sábado, março 30

Marcelo a enredar

Ministra da Saúde remete negociação sobre a Lei de Bases para o Parlamento Marta Temido diz que "o Governo entregou a sua proposta de Lei de Bases à Assembleia da República" em dezembro, apontando que agora cabe aos Grupos Parlamentares fazer o seu trabalho. 
A ministra da Saúde, Marta Temido, disse este sábado, no Porto, que “o Governo entregou a sua proposta de Lei de Bases à Assembleia da República” em dezembro, apontando que agora cabe aos Grupos Parlamentares fazer o seu trabalho. Minutos depois do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter considerado este “não é o momento ideal” para discutir a Lei de Bases da Saúde, referindo que seria preferível que esta fosse discutida em “princípio de legislatura”, Marta Temido falava aos jornalistas à margem da conferência “O Sistema de Saúde para o Cidadão” onde ambos se encontraram e em que o chefe de Estado disse preferir “retas a atalhos e encruzilhadas”. 
“Não sendo eu bom a matemática – parei a matemática no sétimo ano do liceu – aprendi que o caminho mais próximo entre dois pontos é uma reta, exceto na política. Na política por vezes, surpreendentemente, o caminho mais direto entre dois pontos é um caminho sinusoidal, cheio de altos e baixos, avanços e recuos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa. 
Convidada a comentar esta frase e as observações do Presidente da República, Marta Temido sublinhou que a discussão está agora no âmbito da Assembleia da República. “O Governo entregou a sua proposta de Lei de Bases à Assembleia da República em dezembro e que, neste momento, o trabalho que se faz é um trabalho que envolve os grupos parlamentares, que envolve a Assembleia da República e que tenho a certeza que é um trabalho que vai sobretudo responder à preocupação central desta conferência: o cidadão, os portugueses”, disse a ministra à margem do evento. 
Observador 23/03/2019 
 Não, senhor Presidente. O que o cidadão comum espera é que as coisas em Saúde se clarifiquem, libertando-a de caminhos sinusoidais, cheio de altos e baixos, avanços e recuos, que tolhem no dia-a-dia o acesso aos cuidados de saúde. E essa clarificação urge, não podendo continuar a ser atirada para as calendas como pretendem os que preferem o enredo dos labirintos à transparência das retas. 
Tavisto

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