Paulo Macedo eleiçoeiro
«Ordem dos Médicos (OM) e sindicatos estão juntos contra o
alargamento temporário e voluntário das listas de utentes até ao máximo de 2500
utentes por parte dos médicos de família das zonas carenciadas. link
A proposta do Governo contempla a compensação de mais 741
euros por mês, constando o valor do projeto de diploma que está, neste momento,
em consulta pública e que o Executivo pretende levar a Conselho de Ministros
ainda este mês.
Para o bastonário da OM, mais 600 doentes por cada médico é
uma medida «eleitoralista» e demagógica, considerando José Manuel Silva que
«não chegarão aos dedos de uma mão» os clínicos que possam aceitar. O
responsável acusa ainda a tutela de querer em vésperas de eleições «mistificar
a promessa que fez no mandato» de atribuir um médico de família a cada
português. »
Tempo Medicina
«Os médicos de família das zonas carenciadas que aceitem
aumentar as suas listas de 1900 para 2500 utentes vão poder receber até mais
741 euros brutos para compensar o acréscimo, voltou a anunciar o Ministério da
Saúde, que pôs em consulta pública um projecto de diploma neste sentido, a
apenas dois meses das eleições. Tanto a Associação Portuguesa de Medicina Geral
e Familiar (APMGF) como os os dois sindicatos médicos consideram que esta é uma
“proposta eleitoralista” que não será exequível, prevendo mesmo que poucos ou
nenhuns profissionais venham a aderir. A Ordem dos Médicos também critica.
Mesmo assim, o Governo decidiu avançar com esta proposta,
que já tinha, aliás, sido anunciada em Abril. A medida do aumento das listas em
troca de um incentivo consta de um projecto de diploma que está em consulta
pública e que o Governo quer levar a Conselho de Ministros ainda durante o mês
de Agosto, explica esta quinta-feira o Jornal de Notícias.
A proposta não passa de uma “utopia”, diz o presidente da
APMGF, Rui Nogueira, que alerta que, mesmo com o actual número de doentes, as
condições de trabalho já são difíceis. “Não é sequer desejável que os médicos
de família aceitem um aumento de listas. Não é possível dar consultas reais”,
assegura Rui Nogueira, que lamenta que o Ministério da Saúde “queira fazer
antes das eleições o que não fez em quatro anos”.
Os responsáveis dos dois sindicatos médicos contestam
igualmente esta medida e defendem que é “impossível” de concretizar na prática”
e prevêem que “não terá qualquer adesão”. É uma medida “eleiçoeira”, classifica
Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos (SIM). “O total de 1900
utentes é a linha vermelha, o limite dos limites. É altamente desaconselhável
fazer mais do que isto, é mau para os utentes, é posta em causa a qualidade”,
enfatiza.
“É impossível que um médico de família se responsabilize por
2500 utentes”, reforça, por sua vez, Merlinde Madureira, da Federação Nacional
dos Médicos (FNAM). Este foi, aliás, um dos pontos em que o Governo não
conseguiu a concordância dos sindicatos nas negociações que culminaram no
último acordo, assinado em Julho passado. Com esta medida, "é possível que
os doentes vejam o médico, mas o médico não vai ver os doentes”, ironiza a
dirigente sindical.»
JP 06.08.15 link
Paulo Macedo, não para de nos surpreender. Depois de quatro
anos a encanar a perna à rã e reformas que não saíram da gaveta, eis que temos
o privilégio de ver o verdadeiro Macedo
em todo o seu esplendor. Um verdadeiro mestre de politica eleiçoeira. A
torrente de medidas dos últimos meses, dirigidas a todas as áreas da Saúde, ameaça mesmo atascar a publicação do Diário da República-
Esta do alargamento temporário e voluntário
das listas de utentes até ao máximo de 2500 utentes constitui mais um golpe eleiçoeiro de génio. Temporário (até às eleições), voluntário (741 euros, é dinheiro
para quem ganha 1.800 euritos mensais). Que os médicos aliciados, passem a fazer
35 a
40 consultas por dia são peanuts para o senhor ministro. Ou pirates … segundo esse outro grande mago da comunicação.
Etiquetas: Paulo Macedo
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