quarta-feira, dezembro 28

Reorganização das Urgências


Já alguém fez as contas em termos de custo/benefício do regime de exclusividade dos médicos? E dos horários acrescidos dos enfermeiros?
Como explicar que, por sua livre iniciativa, os médicos, quando se aproxima a idade de reforma, possam optar pelo horário de 42 horas em regime de exclusividade. E como explicar que os mesmos médicos possam beneficiar da redução de horário, em função da idade e sem perda de regalias?
Este tema deveria ser tratado neste blog. Tanto mais que os efeitos financeiros se "propagam" a todos as horas extraordinárias em urgência.
tonitosa

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1 Comments:

Blogger Farmasa said...

Este tema da horas pagas aos médicos e enfermeiros é, de facto, um dos principais problemas para o continuado aumento de custos no SNS.

Até nem seria um problema grave se o aumento nos custos correspondesse, pelo menos, a um aumento em igual proporção na produtividade. Infelizmente, todos sabemos que assim não acontece.

A acrescer às perguntas do tonitosa, acrescento outras:

Como explicar que quase todos os enfermeiros de algumas unidades de saúde tenham horários acrescidos, sem que tal corresponda a uma necessidade efectiva do serviço?

Como explicar que, no fim de carreira todos os médicos e sobretudo enfermeiros, quase sem excepção, tenham direito a horários acrescidos? Será que os serviços necessitam mais deles no fim da carreira? Ou será apenas porque é agradável "dar" uma boa reforma a estas pessoas?

Para além disto, há que por o dedo nesta ferida: um funcionário público, por fazer apenas mais 2 semanais horas do que faz um qualquer funcionário duma empresa privada ganha mais entre 25% e 35% (talvez até mais) do seu vencimento. Será justo? Acima de tudo, será sustentável? A este acréscimo de custo corresponde igual acréscimo de produtividade? Se assim for, deixem estar, senão há que mexer aí... se conseguirem!

12:27 da tarde  

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