciso uma revolução no modelo de gestão que pode passar por atribuir orçamentos rígidos aos cuidados de saúde primários que depois contratariam os serviços aos hospitais. No fundo, usar um modelo de capitação, dando a responsabilidade de gestão aos cuidados de saúde primários.
Mas há muitos utentes que não passam sequer pelos centros de saúde, vão directamente aos hospitais.
Uma das coisas que se poderia fazer era termos, em vez de médicos de família (uma vez que não são suficientes), enfermeiros de família a gerir o percurso do doente no sistema de saúde.
A ministra da Saúde disse recentemente que queria ter médicos de Medicina Interna a fazer isso nos hospitais.
Mas não temos médicos que cheguem para isso. Não havendo, acho que os enfermeiros, com protocolos predefinidos, têm capacidade técnica [para o fazer]. É o que já acontece nas urgências. Não estou a inventar nada. Vivi em Londres três anos, fui várias vezes ao centro de saúde e nunca vi um médico."
In: http://jornal.publico.pt/noticia/29-09-2010/sns-tem-um-problema-de-sustentabilidade-grave-e-precisa-de-uma-reforma-profunda-20297634.htm
E-pa - um talento perdido para a politica do medicamento !
Mais Trapalhadas
O Ministério da Saúde acaba de esclarecer que, apesar de o Decreto-Lei que reduz algumas comparticipações de medicamentos ter sido publicado hoje para entrar em vigor amanhã, as novas regras só têm efeitos práticos a partir do próximo dia 15. link
JP 01.10.10
"Trapalhadas dos Trapalhões da João Crisóstomo", brevemente num cinema perto de si.
Politica do Medicamento à deriva
A Associação Nacional de Farmácias considerou hoje, sexta-feira, que a política do medicamento "está à deriva", acusando o Ministério da Saúde de "permanentes avanços e recuos".
"O país foi hoje confrontado com a publicação no Diário da República de um diploma que veio contradizer as afirmações públicas da senhora ministra da Saúde", afirma a ANF em comunicado, referindo-se ao decreto lei que reduz as comparticipações do Estado na compra de medicamentos.
A associação que representa as farmácias lembra que o diploma entra em vigor no sábado "e não dia 15 de Outubro conforme foi anunciado aos portugueses pelo Ministério da Saúde".
"As farmácias, a partir de amanhã [sábado], se cumprirem o anunciado pela ministra da Saúde, estarão a violar uma lei publicada em Diário da República", refere o comunicado da ANF enviado à Agência Lusa.
Na quarta-feira a ministra Ana Jorge anunciou publicamente que a baixa do preço de todos os medicamentos em 6%, bem como o novo regime de comparticipações, entraria em vigor em 15 de Outubro e não hoje, como estava inicialmente previsto.
A ministra explicou na altura que este adiamento se deveu ao facto de terem sido "sensíveis às dificuldades de ordem prática que foram colocadas, quer pela Indústria, quer pelas farmácias".
"Estes permanentes avanços e recuos são um sinal do que já é evidente para todos os portugueses: A política do medicamento está completamente à deriva. É preciso parar para pensar", frisa a ANF.
Numa declaração escrita à agência Lusa, o Ministério da Saúde referiu que "o efeito combinado da redução do preço dos medicamentos em 6% e da alteração do regime de comparticipação dos diversos grupos de medicamentos apenas entra em vigor dia 15 de Outubro".
O diploma publicado e que vigora a partir de sábado estabelece que o regime especial de 100% de comparticipação é reduzido para 95%, enquanto se reduz de 95% para 90% a comparticipação do escalão A do regime geral.
Fonte oficial do Ministério da Saúde referiu à agência Lusa que, para que o novo pacote do medicamento fique completo, faltam ainda publicar duas portarias: uma que reduz administrativamente em 6% o preço global dos medicamentos e outra que altera o escalão de comparticipação de alguns tipos de remédios, com anti-ácidos ou anti-ulcerosos.
Ou seja, até à publicação destes novos diplomas, que devem entrar em vigor a 15 de Outubro, os medicamentos não mudam de escalão, tal como anteriormente referido pela ministra da Saúde.
JN 01.10.10
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