A Troika é amiga
«Os ministérios das Finanças e da Saúde estão a trabalhar com a ‘troika' numa solução financeira que permitirá injectar 1,6 mil milhões de euros no sistema e que permitirá aos hospitais ganhar nova margem junto dos fornecedores.
Uma das hipóteses poderá passar pela injecção de capital na banca com a garantia do Estado. Assim, será a banca a pagar às farmacêuticas parte da dívida que estas têm junto dos hospitais. A solução permite aos laboratórios receber já parte do dinheiro e continuar a fornecer medicamentos e outro material clínico às instituições de saúde, ainda que tenham de prescindir de uma percentagem que será a margem de lucro da banca. No futuro, serão então os bancos a cobrar estas dívidas junto dos hospitais. » link
Uma das hipóteses poderá passar pela injecção de capital na banca com a garantia do Estado. Assim, será a banca a pagar às farmacêuticas parte da dívida que estas têm junto dos hospitais. A solução permite aos laboratórios receber já parte do dinheiro e continuar a fornecer medicamentos e outro material clínico às instituições de saúde, ainda que tenham de prescindir de uma percentagem que será a margem de lucro da banca. No futuro, serão então os bancos a cobrar estas dívidas junto dos hospitais. » link
A troika empresta, a banca (nacionalizada) paga, o Estado garante, os fornecedores recebem, os hospitais sobrevivem até à degola final.
O que seria de nós sem a Troika!
O que seria de nós sem a Troika!
Etiquetas: Luz ao fundo do túnel, XIX gov
1 Comments:
Bem, não se "limpa" a imagem assim com tanta facilidade.
A solução procurada parece um tanto enviesada. Não se percebe porque as dívidas do MS para com a IF, em nítida situação de relaxe, não integraram (em devido tempo) um orçamento rectificativo.
Por outro lado, o sinuoso percurso em estudo mostra um certo distanciamento orçamental do Estado em relação ao SNS o que abre caminho a todo o tipo de interpretações (e suspeitas).
Finalmente, a intermediação bancária – para além da inexplicável necessidade de dar uma “comissãozinha” à banca – colide com as funções e competências orgânicas da SG e da ACSS, que deviam assegurar as gestão dos recursos financeiros afectos (ou a vir a afectar) ao MS.
Fica, assim, a impressão residual de que o “interesse público” tem motivações que a razão desconhece…
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