sexta-feira, abril 18

Portaria 82/2014 e as eleições

Perante o justificado alarmismo nacional, o ministério da saúde foi informando ao longo da semana pela comunicação social que nem maternidades nem centros de cirurgia cardíaca são para encerrar. Ou seja, que a portaria nº 82/2014 link não é para levar a sério que, segundo palavras do Presidente da Câmara de Gaia o governo (Poiares Maduro por certo), lhe teria garantido que a portaria ia ser revogada.
Parece pois que tudo foi um equívoco que, para mostrar serviço junto da troika cortando mais uns milhões de euros de forma cega à despesa, se fez em cima dos joelhos uma qualquer porcaria que se etiquetou de portaria.
Ou, mais provável, que em tempo de eleições não é o momento mais adequado para credibilizar uma portaria que comporta tanta porcaria. Que melhores tempos virão para afinal encontrar nela virtudes que dispensam revogação ou, como alguém dizia, que até no lixo se encontram coisas boas.
Por falar em eleições. Será desta que nos livramos de tanta ….......!


Tavisto

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1 Comments:

Blogger DrFeelGood said...

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusou esta terça-feira o Ministério da Saúde de querer encerrar serviços hospitalares de forma arbitrária e de forçar os profissionais de saúde à mobilidade através de uma portaria sobre a classificação dos serviços.

Em comunicado, a FNAM acusa o Governo e "o seu ministro da Saúde" de desencadearem "o mais violento ataque para destruir o Serviço Nacional de Saúde", ao publicarem uma portaria que visa "proceder ao integral desmantelamento de toda a rede hospitalar pública". Esta organização refere-se ao polémico diploma que classifica os serviços, fazendo com que alguns hospitais percam especialidades. "Os objectivos fundamentais desta portaria são o encerramento arbitrário de serviços hospitalares, alguns deles de elevadíssima qualidade assistencial e dotados de sofisticada tecnologia, colocar os vários sectores de profissionais de saúde em mobilidade forçada, o despedimento de milhares de profissionais de saúde e a diminuição acentuada da capacidade de formação de novos profissionais", prossegue o comunicado.

A FNAM considera ainda que a medida vai levar ao encerramento da maioria das maternidades do país e conduzir a uma "diminuição acentuada da capacidade de resposta global do Serviço Nacional de Saúde". Segundo os sindicalistas, serão criadas "condições incontornáveis para uma rápida expansão das entidades privadas, à custa dos subsistemas de saúde". O facto de o Hospital de Santa Cruz perder valências como a cirurgia cardiotorácica torna "mais do que evidente que o Ministério da Saúde está a preparar, de facto, o encerramento" da instituição.

Na interpretação da federação sindical, a portaria irá levar a que "grande parte das maternidades" sejam encerradas, apesar de o ministro da Saúde, Paulo Macedo, já ter afirmado o contrário. "As várias declarações já emitidas pelo Ministério da Saúde negando o encerramento de qualquer maternidade ou qualquer redução de serviços é uma atitude lamentável e revela uma chocante falta de seriedade política", acrescenta a FNAM, que considera que a aplicação da portaria vai impossibilitar "muitos milhares de cidadãos" de "aceder aos serviços de saúde". Os sindicalistas apelam a todos os médicos e aos cidadãos, para se oporem a estas “novas e brutais medidas".
JP 22.04.14

10:45 da tarde  

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