terça-feira, maio 14

Assim vai a Saúde

1. - Portugal exportador de mão de obra especializada 
Mais de 40 dos 70 enfermeiros que o hospital britânico Queen Elizabeth, em King's Lynn, quer contratar serão portugueses. Vão juntar-se aos 38 portugueses que já trabalham naquela instituição. E há outro hospital Queen Elizabeth, desta vez em Birmingham, que também quer recrutar em Portugal. A emigração de enfermeiros continua a crescer. JN 13.05.13 link 

2. A interminável saga da sustentabilidade dos hospitais portugueses.
Apesar do "buraco" nos hospitais estar a diminuir face a 2011 e os resultados terem melhorado 27%, os hospitais fecharam 2012 com resultados negativos de 300 milhões de euros. O "Diário Económico" escreve hoje que "os hospitais nacionais (EPE) do Serviço Nacional de Saúde fecharam o ano de 2012 com resultados negativos de 300 milhões de euros. De um total de 32 hospitais e centros hospitalares, apenas cinco apresentaram resultados positivos. Ainda assim, o "buraco" nos hospitais está a diminuir: face a 2011 e os resultados melhoraram 27%. Os dados constam do Relatório Preliminar de Benchmarking dos hospitais EPE, da Administração Central do Sistema de Saúde. O Benchmarking dos hospitais - exigido no memorando da troika - faz uma radiografia aos indicadores financeiros, económicos, de produtividade e de acesso de todos os hospitais e centros hospitalares do país". 
DE 13.05.13 

Mais uma peça de propaganda aprimorada a anteceder o anunciado pacote de medidas avulsas a aplicar à rede de hospitais do SNS.

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2 Comments:

Blogger Tavisto said...

Hoje exportamos profissionais amanhã exportaremos doentes. A este propósito recomenda-se a leitura do artigo de PKM “Turismo e saúde: uma nova esperança?” no Público de ontem, sobre as consequências da medicina transfronteiriça. Não tanto pelas soluções, política de competição público/privado, mas pelas consequências da má política hospitalar seguida pelos últimos governos.
A não separação das águas, o proliferar de hospitais privados com partilha de profissionais entre sectores, a falta de politicas de incentivos que promovam boas práticas, a ausência da prática de “benchemarking” com consequências, são, entre outros, causas do nosso atraso e factores de vulnerabilidade.
Prevejo, como resultado, não termos no futuro nem boa medicina hospitalar pública nem privada. A posição dos que vêm na livre circulação de doentes no espaço europeu uma oportunidade, parece-me ser mais um lirismo nacional. Receio bem que a “troca” tenha apenas um sentido

9:28 da manhã  
Blogger DrFeelGood said...

A análise do Diário Económico aos seis maiores centros hospitalares (Lisboa Central, Ocidental, Lisboa Norte, São João, CH Porto e CH Universitário de Coimbra) permite concluir que o Lisboa Ocidental, que integra os hospitais São Francisco Xavier e Egas Moniz, é o mais eficiente no custo por doente padrão: gasta 3.028 euros por doente. Já o C.H. Lisboa Norte (Sta. Maria e Pulido Valente) é o mais gastador (3.531 euros).
São Francisco e Egaz Moniz são também os hospitais onde o rácio de custos com pessoal por doente é mais baixo (1.365 euros), por oposição ao C.H. Lisboa Central que para o mesmo indicador gasta 1.593 euros.
As horas extraordinárias e suplementos representam no C.H. de S. João (Porto) 14,27% do total das despesas com pessoal. Já no C.H. Lisboa Central (S. José, Estefânea e Curry Cabral) pesam 17,5%. Mas é no S. João que a produtividade dos médicos é menor.
Olhando para a despesa com medicamentos, o Sta. Maria é aquele que mais gasta (1.130 euros por doente). São Francisco e Egas Moniz são os mais poupados (800 euros), mas ao mesmo tempo são os que mostram maior despesa com materiais clínicos.
É no S. João e nos hospitais do grupo Lisboa Central que a percentagem de consultas e cirurgias realizadas em tempo adequado é maior.
Com esta análise, o Ministério da Saúde quer explicar as diferenças de desempenho económico-financeiro entre os hospitais e avaliar o potencial de melhoria. O relatório, cuja versão final deverá ser divulgada nos próximos dias, serve para “orientar e apoiar” os hospitais na elaboração dos seus planos estratégicos. Estes planos têm como objectivo traçar a estratégia para que os hospitais alcançem resultados equilibrados até 2015. Para isso, será preciso poupar até 404 milhões de euros até lá. Só os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo são responsáveis por quase metade dessa poupança.

JP 13.05.13

O Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, que integra os hospitais São Francisco Xavier e Egas Moniz, é o mais eficiente no custo por doente padrão.

Mais um acontecimento paranormal do 13 de Maio na cova da iria.
Andam a reinar connosco.


11:41 da tarde  

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