sábado, julho 18

Paulo Macedo, estranha política

Alemanha interessada em enfermeiros e paramédicos portugueses
Ministro da Saúde está na Alemanha e já disse que vai fazer chegar pedido dos alemães às universidades portuguesas.
O estado alemão de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, no norte, mostrou interesse nos recursos humanos portugueses ligados à saúde, nomeadamente enfermeiros e paramédicos, revelou o ministro da Saúde, Paulo Macedo.
O governante, que está presente na Alemanha até quinta-feira e que hoje representa Portugal - país convidado - na conferência sobre economia da saúde em Rostock, desvendou esta pretensão do ministro-presidente daquele estado, Erwin Sellering, na conferência de imprensa para apresentação de uma parceria que vai hoje ser assinada entre as partes.
"Houve essas solicitações quanto aos nossos recursos humanos, que são reconhecidos internacionalmente", disse Paulo Macedo, assumindo ir agora fazer chegar esse pedido dos alemães às universidades portuguesas, mas recordando igualmente que tudo "depende da vontade das pessoas" e que o "Governo não deve intervir" mais do que isso.
Portugal e a CentroPT Health Alliance, estrutura suportada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, que engloba hospitais, universidades, parques tecnológicos, Administração Regional de Saúde, Turismo do Centro, Ageing @Coimbra e várias empresas celebra hoje uma parceria de cooperação com a rede de saúde alemã Biocon Valley, entidade com mais de 160 parceiros e que está localizada em Rostock e ainda em Greifswald.
Paulo Macedo disse também na mesma conferência de imprensa que esta parceria é uma oportunidade para demonstrar aquilo que o país tem feito, nomeadamente os produtos que as 15 empresas presentes na conferência têm criado, sobretudo na região Centro.
O ministro disse ainda que quer proveitar esta parceria para estudar eventuais hipóteses de fornecimento de dispositivos médicos e medicamentos.
Lusa 15/07/2015
Milhares de enfermeiros em fuga do país
Quando Maria anunciou em casa que ia trabalhar para um hospital no Reino Unido, Elisa perdeu o chão. Tudo o que sempre temeu desde que a filha decidiu ser enfermeira estava ali, prestes a acontecer.
Maria Castro, 23 anos, e um grupo de colegas recém-licenciados voaram na madrugada de ontem para Ipswich, a 150 quilómetros de Londres. São mais 15 que recusam ficar num país que lhes paga cinco euros à hora.
Nos últimos seis anos e meio, 12 853 profissionais solicitaram à Ordem dos Enfermeiros (OE) a Declaração das Diretivas Comunitárias que lhes permite exercer no estrangeiro. Metade dos pedidos (6442) foram feitos na região Norte, segundo dados cedidos ao JN. O pico da debandada foi em 2013, ano em que a OE recebeu 2962 pedidos de todo o país, incluindo ilhas. Em 2014, foram 2873 e, este ano, até 31 de maio, 841 enfermeiros já mostraram a intenção de emigrar.
INÊS SCHRECK, JN 17/07/2015 

Estranha parceria esta. Vamos trocar recursos humanos por bens materiais! Em boa verdade é o que se tem feito nos últimos anos. Sai mão-de-obra qualificada e entram “Mercedes e BMW”. Não admira pois que, dados das Nações Unidas, Portugal tenha sido o 5º país do mundo que mais população perdeu no ano passado. Se é este estado de coisas que Paulo Macedo foi promover melhor fora que nos poupasse os custos da deslocação de tão numerosa comitiva. É que os profissionais de saúde não precisam de aconselhamento para partir, bastam as más condições de trabalho como se pode ver em notícia de hoje do JN.
Tavisto

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