Sustentabilidade do SNS
I - O SNS ser financeiramente sustentável é algo que em última medida depende sobretudo dos portugueses estarem dispostos a pagar mais impostos, ou a abdicar de alguma outra despesa.
É certo que é importante conseguir combater o desperdício e as ineficiências, que daí vem uma muito necessária contenção do crescimento da despesa.
A concretizar-se a comissão sobre o financiamento do SNS, vem em boa altura. A existência de orçamentos realistas para o SNS possibilita, à partida, uma discussão séria sobre a forma de financiamento do SNS e sua evolução - apenas impostos gerais, contribuições consignadas, papel dos subsistemas, papel dos seguros privados, etc...
A discussão do financiamento é relevante também porque diferentes formas de financiar o SNS levarão certamente a diferentes formas de organizar como esses cuidados são dados à população e a que custo.
II - Agora sobre as farmácias, e tendo em atenção o comentário anterior: entendo a medida de permitir a venda de medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias e eventual maior acessibilidade aos consumidores como algo que será a própria evolução do sector que ditará.
Se como se depreende do comentário, não há "espaço económico" (chame-se assim à falta de melhor nome) para que haja maior acessibilidade de noite, então ela não surgirá. O Governo não decretou que ela tenha de existir, permite apenas que se alguém considerar que há espaço para isso, que o tente fazer.
No restante, apenas concordar com a noção de que as farmácias são um sector que funciona relativamente bem, que presta um serviço público importante, e que tem recolhido algum do valor económico associado com esse serviço por via das restrições à abertura de novas farmácias (resulta directamente do valor que o trespasse de uma farmácia tem).
É certo que é importante conseguir combater o desperdício e as ineficiências, que daí vem uma muito necessária contenção do crescimento da despesa.
A concretizar-se a comissão sobre o financiamento do SNS, vem em boa altura. A existência de orçamentos realistas para o SNS possibilita, à partida, uma discussão séria sobre a forma de financiamento do SNS e sua evolução - apenas impostos gerais, contribuições consignadas, papel dos subsistemas, papel dos seguros privados, etc...
A discussão do financiamento é relevante também porque diferentes formas de financiar o SNS levarão certamente a diferentes formas de organizar como esses cuidados são dados à população e a que custo.
II - Agora sobre as farmácias, e tendo em atenção o comentário anterior: entendo a medida de permitir a venda de medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias e eventual maior acessibilidade aos consumidores como algo que será a própria evolução do sector que ditará.
Se como se depreende do comentário, não há "espaço económico" (chame-se assim à falta de melhor nome) para que haja maior acessibilidade de noite, então ela não surgirá. O Governo não decretou que ela tenha de existir, permite apenas que se alguém considerar que há espaço para isso, que o tente fazer.
No restante, apenas concordar com a noção de que as farmácias são um sector que funciona relativamente bem, que presta um serviço público importante, e que tem recolhido algum do valor económico associado com esse serviço por via das restrições à abertura de novas farmácias (resulta directamente do valor que o trespasse de uma farmácia tem).
lisboaearredores
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2 Comments:
O Semanário Expresso faz esta semana referência a um estudo da health cast 2020 onde se refere que os gastos do SNS triplicarão nos próximos quinze anos.
A Reforma de CC para estes senhores é insuficientes (vê-se logo quem é que pagou o estudo).
A solução para o SNS estaria, segundo o referido estudo, em estender a reforma da Segurança Social ao SNS (ou seja, entregar a Saúde aos bancos, já se vê).
Neste ponto talvez nós não estejamos a dar o devido valor à política de CC.
Face às grandes dificuldades de financiamento do SNS, à pressão das inúmeras empresas que à porta do SNS aguardam, ávidas, pela distribuição das postas, CC está a fazer um esforço para ver se, se governa com os meios de que dispõe (a prata da casa):
Reorganização da oferta (urgências, cuidados de saúde primários, hospitais), redução dos desperdícioa, racionalização dos consumos (medicamentos).
Daí o apelo que CC fez na entrevista que deu ao Semanário Económico, ao pessoal da Saúde para aderir de alma e coração à sua política de Saúde de molde a ser possível ultrapassar as dificuldades que há a vencer.
A manchar esta política as Parcerias da Saúde (PPP) que tem projectada a entrega de um terço da procura do SNS às empresas privadas.
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