sexta-feira, novembro 5

Mexer na equipa

Antes do Verão, contra as precipitadas sugestões da época, defendi que uma remodelação governamental nessa altura não se justificava e que o momento mais oportuno para isso se afigurava ser depois das eleições presidenciais, no próximo ano.
Dadas as novas circunstâncias, nomeadamente o agravamento da situação orçamental do Pais, modifico neste ponto a minha opinião. Face à necessidade absoluta de assegurar o cumprimento das duras metas do défice orçamental no próximo ano (ao contrário do que se passou este ano), penso que se justifica uma mexida a sério no governo imediatamente após a aprovação do orçamento, abrangendo os ministérios mais desgastados e financeiramente mais arriscados. Sócrates não pode permitir-se partir para o novo ciclo orçamental, muito mais exigente do que o do corrente ano, com a mesma equipa que ficou aquém das metas orçamentais deste ano (quando se exigia excedê-las...). E o País, também não.
É uma questão de credibilidade financeira interna e externa. Os mercados financeiros não perdoam.

Vital Moreira

Vamos ver se ainda vamos a tempo de salvar o SNS da destruição levada a cabo pela ministra da saúde mais incompetente que o nosso país conheceu.

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4 Comments:

Blogger e-pá! said...

Oportunidades perdidas...

A "mexida" governamental [necessária] que defendi [e comentei neste blog] - quando VM a preconizava para depois das presidenciais - torna-se, todos os dias que passam, mais evidente e premente que, há muito, deveria ter sido efectuada. Como é óbvio, antes da apresentação do OE 2011.
Deveria ter ocorrido quando o PM tomou consciência das várias derrapagens orçamentais do lado da despesa pública. Que, como é notório, não se restringe à Saúde.

Neste momento, passou de necessária a inadiável. Até porque, no seio do partido que sustenta o Governo, começa a ser visível alguma agitação e incomodidade política no âmbito parlamentar [e não só].

O OE/2011 já deveria ter sido coordenado [elaborado] por outro elenco governamental. Porque será complicado - para qualquer novo titular de qualquer Ministério - aceitar e executar medidas de contenção, tomadas num quadro político e financeiro tão exigente, subscritas por outrém.

Claro que é melhor tarde do que nunca...
Só que o protelar de uma situação completamente esgotada, mais, politicamente enfraquecida, restringe o leque dos "ministeriáveis".
Pode acabar por excluir [afastar-se-ão!] os mais capazes, i. e., aqueles que estariam em condições de impor a par do rigor orçamental novas dinâmicas de organização e de gestão.

Se ninguém gosta de assumir [publicamente] o papel do cuco, i. e., pôr os ovos no ninho dos outros, será estultícia esperar que um bom candidato à governação aceite o convite para dançar num coval...

Voltamos ao PREC: REMODELAÇÃO, JÁ!

9:53 da manhã  
Blogger helena said...

Ana Jorge de há muito que é figura decorativa deste Governo. Aliás sempre o foi.
O custo da sua Inépcia para o SNS é incontabilizável.
É chocante como AJ parece não ter consciênia da sus triste figura e continua a pavonear-se, com o seu ar singelo, pelos meetings da saúde de chá e bolos.

2:15 da tarde  
Blogger helena said...

Democracia contra regime «austeritário»

Na verdade, os governos europeus, independentemente da sua cor política, parecem sentir-se mais mandatados para defender os direitos inalienáveis dos mercados do que os dos cidadãos. Com os primeiros têm compromissos sérios, que não podem deixar de honrar; com os segundos têm combinações frouxas, que podem substituir pela imposição de duríssimos sacrifícios. Só assim se explica que tais governos se tenham posto em sintonia para congelar e cortar salários, pensões e a generalidade das prestações sociais; para utilizar a pressão de um desemprego duradouramente acima dos 10% de modo a nivelar por baixo os direitos laborais; e para promover um aumento das desigualdades socioeconómicas e uma degradação dos serviços públicos, ameaçando fazer colapsar o Estado social. link

Sandra Monteiro MD 04.11.10

3:17 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

Paz à sua alma!

6:23 da tarde  

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