Ministro da Saúde
Assino por baixo
dos comentários ao post "2013, um país em sofrimento". link
Este ministro tem
sido um bom supervisor do programa da troika, o melhor, e saiu-se bem no teste
das remunerações médicas.
Foi menos bem, ou
mesmo mal, ao abrir hospitais em PPP sem diminuir a capacidade, sem falar na trapalhada
lamentável com a MAC, ou quando desvalorizou os dois sectores mais importantes
para o SNS, os cuidados primários e continuados.
Surge como um
gestor cujo alfa e ómega são as finanças e os cortes de despesa, ainda que á
custa de menor acesso ou qualidade dos serviços, vide o maior tempo de espera e
as transplantações. Um centralizador que usa e abusa de cortes sem respeitar os
centros de excelência e os que fizeram trabalho notável em serviços.
Um tacticista que
acumula estudos de redes de hospitais, mas que foge da sua aplicação concreta
como o diabo da cruz.
Um político
condescendente quando dá jeito, como na nomeação de «gestores» de granitos e do
mel e com a manutenção de casos aberrantes de gestão de serviços. Ainda silencioso
perante as incongruências da ADSE e das voltas e reviravoltas que tem havido a
este respeito.
Um negociador que
explora bem as diferenças entre nós e entre a ordem e sindicatos, como se viu
em dois folhetins recentes: No pseudo racionamento de medicamentos e na
coincidência de preocupações com a produtividade dos cirurgiões, no caso do já
chamado «arraial de São João».
Mas agora
precisamos é de um estratega e um campeão do SNS, como disse o Tito Byant. Para
dar força ao SNS e para promover a integração de serviços, entre cuidados
agudos e com os continuados. São necessários melhores resultados e para isso precisamos
de incentivos e gestão nos hospitais e ACES baseada no mérito e experiência na
saúde não em cartões partidários.
Em 2013 vamos assistir
a uma transfiguração ou teremos apenas mais do mesmo, tolerância com
partidarite e amiguismos, zig-zag quando a decisão, ainda que necessária e
urgente, pode chamuscar a imagem do personagem ou do governo?
Prudêncio
Etiquetas: Paulo Macedo
1 Comments:
Ministério reconhece "dificuldades pontuais" dos hospitais
O ministério da Saúde reconheceu esta sexta-feira que os hospitais têm tido "dificuldades pontuais" em cumprir a Lei dos Compromissos, que limita o endividamento, mas rejeita que haja "qualquer incumprimento" como referiu a presidente da Apifarma.
Em entrevista à Lusa, Ana Paula Carvalho, da Associação Portuguesa da Indústria farmacêutica (Apifarma), revelou que os hospitais continuam a contrair dívidas superiores às definidas na Lei dos Compromissos, adiantando que só à indústria farmacêutica devem 1.197 mil milhões de euros, com um prazo médio de pagamentos de 495 dias.
Fonte do ministério da Saúde afirmou à Lusa que o Governo, reconhecendo dificuldades pontuais no cumprimento da Lei, "socorre os hospitais individualmente, caso a caso".
Na entrevista, a responsável da Apifarma revelou que 70% da dívida de 2011 já foi liquidada, mas que esta continua a crescer e em Outubro situava-se nos 1.197 milhões, o que "é insustentável".
Ana Paula Carvalho reconheceu, contudo, o esforço do ministério da Saúde, que, entre Julho e agosto, pagou 532 milhões de euros de dívidas às empresas farmacêuticas e, desde então, tem prosseguido o pagamento.
"Muitas das nossas empresas associadas alargaram os prazos de pagamento dos hospitais, mas apesar disso a dívida continua a subir", acrescentou.
Este alargamento dos prazos de pagamento, que a Lei dos Compromissos visa evitar, é possível por se tratar de "decisões individuais de cada uma das empresas farmacêuticas", esclareceu Ana Paula Carvalho.
Em Outubro, o prazo médio de pagamento dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde a empresas farmacêuticas era de 495 dias.
Para Ana Paula Carvalho, "o ideal é que a dívida esteja paga até ao final de 2012".
CM 21.12.12
Antes fossem...
As dificuldades dos hospitais são sérias e muito graves.
O Ministro da Saúde vai tentando convencer-nos que a Saúde vai continuar a ser descriminada positivamente (menos cortes a eito, entenda-se) e o SNS universal e tendencialmente gratuito. link
É como tentar justificar a descida abrupta do movimento das urgências com a melhoria do atendimento dos CSP, quando sabemos que esta rede realizou menos um milhão de consultas no corrente ano.
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