domingo, junho 10

10 junho 2018

Marcelo a banhos nos Açores. link  Quando não há tragédias a visitar, o PR trata do programa para se mostrar. 
António Costa, prefere demonstrar confiança nos acordos do OE 2019. link 
Adalberto Campos Fernandes, à deriva, acossado por greves, sem discurso nem chama (um palrador sem pio é o cúmulo da tragédia). 
SNS, as habituais notícias sobre as dificuldades crescentes: “Mais de um ano de espera por primeira consulta em pelo menos 20 hospitais”. link 
Neste deserto de lugares comuns e cumprimento de protocolo  damos a palavra a quem tem ainda alguma coisa para nos dizer. 
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O que achou quando ouviu o ministro das Finanças dizer que provavelmente há “má gestão” na Saúde? 
São afirmações ligeiras. Falar em má gestão é uma banalidade. O principal problema da gestão é não haver gestão nenhuma. Está toda centralizada no ministério das Finanças e no da Saúde. Um hospital ou um centro de Saúde não gere nada. Recentemente perguntaram-me se a Oncologia Pediátrica do Hospital de São João não devia ser uma prioridade. Claro que sim, mas não se pode resolver o problema localmente. Quando se corta cegamente, por imperativo da Troika ou outro, há que centralizar. Mas agora, no momento em que estamos a repor, não pode ser assim. Num serviço tão complexo e sensível como o SNS, a gestão tem de ser feita perto das pessoas e isso desapareceu. A menos que fosse à excessiva centralização que o ministro da Finanças se referia quando falou em má gestão. Se não era isso, foi apenas ruído. 
O ministro da Saúde já disse que a reposição dos recursos do SNS ao nível anterior à crise é coisa para duas legislaturas. 
A questão não é essa. Devido aos cortes todos que houve, concordo que a reposição irá durar mais de uma legislatura. Mas não se deve fazê-la sem transformação. Ou então iremos repor o mesmo sistema disfuncional. Não queremos mais médicos ou mais enfermeiros para o sistema tal como ele era em 2010. Precisamos é de uma estratégia orçamental a pensar no sistema que devemos ter em 2020 ou 2025. 
Entrevista de Constantino Sakellarides, Visão 27.05.18 link

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