Governação protofascista
Vários factos apontam para que esta governação possa ser
considerada como protofascista. Sei que a adjectivação é forte mas que dizer de
um governo que utiliza com tanto despudor:
- A propaganda: caso recente do episódio das reformas e da
tentativa de manipulação jornalística, e da anunciada baixa da criminalidade
quanto todo o cidadão sente o contrário.
- O desprezo pela concertação social: subtraindo-se à
arbitragem ao impor-se à vontade de sindicatos e patrões, recusando aumentar o
salário mínimo e equiparando indemnizações por despedimento lícito e ilícito.
- A discriminação social: tratando de forma diferente do
ponto de vista fiscal trabalhadores públicos/pensionistas dos privados. Para já
não falar da parcimónia com que trata os rendimentos do capital contrastando
com a inclemência com que taxa os rendimentos do trabalho.
- A subalternização de outros órgãos de soberania:
pressionando o Tribunal Constitucional a fazer vista grossa das
inconstitucionalidades legislativas.
- A sobranceria política: menorizando opiniões contrárias
como sucedeu com o manifesto dos 70, passando mesmo por cima da evidência da
maioria dos assinantes ser da mesma área política.
- A manipulação ideológica: propondo, em nome de um pretenso
interesse nacional, a refundação de uma união nacional que englobasse os ditos
partidos da governação.
- O desprezo pela Nação: colocando os interesses do Estado
acima do interesse geral, aceitando acriticamente os ditames dos credores, indo
mesmo além das suas exigências.
É por isso que, quando Luís Montenegro link
diz não ser verdade que venham aí mais cortes de salários e pensões, pedindo aos agentes políticos para "jogarem limpo" no debate partidário, nos
interrogamos:
- Neste jogo político inquinado, que autoridade têm
flibusteiros da política em pedir seriedade e reclamar da palavra dada?
Tavisto
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