Relatório GTRH (rescaldo da apresentação)
Tenho tentado ler, sem êxito, o relatório do Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar recentemente publicado.
Para já, é de reconhecer, o feito do GTRH de ter conseguido põr meio mundo a opinar sobre o dito sem o haverem lido (?...).
Da nossa parte, vamos tentando segurar a expectativa com a leitura dos títulos dos jornais e um pdf pirata, com grafismo a lembrar os tempos dos gloriosos hospitais SA, que circula na internet. link
Apesar de não ter sido convidado para a singela cerimónia de apresentação, confesso-me surpreendido com as declarações de alguns dos convidados. Cunha Ribeiro, por exemplo, defendeu que “não há alternativas” à proposta de reordenamento da rede hospitalar na capital apresentada pelo grupo técnico.
O que nos leva a concluir que se Cunha Ribeiro mandasse (fosse MS) passava-se de imediato à frente, sem mais discussão (pública).
Maior surpresa, o Ministro da Saúde que admitiu ao JP a intenção de falar com a troika sobre o futuro hospital de Lisboa Oriental . Porque não aproveitar a oportunidade para falar com Poul Thomsen sobre o financiamento das dívidas da saúde.
Paulo Macedo (a tentar ser original) comprometeu-se em não deixar o relatório de JMR na gaveta: “Este não será mais um relatório, mas sim a base para definirmos muito em breve aquilo que será o plano de acção para a política hospitalar”.
Uma nova Unidade de Missão dos Hospitais SA em perspectiva?
Seja como for, «o ministro garantiu que agora vai analisar as propostas “uma a uma” e depois do processo de discussão pública que irá decorrer até ao final do ano, logo se vê.»
Quem não perdeu oportunidade foi Mendes Ribeiro para enaltecer “o maior desafio” que um ministro da Saúde já teve “na nossa história democrática”: O relançamento, contra ventos e marés, do investimento nas PPPs da Saúde.
Preparemo-nos, pois, para a inevitável alteração do hino:
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novas PPPs, que tanto sublimaram.
Nota: Caro José Mendes Ribeiro.
Deu-se ao trabalho de escrever tão extensa epístola.
Não havia necessidade.
O que tem sido escrito no SaudeSA, a propósito do trabalho que lhe foi encomendado, não sai da bitola do que é referido, todos os dias, na imprensa em geral.
Não é nosso hábito levantar falsos testemunhos ou tentar atingir as canelas seja de quem for.
Trabalhamos, como referiu, há muitos anos nos hospitais e, por isso, arriscamos conhecer quem é quem neste denso labirinto. Quem vem por bem. Quem defende o SNS.
No nosso entender: Não é o caso.
Não havia necessidade, portanto.
Para já, é de reconhecer, o feito do GTRH de ter conseguido põr meio mundo a opinar sobre o dito sem o haverem lido (?...).
Da nossa parte, vamos tentando segurar a expectativa com a leitura dos títulos dos jornais e um pdf pirata, com grafismo a lembrar os tempos dos gloriosos hospitais SA, que circula na internet. link
Apesar de não ter sido convidado para a singela cerimónia de apresentação, confesso-me surpreendido com as declarações de alguns dos convidados. Cunha Ribeiro, por exemplo, defendeu que “não há alternativas” à proposta de reordenamento da rede hospitalar na capital apresentada pelo grupo técnico.
O que nos leva a concluir que se Cunha Ribeiro mandasse (fosse MS) passava-se de imediato à frente, sem mais discussão (pública).
Maior surpresa, o Ministro da Saúde que admitiu ao JP a intenção de falar com a troika sobre o futuro hospital de Lisboa Oriental . Porque não aproveitar a oportunidade para falar com Poul Thomsen sobre o financiamento das dívidas da saúde.
Paulo Macedo (a tentar ser original) comprometeu-se em não deixar o relatório de JMR na gaveta: “Este não será mais um relatório, mas sim a base para definirmos muito em breve aquilo que será o plano de acção para a política hospitalar”.
Uma nova Unidade de Missão dos Hospitais SA em perspectiva?
Seja como for, «o ministro garantiu que agora vai analisar as propostas “uma a uma” e depois do processo de discussão pública que irá decorrer até ao final do ano, logo se vê.»
Quem não perdeu oportunidade foi Mendes Ribeiro para enaltecer “o maior desafio” que um ministro da Saúde já teve “na nossa história democrática”: O relançamento, contra ventos e marés, do investimento nas PPPs da Saúde.
Preparemo-nos, pois, para a inevitável alteração do hino:
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novas PPPs, que tanto sublimaram.
Nota: Caro José Mendes Ribeiro.
Deu-se ao trabalho de escrever tão extensa epístola.
Não havia necessidade.
O que tem sido escrito no SaudeSA, a propósito do trabalho que lhe foi encomendado, não sai da bitola do que é referido, todos os dias, na imprensa em geral.
Não é nosso hábito levantar falsos testemunhos ou tentar atingir as canelas seja de quem for.
Trabalhamos, como referiu, há muitos anos nos hospitais e, por isso, arriscamos conhecer quem é quem neste denso labirinto. Quem vem por bem. Quem defende o SNS.
No nosso entender: Não é o caso.
Não havia necessidade, portanto.
Etiquetas: Mendes Ribeiro
2 Comments:
Continuamos a aguardar a publicação do relatório do GTRH.
Será que o impasse se deve ao tempo de leitura do Ministro da Saúde?
A apresentação pública do trabalho do GTRH terá sido um ignis fatuus.
Uma vez esboçadas as as "linhas mestras" surgiu o slideshow (the show begins ...).
Entretanto, existirão ARS's que antecipando-se a uma anunciada discussão pública, já terão iniciado démarches à volta das "mobilidades especiais"... o que não é de espantar já que um dos seus presidentes clamou não existirem alternativas à reforma que permanece no segredo dos deuses.
Até quando vamos andar a brincar ao diálogo sobre ditakts?
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