Mais papista que o papa ...
O administrador do Hospital de São João, no Porto, diz que a
queixa dos enfermeiros só pode surgir «por ignorância ou má fé» e lembra que o
hospital já reutiliza dispositivos médicos de uso único. link
De acordo com António Ferreira, o Hospital de São João, no
Porto, já envia os dispositivos para reprocessamento para uma fábrica alemã,
tendo o acordo e apoio de médicos e enfermeiros.
Em declarações à TSF, o administrador do Hospital de São
João sublinha que o reaproveitamento de dispositivos cirúrgicos de uso único
tem elevada segurança para doentes e profissionais de saúde e diz que se trata
de uma prática corrente em países desenvolvidos.
António Ferreira fica, por isso, surpreendido com a queixa
da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações (AESOP).
«Só por profundíssima ignorância ou má fé, não vejo outra
fundamentação para se ter uma posição contra um despacho que regulamenta esta actividade e que garante desta forma que não se anda a fazer esterilização de
dispositivos em vãos de escada», defende.
António Ferreira diz que quem se recusar a utilizar este
tipo de materiais por ordem da administração «fica sujeito a procedimentos
disciplinares ou criminais».
O administrador considera que não há motivos para recusar
esta prática, uma vez que o processo de esterilização obedece a normas
europeias rigorosas.
O Despacho n.º 7021/2013 do Ministério da Saúde, foi
publicado em Diário da República no dia 30 de maio. link
Segundo pode ler-se no despacho, assinado pelo secretário de Estado da Saúde,
«a decisão sobre a utilização de dispositivos médicos de uso único
reprocessados deve avaliar o custo-efectividade dessa prática, quando realizada
em condições adequadas de qualidade e segurança, bem como ter em conta os
custos diretos e indiretos e o seu impacto ambiental»
TSF 08.06.13
Etiquetas: s.n.s
1 Comments:
As dificuldades de instalar meios técnicos para verificar perfis de biocompatibilidade e condições de segurança na reutilização de dispositivos médicos de 'single use' são enormes considerando as estruturas existentes no SNS e sem que se vislumbre qualquer esforço de investimento.
Resta-nos, portanto, esperar que a projectada poupança de 45 M€ não redunde no pagamento do dobro à Vanguard AG (europäischer Marktführer in der Aufbereitung von Medizinprodukten ), numa 'espécie' revista e actualizada de uma nova PPP...
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