O povo é quem mais ordena
Não sei se foi por cobardia ou coragem que o Primeiro-Ministro Grego decidiu referendar o recente plano de emergência e, implicitamente,deixar aos gregos a decisão de permanecer no Euro ou, quem sabe mesmo, na CEE. Fosse qual fosse o motivo da sua decisão, vai ser a democracia que vai ditar o futuro da Grécia e, aqui, os restantes países só têm que respeitar a decisão do povo grego. link
Os bancos e os ditos mercados (onde os bancos estão bem representados), tremem com receio do incumprimento da dívida. A verdade porém é que andam a cobrar juros altíssimos aos países periféricos alegando o risco de incumprimento. Ora, se o fazem porque há risco, não têm de que se queixar se alguns entrarem em incumprimento pois já por isso pagam mais. link
A decisão de Papandreau deixou a Europa (o Mundo) em suspenso mas, fosse essa ou não a sua intenção, lembrou aos senhores do mundo que, quer eles gostem quer não, o Povo é ainda quem mais ordena.
Tavisto
Os bancos e os ditos mercados (onde os bancos estão bem representados), tremem com receio do incumprimento da dívida. A verdade porém é que andam a cobrar juros altíssimos aos países periféricos alegando o risco de incumprimento. Ora, se o fazem porque há risco, não têm de que se queixar se alguns entrarem em incumprimento pois já por isso pagam mais. link
A decisão de Papandreau deixou a Europa (o Mundo) em suspenso mas, fosse essa ou não a sua intenção, lembrou aos senhores do mundo que, quer eles gostem quer não, o Povo é ainda quem mais ordena.
Tavisto
Etiquetas: crise euro, Tá visto
1 Comments:
A proposta de referendo de George Papandreou (parece que até conseguiu surpreender o Governo) é, no meio desta bagunçada da crise da dívida soberana, mais um jogada política.
O referendo deverá funcionar como um travão à rebelião que grassa no interior do PASOK (partido que sustenta o governo grego). E, para além disso, uma medida de coacção para a próxima 6ª. feira, altura em que o Governo enfrenta (mais) uma moção de censura.
Pelo meio Papandreou, em reunião de emergência, demite os chefes dos 3 ramos das Forças Armadas, insinuando para o exterior que poderia estar em curso um golpe de Estado.
Papandreou é uma velha raposa proveniente de uma ancestral "família" política grega.
O que está neste momento em causa não é a ratificação das medidas para a Grécia aprovadas na última Cimeira Europeia que Papandreou se apressou a subrecrever e a elogiar publicamente, mas sim a sobrevivencia do seu governo e, por detrás disso, o espectro de eleições antecipadas.
Eleições que parecem inevitáveis face a uma profunda "dissolução social", que se confunde com uma situação pré-inssurecional, provocada por sucessivos (e duros) pacotes de austeridade e por uma profunda recessão daí resultante. A recessão e a austeridade eclipsam a benesse do perdão de 50%da dívida.
Na verdade, a política é caprichosa.
A Direita (Nova Democracia) que esteve no poder entre 2004 e 2009 - e será a principal responsável dos graves problemas que assolam a Grécia - prepara-se para regressar (em força) à governação e à consolidação do "golpe de Estado financeiro" que impende sobre a Grécia e sobre a Europa (Zona Euro).
De certo modo, repete-se o "ciclo irlandês" ou, se quisermos, o "ciclo português"...
O referendo´será uma manobra de diversão e faz parte da pré campanha eleitoral, mas não é para valer.
A democracia lá (como de resto cá) vive no apertado redil da troika. Hiberna.
A ameaça de referendo aparenta ser mais um fogo fátuo da conturbada política grega dos 2 últimos anos (sobreponível ao início da intervenção externa).
Nada mais!
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