segunda-feira, setembro 9

Saúde, melhor financiamento

«Em 2018, a despesa corrente em saúde aumentou 5,1% Em 2018, a despesa corrente em saúde acelerou, passando de um aumento nominal de 3,6% em 2017 para 5,1%. O crescimento da despesa corrente em 2018 foi superior à variação nominal do PIB (3,6%). Os resultados preliminares revelam aumentos mais significativos da despesa corrente pública (5,3%) e privada (4,6%), após o crescimento de 3,6% das duas componentes em 2017.» 
 «Em 2017, a despesa corrente em saúde aumentou 3,6%, menos 0,9 pontos percentuais (p.p.) do que no ano anterior (4,5%), totalizando 17.456,5 milhões de euros. Este valor correspondeu a 9,0% do Produto Interno Bruto (PIB) e a 1.694,8 euros per capita. Para 2018 estima-se uma despesa corrente de 18.345,1 milhões de euros (9,1% do PIB, equivalente a 1.784,8 euros per capita), refletindo o crescimento mais elevado desde 2008 (5,1%).» 
INE, Conta Satélite da Saúde 2016 – 2018 link 
De acordo com o quadro acima, em 2018, a despesa per capita em saude atingiu 1.784,8 euros bem abaixo da média dos países da OCDE. link 
Quando, ao que parece, todos os partidos reclamam mais e melhor financiamento, importa conhecer com rigor o contexto económico e financiamento da saúde, nomedamente a riqueza produzida: em média, cada português (PIB, per capita, em Euros PPP, 2017) produz 22.999 , Alemanha 36.900, Dinamarca 37.496 e Holanda 38.304. 
Importa, pois, dirigir criteriosamente o financiamento da saúde, essencialmente, para “alavancar as transformações necessárias”: «Em Portugal, os principais agentes da saúde esgotam a sua intervenção na busca de mais recursos para as suas circunscrições. Mais e melhores recursos são, de facto, necessários. Não para alimentar e fortalecer as disfunções atuais, mas para alavancarem as transformações necessá-rias. Esta não é uma questão exclusivamente portuguesa: “… giving priority to sustainability ahead of transformation is unhelpful when transformation holds the key to the long- -term sustainability of the NHS.”. 9 A importância destas transformações – resposta às pessoas com morbilidade múltipla, integração de cuidados, investimento real no conhecimento das pessoas para melhor proteger e promover a sua saúde, saúde publica local em todas as suas dimensões – estão bem inscritas na realidade concreta da saúde das nossas comunidades. Se as quisermos ler, faremos um discurso da saúde que pode fazer a diferença.» 
Sakellarides “Saúde na Europa e em Portugal – Considerações a Propósito do Relatório ‘Health at a Glance: Europe 2018” link
Nota: Recuperar o que a troika deitou abaixo vai levar anos: Plano de Investimentos dos hospitais num total : 90.637.254,15 euros link

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