terça-feira, setembro 24

Consultas feitas à pressa


No período Jan-jul 2013, manteve-se o crescimento do número de consultas médicas hospitalares (+212.141 consultas). Por sua vez, os CSP registam  -229.516  consultas médicas em relação a igual período do ano anterior.
 Monitorização mensal da atividade assistencial,  julho 2013 link
Acréscimo das consultas hospitalares «não é verdadeiro»
«Os dados referentes à produção dos hospitais no período abrangido pelo Relatório de Primavera 2013, compilados pela Administração Central do Sistema de Saúde, mostram um crescimento na área da consulta externa. Uma «performance» que tem sido valorizada pelo Ministério da Saúde e que o grupo parlamentar do PSD voltou a destacar durante a audição do OPSS.
«O aumento das consultas nos hospitais não é verdadeiro; é induzido por uma alteração no financiamento» dos cuidados secundários, afirmou Ana Escoval no Parlamento, rebatendo assim a leitura oficial de que se trata de uma evolução «real».
Segundo recordou a mesma representante do observatório, os hospitais de dia eram «antigamente» financiados à parte. Uma situação que, entretanto, sofreu mudanças.
«Que fizeram as instituições? Uma vez que já não podem contabilizar como hospital de dia a cedência, por exemplo, de determinados medicamentos –nos casos em que só há cedência de fármacos-, transformaram isso em consulta», explicou, sustentando a afirmação de que a subida registada não corresponde à realidade.»
Tempo de Medicina, 24.09.13

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1 Comments:

Blogger DrFeelGood said...

Cinco anos depois de ter entrado em vigor, o sistema que estipulou prazos máximos de espera para consultas em centros de saúde e hospitais continua a funcionar com muitos problemas e deficiências. Cerca de 62% dos hospitais inquiridos pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), no âmbito de uma monitorização do sistema de consulta a tempo e horas (CTH) que estabelece os chamados "tempos máximos de resposta garantida" (TMRG), relataram a existência de problemas informáticos e 60% alegaram ter falta de recursos humanos, sobretudo de médicos, para fazer face à procura.

A ERS detectou ainda um elevado nível de incumprimento do envio de reclamações apresentadas pelos utentes e constatou que 71% dos 21 centros de saúde e 22 hospitais fiscalizados não afixaram a informação sobre os direitos dos utentes. Além disso, entre os que o fizeram, 42% não a colocaram “em local bem visível” para o público, refere a reguladora, num relatório divulgado terça-feira.

No ano passado, a ERS tinha já alertado para a existência de múltiplas debilidades no sistema e emitiu na altura várias recomendações aos centros de saúde, hospitais, administrações regionais de saúde e Administração Central do Sistema de Saúde, tendo sido solicitado a esta última entidade que concretizasse as diligências necessárias ao cumprimento cabal da legislação, até ao final de 2012.

Criado em 2008, o sistema consulta a tempo e horas estabeleceu prazos máximos para o atendimento dos doentes no Serviço Nacional de Saúde (30 dias para consultas consideradas muito prioritárias, 60 dias para prioritárias e 150 dias para não prioritárias).

Em 2012, realizaram-se 937.831 consultas referenciadas pelo médico de família através do CTH, um aumento de 15% face a 2011, e o tempo médio de resposta foi de 109,8 dias, segundo adiantou em Março a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), quando uma portaria veio alterar algumas das regras iniciais, criando a figura da falta injustificada para os utentes que não aparecem nas consultas.

No último balanço da actividade assistencial recentemente divulgado, o Ministério da Saúde adiantou que cerca de 70% das consultas se realizaram dentro dos TMRG, percentagem idêntica à verificada em 2011.
JP 25.09.13 link

9:48 da tarde  

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