quarta-feira, novembro 21

Troika, 6.ª avaliação

"O afundanço" do país é "uma boa notícia" para a 'troika' e para o Governo. "A 'troika' veio avaliar-se a si própria e à sua política. Naturalmente, a avaliação é positiva: mais desemprego, mais recessão, mais miséria no país. Este afundanço em que o país vive é uma boa noticia para a 'troika' e para o ministro das Finanças". A novidade no discurso de Vítor Gaspar diz respeito ao corte de quatro mil milhões de euros na saúde, na educação e nas pensões dos portugueses", onde anunciou que "este corte é apenas o primeiro". O primeiro momento do grande desbaste, da grande destruição dos serviços públicos em Portugal". link 

Outra novidade da 6.ª avaliação foi o chumbo do reforço de 432 milhões de euros para o pagamento de dívidas da saúde. Pondo em causa a estratégia de Paulo Macedo em acabar com as dívidas vencidas.

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3 Comments:

Blogger DrFeelGood said...

Para o Governo e seus parceiros da troika a prioridade do seu programa não é a recuperação da economia e do emprego.
Sexta avaliação da troika ao cumprimento do programa. Pela sexta vez troika e Governo exultam com o sucesso da execução do memorando. É certo que pela sexta vez as perspectivas de crescimento económico, do investimento e do emprego são revistas em baixa, e as do desemprego e do empobrecimento em alta. Mas, felizmente, tudo continua bem.

Bem se pode dizer que vamos de vitória em vitória, até à derrota final. Mas para o Governo e seus parceiros da troika a prioridade do seu programa não é a recuperação da economia e do emprego. As suas prioridades primeiras são a regressão dos direitos do trabalho (a "agilização" do mercado de trabalho nas palavras de Vítor Gaspar), a redução generalizada do nível de vida, a contracção das funções sociais do Estado apenas para os pobrezinhos e excluídos deixando os restantes cidadãos sujeitos à lógica do lucro privado, a privatização ao desbarato de tudo o que é público. Por isso o Governo teima na cegueira e surdez a tudo e a todos.

Podem os chefes de Estado dos países latino-americanos dizer-lhe que este não é o caminho, pois a sua experiência mostra a correcção da ciência económica ao mostrar que a redução rápida e forte do défice público através do aumento da carga fiscal e da redução da despesa pública tem enorme efeito negativo sobre a economia, gera recessão e impede o equilíbrio orçamental sustentável. Ao Governo isso entra por um ouvido e sai pelo outro, porque não é aí que residem as suas preocupações nem os seus objectivos prioritários. Mas são essas as prioridades do País e dos cidadãos.

Esta sexta avaliação comprova que o Governo se mantém fiel à máxima que diz "toda a situação por mais desesperada e sem saída que possa parecer é sempre susceptível de piorar".

Octávio Teixeira link

11:05 da tarde  
Blogger tambemquero said...

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble elogiou hoje, em Berlim, a política de reestruturação que Portugal tem levado a cabo dizendo que o País está no bom caminho e assim deve continuar.
Para Schaüble, "Portugal está a fazer um grande trabalho" e é um "brilhante exemplo" de que a abordagem que a Europa está a tomar é a correta. O número dois de Merkel acredita que "Portugal está no caminho certo" e diz que "não tenho dúvidas de que Portugal vai seguir sempre esta direção." link
Até ao suspiro final.

11:07 da tarde  
Blogger tambemquero said...

O administrador-delegado da Siemens Portugal, Carlos Melo Ribeiro, considerou hoje que Portugal só conseguirá sair da crise através da eliminação de postos de trabalho na Função Pública, apontando para uma redução de 100 a 200 mil trabalhadores.
"É preciso diminuir 100 a 200 mil funcionários públicos", afirmou o responsável durante a sua intervenção na conferência "Crescer, um desígnio nacional", promovida pela Associação Comercial de Lisboa, em parceria com o SOL, na capital portuguesa.
Segundo o responsável, Portugal, dado o seu Produto Interno Bruto (PIB), deveria ter no máximo 400 mil funcionários públicos e, no seu entender, há maneiras de fazer esta redução "sem tragédia".
"A General Electric (GE) tem o mesmo PIB que o pais e funciona com maior produtividade com 360 mil funcionários", ilustrou Melo Ribeiro.
"Metemos 800 mil pessoas do privado no desemprego. Agora, temos que ir ao Estado Social e às pessoas", sublinhou, defendendo que "o desperdício do Estado Social quase que chega para o garantir".
E apontou para a má distribuição dos rendimentos mínimos, defendendo que quem beneficia deste apoio estatal, tal como os beneficiários do subsídio de desemprego, devem fazer trabalho social.
"Tenho a certeza que o PS não quer ir agora para o poder", afirmou, explicando que as reformas que têm que ser feitas não são populares.
"Os nossos políticos não são profissionalmente sérios na governação. Estão a actuar muito mal. Adiam o problema e não envolvem a sociedade portuguesa", disse o administrador.
"Qualquer governo sério tem sempre um conselho empresarial que o aconselha", reforçou.
"Temos tudo o que é preciso para desenvolver este país. Só há uma solução, que é cortar a dívida e o défice público", concluiu.
Lusa/SOL 21.11.12

O processo de liquidação das funções do Estado já começou. Levem 100 mil funcionários para o campo pequeno e fuzilem-nos.

11:12 da tarde  

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