Ministra da Saúde explica (parte I)
foto RR
Zé Esteves
derrapagem orçamental na próxima semana
A ministra da Saúde não adianta, para já, os motivos da derrapagem financeira de 500 milhões de euros no Orçamento do seu Ministério. Ana Jorge remete explicações para a próxima semana. Questionada pelos jornalistas no Porto, a governante garantiu que vai prestar esclarecimentos na próxima quinta-feira, na Comissão Parlamentar de Saúde.
…
Não vale a pena iludir a expectativa quanto ao modo e à substância do que irá ser dito. À semelhança de intervenções anteriores teremos, seguramente, mais do mesmo. Não só “muita parra e pouca uva” como o tradicional desfilar de truques comparando semestres não comparáveis, distorcendo os factos, manipulando a realidade.
Num país normal com políticos “normais” teríamos respostas concretas para perguntas concretas. Deixam-se aqui alguns exemplos:
- Qual o valor global do défice do Serviço Nacional de Saúde?
- Qual o valor da dívida do SNS a terceiros?
- Qual o valor da dívida de terceiros (ADSE, Sub-Sistemas e Seguradoras) ao SNS?
- Qual o valor da dívida da ACSS às Unidades que integram o SNS?
- Qual a situação do “Fundo” criado no tempo do ex-secretário de Estado, Francisco Ramos?
- Qual a situação real do SUCH e da recém-criada entidade de Serviços Partilhados que substitui os diferentes ACE’s Somos?
- Qual o balanço real entre médicos reformados e admitidos nas diferentes especialidades e unidades de saúde?
- Qual o resultado efectivo do Decreto-Lei publicado com o objectivo de “recuperar” médicos da aposentação?
- Qual a evolução do número de portugueses sem médico de família entre 2005 e 2010?
- Qual a evolução da despesa com medicamentos (em ambulatório e nos hospitais) ano a ano, entre 2005 e 2010?
- Qual a evolução dos encargos financeiros, entre 2005 e 2010, com empresas de prestação de serviços médicos e com horas extraordinárias?
- Qual a evolução dos encargos contratualizados, entre 2005 e 2010, com o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa?
- Qual a evolução, entre 2005 e 2010, dos resultados operacionais e líquidos de todos os hospitais que integram o SNS?
- Qual o balanço das “medidas de contenção” anunciadas em Maio de 2010?
- Qual o balanço dos encargos financeiros com as medidas relativas à Gripe A, particularmente, com os encargos referentes a medicamentos e vacinas?
- Qual a estimativa do impacto financeiro estimado resultante do acordo de carreiras acordado com os sindicatos médicos e de enfermagem?
- Qual o critério para a imposição de corte transversais em consumos, medicamentos e pessoal sem ter em conta a natureza e a especificidade da prestação das diferentes unidades de saúde?
- Qual o detalhe das medidas para acomodar o corte no orçamento para a saúde de 12,8 % (cerca de 1,3 mil milhões de euros)?
- Qual a posição “definitiva” do governo sobre a dispensa unitária de medicamentos e a prescrição obrigatória por DCI?
A ministra da Saúde não adianta, para já, os motivos da derrapagem financeira de 500 milhões de euros no Orçamento do seu Ministério. Ana Jorge remete explicações para a próxima semana. Questionada pelos jornalistas no Porto, a governante garantiu que vai prestar esclarecimentos na próxima quinta-feira, na Comissão Parlamentar de Saúde.
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Não vale a pena iludir a expectativa quanto ao modo e à substância do que irá ser dito. À semelhança de intervenções anteriores teremos, seguramente, mais do mesmo. Não só “muita parra e pouca uva” como o tradicional desfilar de truques comparando semestres não comparáveis, distorcendo os factos, manipulando a realidade.
Num país normal com políticos “normais” teríamos respostas concretas para perguntas concretas. Deixam-se aqui alguns exemplos:
- Qual o valor global do défice do Serviço Nacional de Saúde?
- Qual o valor da dívida do SNS a terceiros?
- Qual o valor da dívida de terceiros (ADSE, Sub-Sistemas e Seguradoras) ao SNS?
- Qual o valor da dívida da ACSS às Unidades que integram o SNS?
- Qual a situação do “Fundo” criado no tempo do ex-secretário de Estado, Francisco Ramos?
- Qual a situação real do SUCH e da recém-criada entidade de Serviços Partilhados que substitui os diferentes ACE’s Somos?
- Qual o balanço real entre médicos reformados e admitidos nas diferentes especialidades e unidades de saúde?
- Qual o resultado efectivo do Decreto-Lei publicado com o objectivo de “recuperar” médicos da aposentação?
- Qual a evolução do número de portugueses sem médico de família entre 2005 e 2010?
- Qual a evolução da despesa com medicamentos (em ambulatório e nos hospitais) ano a ano, entre 2005 e 2010?
- Qual a evolução dos encargos financeiros, entre 2005 e 2010, com empresas de prestação de serviços médicos e com horas extraordinárias?
- Qual a evolução dos encargos contratualizados, entre 2005 e 2010, com o Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa?
- Qual a evolução, entre 2005 e 2010, dos resultados operacionais e líquidos de todos os hospitais que integram o SNS?
- Qual o balanço das “medidas de contenção” anunciadas em Maio de 2010?
- Qual o balanço dos encargos financeiros com as medidas relativas à Gripe A, particularmente, com os encargos referentes a medicamentos e vacinas?
- Qual a estimativa do impacto financeiro estimado resultante do acordo de carreiras acordado com os sindicatos médicos e de enfermagem?
- Qual o critério para a imposição de corte transversais em consumos, medicamentos e pessoal sem ter em conta a natureza e a especificidade da prestação das diferentes unidades de saúde?
- Qual o detalhe das medidas para acomodar o corte no orçamento para a saúde de 12,8 % (cerca de 1,3 mil milhões de euros)?
- Qual a posição “definitiva” do governo sobre a dispensa unitária de medicamentos e a prescrição obrigatória por DCI?
Zé Esteves
Etiquetas: Ana Jorge, bater no fundo, s.n.s
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