Derrapagem das Contas SA ?
Segundo o Jornal de Negócios n.º 614 (19.10.05) os Contratos Programa de 2005 ainda não foram assinados.
"Esta foi a justificação dada pelo ministro da saúde, António Correia de Campos, para não divulgar os dados relativos aos proveitos /receitas) do 1.º semestre do corrente ano.
Confrontado com a tentativa de esconder a derrapagem das contas SA – os únicos dados disponibilizados apontam para um agravamento homólogo de 11,1% nos primeiros sete neses do ano- o ministro e o secretário de estado da saúde utilizaram, curiosamente, o mesmo argumento que tanto criticaram ao anterior ministro, Luís Filipe Petreira: São os custos que nos interessam. O Ministério tem-se preocupado mais com a despesa do que com a receita”.
"Esta foi a justificação dada pelo ministro da saúde, António Correia de Campos, para não divulgar os dados relativos aos proveitos /receitas) do 1.º semestre do corrente ano.
Confrontado com a tentativa de esconder a derrapagem das contas SA – os únicos dados disponibilizados apontam para um agravamento homólogo de 11,1% nos primeiros sete neses do ano- o ministro e o secretário de estado da saúde utilizaram, curiosamente, o mesmo argumento que tanto criticaram ao anterior ministro, Luís Filipe Petreira: São os custos que nos interessam. O Ministério tem-se preocupado mais com a despesa do que com a receita”.
JN, 19.10.05
É mais um dado que espelha o grande abandono a que estão votados alguns dos hospitais do SNS. Aproveitamento negligente dos recursos, Aministradores Hospitalares na prateleira, a gestão à deriva e o resultado do exercício a afundar-se.
É mais um dado que espelha o grande abandono a que estão votados alguns dos hospitais do SNS. Aproveitamento negligente dos recursos, Aministradores Hospitalares na prateleira, a gestão à deriva e o resultado do exercício a afundar-se.
3 Comments:
A assinatura dos Contratos Programa nem sempre tem sido fácil. Alguns CA dos SA's já em anos anteriores discordaram das posições da U. Missão (antes era o IGIF). Trata-se de um processo de negociação onde uma das partes tem poder de quase monopólio, e a preocupação com o défice orçamental dificulta a contratação da produção e respectivos "preços", capazes de permitir aos Hospitais o desejado equilíbrio financeiro. Os montantes considerados para convergência também se mostram geralmente àquem do que os CA entendem necessário. E assim se vão arrastando as negociações (pseudo-negociações) sempre na expectativa de se conseguir melhorar as receitas com origem no SNS. Compreende-se que nestas condições não seja possível divulgar dados relativos aos proveitos.
No entanto há indicadores que apontam para acentuado agravamento de custos e em alguns hospitais haverá mesmo uma redução da produção. E isto vem-se tornando evidente à medida que o exercício (ano) se aproxima do fim.
Na verdade a situação não me parece sustentável. A contratação tem que ser concluída atempadamente e em termos que salvaguardem o equilíbrio financeiro das empresas obrigando a uma gestão eficaz e eficiente de recursos. Os CA têm que saber, em tempo útil, os recursos com que contam e os objectivos a que estão obrigados
Mas os Hospitais têm que ser dotados dos meios adequados a uma prestação de cuidados de saúde cada cada vez mais exigentes e inevitavelmente com maiores custos. Gerir é isso mesmo: prestar serviços de qualidade, em tempo oportuno e ao menor custo (possível).
Xavier, desculpe o abuso, mas acho que este é um bom tema paras "postar".
"Refeições nos hospitais com falta de higiene
estudo Das 21 unidades analisadas pela Deco oito obtiveram uma classificação negativa Administradores apuram responsabilidades joao grilo
Hospital de Egas Moniz está entre os piores classificados
Paula Gonçalves*
As cantinas de oito hospitais estão a servir refeições com falta de higiene aos seus doentes, segundo um estudo da Deco em 21 unidades. Os resultados da avaliação, a publicar na Pro Teste, são particularmente desfavoráveis aos hospitais da Cova da Beira (Covilhã), São Francisco Xavier, S. José e Egas Moniz (Lisboa) e Espírito Santo (Évora), que obtiveram a pior classificação, numa escala de mau, medíocre, médio, bom e muito bom.
O presidente do Conselho de Administração do Hospital Egas Moniz, José Miguel Boquinhas, afirmou que a nota negativa obtida refere-se à higiene do pessoal que presta o serviço de catering. A administração já convocou uma reunião com a empresa responsável. No caso do Hospital S. José, um responsável limitou-se a comentar que a instituição não tinha conhecimento da realização de qualquer estudo. Do outro hospital de Lisboa que não passou no teste - S. Francisco Xavier - não foi possível obter qualquer reacção.
Os resultados apanharam de "surpresa" o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar da Cova da Beira, Miguel Castelo Branco. Este responsável lembra que a alimentação é fornecida por uma empresa, que "será responsabilizada pelos dados a que venhamos a ter acesso". Admite, de resto, que esse resultado "é importante" na medida em que "o serviço vai a concurso até final do ano".
Entre as oito unidades com apreciação negativa, os hospitais de Santa Marta (Lisboa), Covões e Pediátrico (Coimbra) apresentam, no estudo citado pela agência Lusa, a pontuação de medíocre. No caso das unidades de Coimbra, o presidente do Conselho de Administração,Rui Pato, refere que no relatório que lhe foi enviado pela Deco apenas surgia como ponto desfavorável a preparação das saladas. "Mas até foi positivo porque de imediato tomámos providências junto do concessionário".
Só o Hospital dos Capuchos (Lisboa) e o privado S. João de Deus (Montemor-o-Novo) obtiveram a classificação "bom". No que respeita às refeições dos funcionários, 14 têm avaliação negativa".
In JN de 20/10/2005
Agradeço a informação.
Vou aguardar pela publicação da Deco para ter um melhor acesso ao ranking da hotelaria hospitalar.
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