sábado, abril 30

Turismo Médico


Grupo de formandos médicos nas Bahamas.
A Ordem dos Médicos decidiu proibir o patrocínio dos congressos médicos em que “os palestrantes e assistentes sejam maioritariamente portugueses e tenham lugar fora do país”.
Daqui para o futuro as ausências do pessoal médico para assistir a estes congressos deixa de ser justificável ao abrigo das comissões extraordinárias de serviço destinadas a acções de formação.
Aqui está uma medida injusta que nos vai custar o primeiro lugar no ranking mundial do maior número de médicos a viajar anualmente para os congressos no estrangeiro. Vai ser também um tremendo choque para as agências de viagens devido à queda certa dos negócios.
Consta que o Dr. Pedro Nunes não gosta de andar de avião e é um ferveroso admirador do movimento "As mães de Bragança".

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Há ocasiões em que dá vontade ser médico!

Bem, agora seriamente. Até que ponto esses "congressos e seminários" não são um custo que se tem de pagar para que haja a transmissão de informação sobre novos produtos aos médicos (que não será facultada nesses locais, obviamente), mas que faz parte de um "pacote" global de actividade das companhias farmacêuticas.

Ou seja, há ou não um benefício para o sistema da actuação da propaganda médica?

Em caso afirmativo, é esse benefício superior aos custos da existência destes congressos, no que eles possam ter de ausência de profissionais do local de trabalho e eventual alteração das suas decisões quanto ao consumo de produtos?

Ou será possível, realmente, obter os mesmos benefícios com menores custos? em que condições?

Calculo que hajam respostas de que deverá ser o sector público a fazê-lo. Ora, embora concordando que a informação é um bem público e como deverá ser difundido de forma ampla, e provavelmente com intervenção pública, como se obterão os fundos que o sector privado actualmente canaliza para esses fins?

9:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Centenas de médicos beneficiaram de créditos abertos em agências de viagens abertos pela Bayer. Esta é uma das conclusões da da Inspecção-Geral de Saúde (IGS), num relatório que fez a avaliação do relacionamento da Indústria com os médicos do Serviço Nacional de Saúde.
O relatório, indica que a IGS detectou a existência de uma relação clara entre os médicos patrocinados com viagens e os níveis de prescrição dos medicamentos de determinados laboratórios. Fica a saber-se também que os delegados de informação médica conseguiam saber exactamente quais os nomes dos clínicos que mais prescreviam e que medicamentos mais constavam das receitas que passavam. Segundo o relatório, um dos laboratórios possuía uma lista de cerca de dez mil médicos em que os nomes estavam divididos em várias categorias em função do grau de prescrição.
Jornal de Notícias

1:34 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Relativamente ao primeiro comentário vem a propósito o texto dum "post" do SaudeSA:

“The power of drug companies to buy influence over every key group in health care—doctors, charities, patient groups, journalists, politicians—has clearly shocked a UK parliamentary committee (p 855). It should shock us all. Can we console ourselves that companies' lavish spending on research and marketing, which far outstrips spending on independent research and drug information, leads to truly innovative treatments? No, says the committee's report. Can we rely on regulatory bodies to keep the industry in check? No, again. “

1:40 da manhã  

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