sexta-feira, janeiro 28

A dormir na forma

«O Estado gastou 1,5 mil milhões de euros em comparticipações de medicamentos no ano passado. link
De acordo com os dados publicados hoje pela Autoridade do Medicamento (Infarmed), entre Janeiro e Novembro do ano passado a despesa com remédios vendidos nas farmácias cresceu 8% .» DE 28.01.11

Acontece que o SaudeSA em 17 Dezembro 2010 publicou este post.
link É caso para dizer: "Alguém anda a dormir na forma"!

Nota: "Dados publicados hoje". O "hoje" do DE, aconteceu a 17.12.10.

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5 Comments:

Blogger DrFeelGood said...

A notícia do DE é toda desconchavada. Começa por referir que o crescimento da despesa de 8% em 2010 (7,8, efectivamente)para logo a seguir reconhecer que ainda falta contabilizar o mês de Dezembro que poderá ter influência decisiva no resultado final do ano(Oscar Gaspar foi a Fátima... mas os milagres são cada vez mais difíceis).

Por sua vez, a quota de mercado dos medicamentos genéricos é de 19,07 (valor) e 18,33 (embalagens).

Em relação ao mercado total verificou-se uma redução das vendas de -3,6% (dados de Dezembro).

Estes sim (informação do mercado total e medicamentos genéricos) foram actualizados no site do Infarmed na data referida pela senhora jornalista. link

Não foi actualizada ainda a informação do mercado do SNS (falta dezembro) e do consumo dos hospitais (falta novembro e dezembro).
Portanto, muita água irá correr ainda debaixo das pontes até lá.

1:48 da tarde  
Blogger xavier said...

É muito estranho que o MS ande a protelar (ou não consiga ainda determinar) a divulgação dos dados finais de 2010 da despesa do SNS e dos hospitais com medicamentos.
Está claro que apesar das medidas extraordinárias determinadas pela grave crise que vivemos, mesmo assim, o MS não conseguiu cumprir as metas estabelecidas no início do ano para a despesa com medicamentos.

2:06 da tarde  
Blogger Clara said...

O Serviço Nacional de Saúde poderá ter sido induzido a pagar dez milhões de euros, através de uma fraude detectada pela Central de Conferências de Facturas há cerca de três meses link

JP 28.01.11

Já no ano passado por altura do encerramento das contas da Saúde surgiram casos de burlas que acabaram por dar em nada.
Eu não acredito em bruxas, mas que as há, há!

4:25 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

No site do Infamed em relação despesa do SNS aqui refere a informação de Dezembro. Mas quando clicamos em "mês actual" aqui, aparece-nos apenas a informação do mês de Novembro.

Enfim, o Infarmed também a dar o seu contributo para esta baralhada.
Quem lucra com bagunçada é o MS que de manobra em manobra vai adiando a divulgação dos dados finais sobre a derrapagem das Contas da Saúde versão 2010.

4:45 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Corte nas horas extra «é um roubo»

«O Estado não paga quando deve e a tempo e horas, quando paga é com 10% de desconto», o desabafo, em jeito irónico, é de Carlos Arroz, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que reagiu assim ao corte no pagamento das horas extraordinárias dos médicos. É que tanto clínicos como enfermeiros, ao receberem o vencimento de Janeiro, para além do esperado corte entre 5 e 10% no salário base — resultante das medidas aprovadas no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2011 — depararam-se com a aplicação da mesma redução ao pagamento das horas extraordinárias.
Contudo, estas horas ainda dizem respeito ao ano de 2010, quando as medidas do OGE ainda não se aplicavam. Como explicou ao «Tempo Medicina» Sérgio Esperança, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), o pagamento ainda não tinha sido realizado porque algumas unidades demoram entre dois a seis meses a regularizá-lo. «Não é justo que um trabalho já efectuado não tenha sido efectivamente pago por problemas de secretaria», acrescentou o presidente da Fnam, até porque alguns profissionais já viram saldados os pagamentos das horas realizadas em 2010 sem qualquer corte. «Todas as instituições [ao saber dos cortes previstos no OGE] tinham a obrigação moral e ética de processar esses pagamentos até ao fim de Dezembro do ano passado», declarou Sérgio Esperança, que fala em «má fé» da parte do Governo.
Carlos Arroz também é peremptório: «é um roubo». O dirigente do SIM disse ao nosso Jornal que o sindicato já enviou para os Ministérios das Finanças e da Saúde, assim como para o primeiro-ministro, o pedido de rectificação da situação. Se tal não acontecer, o SIM avançará para os tribunais com a contestação, uma possibilidade também avançada por Sérgio Esperança: «vamos aos tribunais e levamos o caso até às últimas consequências».

Tempo Medicina 31.01.11

10:45 da tarde  

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